|Rafa|
Eu não estava acreditando no que eu tinha acabado de fazer, sério que eu bati na filha da esposa do meu pai? Ele vai me matar se souber disso .
Ela saiu correndo pro carro, corri até a boca subindo na minha moto .
- Rafa, onde vai ?.- DJ pergunta .
- Vou ter que resolver um bagulho ai .- Digo já saindo e descendo o morro .
Fui voado pra casa, cheguei estacionando a moto em qualquer lugar em frente casa e entrei correndo pra escada. Cheguei em seu quarto tentando abrir a porta, mas ela estava trancada .
- Gabrielly !!.- Digo batendo na porta e a mesma não me respondia .- Gabrielly, abre essa porta, eu quero falar com você .
- VAI PRO INFERNO !.- Ela grita do quarto me fazendo revirar os olhos.
- Abre essa merda, eu quero falar com você .- Grito novamente.
- VAI SE FERRAR .- Diz rude.
- Se não abrir agora eu juro que vou arrombar essa merda .- Digo já irritado.
Ela não diz nada, oque me deixou mais irritado ainda .
- Ok então, você quem pediu por isso. - Digo dando um murro na porta .
Alice a empregada sobe correndo com o barulho que eu tinha feito na porta .
- Oque ta acontecendo ?.- Pergunta assustada .
- Tem a chave daqui Alice ?.- Pergunto .
- Acho que sim, mas porque ? .- Diz assustada .
- Só pega a chave Alice .- Digo fazendo a mesma correr pra buscar.
Tinha sempre uma chave a mais de todos os quartos aqui em casa, até mesmo do meu, infelizmente .
- Aqui esta .- Diz me entregando a chave e rapidamente destranco a porta fazendo a Gaby me olhar assuatada .
- Como você... ?.- Pergunta caindo da cama, oque me deu vontade de rir muito, mas me controlei .- Sai daqui agora Rafael!
- Não vou sair enquanto não falar comigo .- Digo de braços cruzados e a mesma se levanta do chão indo pro banheiro e se trancando no mesmo .
Eu mereço né ?
- Da pra ser mulher pelo menos por um minuto Gaby ?.- Digo irritado .
- Não, não dá .- Diz me fazendo bufar de raiva e respirar fundo .
- Ok, olha só, me desculpa por ter te batido .
- Oque, você bateu nela ?.- Alice diz assustada .
- Ela me provocou .- Digo tentando me defender, mas sabia que nada justificava eu ter batido nela .- Enfim, me desculpa, eu perdi a cabeça.
Demora uns segundos até ela abrir uma brecha na porta .
- Então, me desculpa ?.- Pergunto .
Ela abre finalmente a porta me encarando nos olhos .
- Se me bater novamente, eu juro que vou arrancar suas partes íntimas com os dentes .- Diz séria fazendo a Alice rir .
- Nossa, isso seria bem excitante .- Digo dando um sorrisinho .- Mas ok, eu nunca mais vou encostar em você .
- Eu acho bom mesmo .- Diz passando por mim indo até sua porta .- Agora saia já do meu quarto .- Alice havia corrido pra fora do quarto rapidamente, pois tinha ouvido meu pai lá embaixo .
- Eu saio com uma condição .- Digo chegando perto da mesma .- Não vai falar uma só palavra do que viu hoje, entendeu ?
- Você não manda em mim, eu faço oque bem quiser, não vai me fazer calar a boca .- Diz debochada me fazendo chegar bem perto dela .
- Faço você ficar quietinha em um segundo, quer ver ?.- Digo apertando sua cintura e a mesma me olha assustada .
- Me solta .- Diz rouca quase sem voz .- Não sou eu quem esta em suas mãos, e sim você nas minhas .
Ok, ela não parecia responder as minhas provocações. Mas ta pra nascer menina que resista a mim né !
- Saia daqui agora, e talvez eu não conte nada pro seu pai .- Diz com uma sobrancelha levantada.
Confesso que ela é bem esperta .
Olhei pra ela sem acreditar que eu estava nas mãos dela, e saio, indo pro corredor. Ela sorri piscando de um olho e fecha a porta na minha cara .
Entro no meu quarto batendo a porta, sério mesmo que eu estava nas mãos de uma peste como ela? Ahh, me poupe né Rafael!
[...]
Meu pai e a Cristinna já tinham chegado, eu não queria sair daquele quarto, mas meu pai insistia em querer jantar com todos na mesa .
Tomei um banho rápido e me vesti, abri minha porta e saí não querendo dar de cara com a peste no corredor.
Desci as escadas indo pra cozinha, me sentei na mesa e eles ainda não estavam lá. Chegou uma mensagem do Dj pra mim, avisando que teria baile hoje a noite, plena segunda feira, mas era pra comemorar a liberdade de um cara lá que ainda não conhecia .- Baile na segunda ?.- A peste diz atrás de mim.
Sério que ela estava lendo minha mensagem ?
- Oh garota, deixa de ser fofoqueira .- Digo irritado a fazendo rir .
Ela passa por mim e se senta na minha frente .
- Eu vou ir com você .- Diz me fazendo gargalhar .
- Virou contadora de piadas agora ?.- Digo rindo .- Claro que não, nunca!
- Ahh não ? .- Diz sorrindo.
Logo meu pai e Cristinna entraram na cozinha .
- Oi senhor Bernardo, boa noite, sabe onde o Rafa foi hoje ?
Mentira que ela esta fazendo isso .
- Tudo bem, você vai...você vai! .- Digo entre os dentes .
- Você foi aonde ?.- Meu pai pergunta me encarando.
- Ele foi me levar pra conhecer mais aqui na cidade sabe .- Ela diz sorrindo .
- Ahh, que bom, assim vocês ficam mais amigos .- Cristinna fala sorrindo .
- Verdade, né Rafinha ?.- Ela diz cínica .
Eu queria enforcar ela ali naquele momento, olhava pra ela com um ódio mortal, e mais ódio de mim por ter deixado as coisas chegarem a esse ponto. Ela sabia bem como me controlar, e eu estava de mãos atadas, não tinha nada oque fazer .
- Sim, é verdade .- Digo dando um sorriso falso .
Jantei a encarando com raiva, e ela com aquela cara de sínica que eu já odiava nela, que vontade de dar uns bons tapas nela, mas tenho que me controlar .
Acabamos o jantar e todos ficaram na sala assistindo televisão, eu tinha que esperar eles dormirem pra poder sair, estava doido pra que a Gabrielly pegasse no sono também, mas a mesma parecia nem ligar pra nada, e encarava seu celular sorrindo de alguma mensagem idiota que recebeu. Não sabia que ela gostava de baile funk, ela não é lá uma garota que pareça gostar dessas coisas, ela é uma patricinha mimada, pelo menos no meu vê .
Enfim, a Cristinna e meu pai subiram para o quarto, e eu me levantei indo me arrumar e a Gaby já tinha indo pro quarto, será que dormiu ?. Deus queira que sim.