Eu abri meu guarda-roupas, estava pensando onde eu poderia encontrar um novo lugar para ficar... Talvez seria uma boa ideia alguma loja ou farmácia, mas isso eu nao poderia decidir sozinho, nem mesmo pensar em tudo em tão pouco tempo.
Peguei todas as roupas que estavam la e coloquei em uma grande mochila que usava em viagens, peguei também alguns de meus colares preferidos e coloquei eles, deixei para trás algumas camisetas que nao me serviam mais (e nem gostava delas).
Desci as escadas e cheguei a sala, Olhei a coisa que estava devorando meu cachorro e fui ate ela, e, com lagrimas nos olhos, vi o que sobrou de meu querido Barto, Me ajoelhei ao seu lado e fiquei olhando ele todo mutilado, e percebi que instantes depois Andressa chegou ao meu lado e deu dois tapinhas em minhas costas
-Calma...
Ela falou e soltou um suspiro, eu olhei para ela e me levantei enquanto secava as lagrimas. Olhei para a porta da cozinha, lembrei da comida e olhei para Andressa
-Você pegou a comida?
Digo mudando de assunto para nao pensar no cachorro, enquanto ainda fico com o olhar fixo na porta da cozinha.
-Peguei, e peguei a água também
Me levantei e dei uma última olhada na casa, prestando atenção principalmente ao porta-retratos com uma foto de minha mãe que estava em cima do hack da sala. Caminhei até a foto e a peguei, guardei ele na mochila e, quando me virei vi que Andressa tinha algo na cintura, algo prateado
-O que é isso? na sua... Na sua cintura?
Digo calmo e curioso enquanto olho para a cintura dela, e ela olha para onde eu apontei e puxa um pedaço de cano, aparentemente tirado de uma antena velha que havia nos fundos da casa
-Ah... entendi
Ela sorriu
-Achei isso la atras...
Ela sorriu e o guardou novamente na cintura, eu dei uma ultima olhada no lugar, coloquei meu querido martelo na cintura e sai pela porta inutilizada por causa daqueles bichos.
Eu me encontrei no jardim de casa, com a grande maioria das plantas murchas e a grama pisoteada, andei um pouco por ele e percebi que ela andava ao meu lado, então parei e lembrei do carro que minha mãe deixara para trás.
Olhei para ela pensativo e lembrando do carro-Você sabe dirigir?
Perguntei cheio de esperanças, e a resposta me agradou, e muito, por eu não ter que andar
-Um pouco... eu dirigia em uma chácara de meus país... porquê?
Eu sorri e virei meu olhar para o carro, e percebi que ela acompanhou meu olhar, e logo depois olhou para mim
-Você tem a chave?
Fiz que sim com a cabeça e me virei para a porta
-Já volto
Corri para dentro a procura da chave do carro cheio de esperanças, procurando em todos os cantos, até que a achei em cima da geladeira.
Fui para a garagem e vi que ela analizava o carro curiosa, apertei o botão da trava do carro e ela levou um susto, me fazendo cair na risada-Animal
Ela entrou no carro e eu entrei ainda rindo um pouco, entreguei a chave e vi, no espelho retrovisor (interno) um enfeite de plástico, um enfeite de plástico que tinha espaço para a pequena foto... Uma pequena foto que vi ser minha com ela.
A Andressa suspirou e deu partida no carro, ele engasgou mas logo pegou. Ela olhou para o volante e suspirou, apertou o acelerador levemente e saímos com o carro.
As vezes olhava para ela e por alguns instantes pensava se ela sabia mesmo o que estava fazendo... Mas aparentemente sim, pois ainda não havíamos batido em nada.
Quando não estava olhando para ela eu estava olhando pela janela e conversando sobre possíveis lugares onde podíamos nos instalar, até que chegamos na conclusão de que uma conveniência não seria má ideia, então lembrei de uma que, por sorte ficava na frente de um posto policial pequeno e ao lado de um posto de gasolina.Falei tido o caminho para ela até que chegamos, e a visão que tive não me agradou muito. Haviam pelo menos uns 10 bichos na rua. Olhei para ela e depois para os bichos
-Se você atropelar uns cinc...
Ela nem deixou eu terminar minha frase e pisou no acelerador, passando por cima de uns sete bichos
Olhei para ela com uma expressão surpresa e ela sorriu para mim-Quanto mais melhor
Ela falou e percebi que os outros bichos estavam vindo até nós, olhei para ela e depois para os bichos
-Eu pego dois, vc mata aquele lá
Olhei para um mais afastado e ela fez que sim com a cabeça. Desci do carro e os bichos estavam há pouquíssimos metros de mim.
Peguei meu martelo e golpeei o mais próximo, ele não caiu de primeira, mas logo preparei um segundo golpe e o derrubei.
Olhei para o outro e fui até ele, chutei seu joelho o fazendo cair e comecei a pisotear sua cabeça, enquanto escutava Andressa batendo no outro.
Apenas parei quando o bicho que estaca pisoteando se imobilizou. Fui até o carro e fiquei escorado lá recuperando o fôlego, e poucos instantes depois ela voltou com o cano em mãos, todo ensanguentado.
Olhei para a porta da conveniência e depois para ela-Tomara que esteja destrancada
Suspirei e comecei a andar até a porta, torcendo para que estivesse aberta
-Tomara
Ela falou e andou ao meu lado até a porta, encostei na maçaneta e nada, puxei a porta e nada, empurrei e menos ainda
-Merda
Vi que ela também tentou mas nada aconteceu
-E agora?
Ela olhou para mim e eu fiquei pensativo, ela olhou de novo para a porta e deu duas batidinhas no vidro
-Não é blindado... talvez se quebramos ele...
Eu olhei para ela e para o vidro da porta, Pensei por um instante
-Mas isso não vai quebrar a porta toda?
Ela riu e apontou que havia uma divisa no vidro bem no meio, então cheguei a conclusão que
-Ah... então é só quebramos a parte de baixo e entrarmos
Soltei uma risada irônica e ela olhou para mim
-Animal
Nós rimos e eu peguei meu martelo, preparei o golpe e, usanto toda a força que tinha, consegui quebrar o vidro de primeira, fazendo muito barulho.
Sorri e ela entrou primeiro, olhei ao redor e vi, que de repente apareceram muitos bichos e por toda a parte vindo na direção do barulho-Andressa... FUDEU
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Walker
AçãoEm um mundo onde coisas "mortas" estão dominando, Jack, com 14 anos tem que lutar para sobreviver