Modifiquei bastante coisa. Quem leu a história vai perceber cenas que não existia, mas a loucura ainda é mesma. Capítulos foram realojados para encaixar novos, então desconsidere comentários antigos.
Nenhum texto, apresentado aqui, passou por revisão.*
MESES ANTES
Em uma briga entre neus pais, quando ainda eu era criança, escutei meu pai dizer para minha mãe que eu era: uma menina com sangue podre e alma vadia.Obviamente eu perguntei a minha mãe sobre o que aquilo queria dizer. E ela disse que eu era pequena e possivelmente havia escutado tudo errado.
Eu só tenho cara de tapada, mas nunca fui uma. Meu sorriso, muitos já disseram, que é de uma pessoa boba e inocente, mas eu não sou nem uma coisa, nem a outra.
Eu sei que aquilo que ele falou ficou arquivado em minha caixinha de lembranças de assuntos não esclarecidos.
Mais tarde eu sabia seus significados l, mas não o motivo por papai dizer aquilo.
Mas eu estava a alguns passos, embora fossem longos, de saber o motivo dele ter usado aquela expressão quando ainda eu chupava chupeta.
Certo, eu tinha quase sete anos, mas fazer o quê? Chupar é, e sempre foi, uma das minhas especialidades. Modesta a parte, claro.
— Você está tristinho, né? — Tentei fazer um biquinho nele com o uso das mãos, igual ao meu, enquanto meu namorado podre de rico dirigia seu carro podre de rico. — Ah, deixa de ser bobo, Diogo!
— Bobo? É isso que sou? — Ele me olhou rápido, mas logo deu atenção ao trânsito. — Estela, é a segunda vez que marco um almoço com minha família e você não comparece! Então, ficar com raiva, é ser bobo?
Repousei a mão sobre a coxa dele. Era firme. Apertei com cuidado e sorrindo disse:
— Esqueci. — Dei aquela mentirinha básica, mas sabia que ele não se convencia.
Tiffany, esposa do secretário das relações públicas de Madri. Uma loira com mais de 100 plásticas apenas na cara. Egocêntrica, um nojo em pessoa. Faz caridade para pagar de boazinha, mas a mulher é uma nojenta da mais fina qualidade. Ela me olha como se eu fedesse.
Guerrilha, o sobrevivente marido de Tiffany. Um velho tarado que não para de me encarar quando tem oportunidade. Ele é o tipo daquele homem que não tem um fio de cabelo na cabeça, mas deve ter uma mata no escroto dele.
Eu odiava meus sogros. Ok, eu não sou nenhuma santinha ou uma madre pronta para ser canonizada, mas aqueles dois me davam dores nos nervos.
E sempre que tinha um encontro com eles... Argh! Eu fugia na cara dura.
— Sei que é difícil lidar com eles, mas o que você está fazendo é jogo baixo!
— Diogo — chamei com carinho.