Capítulo 3 - Heart and Soul III

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No dia 13 de Janeiro, voltei para Dallas e para casa.

Justin me levou ao aeroporto. Ele me abraçou enquanto os seguranças faziam uma rodinha protetora a nossa volta, mas ainda assim alguns paparazzi conseguiam se esgueiras pelas brechas e tiravam fotos, fazendo o click-click das máquinas fotográficas ressoar nos meus ouvidos e fazendo os flashes me cegarem. Justin beijou minha testa e antes que eu pudesse lhe dizer adeus, com um sorriso triste no rosto, ele beijou as costas da minha mão.

- Eu amo você - ele sussurrou e eu tive que ler seus lábios.

- Também amo você - sussurrei de volta - Vou sentir sua falta!

Os seguranças abriram a rodinha e três deles me escoltaram até a sala onde eu seria revistada. Alguns paparazzi insistentes continuaram me seguindo, o que eu achei muito estranho. Talvez era porque eu estava com os seguranças ou talvez porque eles tivessem adquirido um súbito interesse por mim. De qualquer maneira, aquilo não me agradava.

Depois de entrar na sala de espera de voos, ninguém mais conseguiu me seguir. Acenei para os seguranças e sorri para um deles que eu conhecia bastante de vista. Justin sempre me fazia sair acompanhada dele quando nós não podíamos sair juntos. Eu nem mesmo sabia seu nome.

O voo para Dallas não demorou muito a chegar. Ia ser um voo rápido e eu estaria em casa em uma hora. Pelas minhas contas, ia chegar bem a tempo de pegar o carro e ir para a escola acertar todos os papéis da minha graduação. Eu até ia dar uma carona para Gab de volta para casa, porque nós já havíamos combinado tudo.

Assim que cheguei em Dallas, eu me senti uma garota normal de novo. Nenhum paparazzo me seguindo, nenhum fã se aproximando porque meu namorado era super famoso, ninguém agindo estranho. Carreguei minha própria mala durante o trajeto inteiro e tive que pegar um táxi assim que saí do aeroporto. Meu pai ainda estava no trabalho e eu não queria incomodar. Mandei uma mensagem pra Justin avisando que havia chegado e que estava bem, senão ele ia me ligar desesperado para saber se eu não havia morrido na viagem.

A corrida foi cara, porque, bem, eu morava em um condomínio afastado. De qualquer maneira, paguei o que o taxista pediu e desci na portaria do condomínio. Carros estranhos não eram liberados, a não ser pelos donos de alguma propriedade do condomínio. Como eu não era dona de nada, - apesar de meu pai ser - eu não podia levar um táxi pra dentro do condomínio. Não podia reclamar daquela regra. Eu que fiz com que ela fosse criada.

Caminhei até minha casa, arrastando minha mala batendo nos meus calcanhares. Assim que cheguei, esperava encontrar Rosalita ainda em seu horário de trabalho. Graças a Deus, ela estava lá. Abriu a porta para mim, me ofereceu cinco opções de lanches e dez de bebidas, até que, por fim, me deixou subir as escadas e ir para o meu quarto.

Deixei a mala em qualquer lugar e já desci as escadas de novo, correndo até a garagem. Entrei no meu carro - recém-adquirido como presente de Natal . As chaves estavam no painel e eu dei a partida. Abri o portão e saí pelo condomínio. Era tão bom poder dirigir um carro que não fazia o barulho de uma serra elétrica quando eu queria aumentar a velocidade ou que não tinha uma quilometragem maior que 200 mil km andados.

Dirigi até a escola e estacionei longe, porque quase todas as vagas estavam pegas. Caminhei até a secretaria e entrei, chamando alguém para vir me atender.

- Olá - disse uma mulher que eu não conhecia, devia ser uma estagiária nova - No que posso te ajudar?

- Eu preciso ver o diretor Jenkins - afirmei.

- Tudo bem, vou ver se ele pode te atender agora...

- Ah, não. Ele deve me atender agora. Daqui a dez minutos o sinal vai bater e eu preciso dar carona pra minha melhor amiga. Se eu não estiver lá fora pra dar um oi pra ela, cabeças serão cortadas aqui hoje. Você não tem noção de como ela é - respondi.

Heart and Soul III (Justin Bieber)Onde histórias criam vida. Descubra agora