Dias de Escuridão.

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Eu sento de sobressalto, desorientado.

Se não fosse a sensação de minhas pálpebras fechando e abrindo para piscar e proteger meus olhos, eu não seria capaz de determinar se estavam fechados ou aberto. Seja lá o que era, aquilo pressionava sua escuridão em mim, de todos os ângulos, me sufocando. Você pode achar que depois de todo o tempo que passei nesta prisão escura eu teria acostumado. Não, ainda é um choque ser liberado das profundezas do meu inconsciente, apenas para ser saudado por uma planície infinita de sombras.
Olho em volta, procurando algo, algum objeto de há muito tempo atrás que me faça tranquilizar. Eu preciso saber se um pouco do meu antigo mundo ainda existe.

Nada .

Eu estou sozinho.

Uma luz branca pisca na a esquerda da minha... visão, se pode ser chamada assim. Ignoro. Eu descobri que a luz só tem a finalidade de gerar esperança fantasiosa dentre esse cobertor infinito de escuridão.

Ouço um rangido - uma porta se abrindo.

" Meu bem, é melhor você se levantar. Estamos indo para a casa do vovô em cerca de uma hora . Comece a se arrumar, ok? "

Eu suspiro.

" Sim, mãe, tudo bem."

" Ah, e sua bengala e óculos escuros estão na cozinha, perto da gaiola do pássaro. "

Eu suspiro novamente.



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