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Harry's Pov

Sabe quando você está tendo um pesadelo? E se você está fugindo, seus pés se movem em câmera lenta, o medo se instala em cada veia do seu corpo e a adrenalina faz seus batimentos cardíacos acelerarem de modo que você acorda suando frio, com os olhos arregalados e a respiração ofegante, as mãos trêmulas e depois de alguns segundos em choque, você olha para os lados e suspira aliviado. Foi só um sonho.


Quando meus olhos se abriram, lentamente, com a visão fosca, tudo que eu mais queria era essa sensação de acordar após um pesadelo.

Meus movimentos eram bruscos e assustados. Assim que puxei minha perna para me encolher, fui impedido por uma corrente presa no meu tornozelo esquerdo. Eu estava suando frio, com os olhos arregalados a respiração ofegante e as mãos trêmulas, mas não, eu não suspirei aliviado, pois eu não acordei. Não era só um sonho.


Ainda estava usando minha camisa branca, agora amarrotada, e minha calça social. O terno e os sapatos não estavam mais vestidos em meu corpo, e só então parei para analisar o local onde eu me encontrava.

Assemelhava-se com um quarto. Era todo de madeira velha, era sujo e tinha um colchão fino abaixo de mim. No teto, havia uma lâmpada quebrada e a unica coisa que iluminava o cômodo era a forte luz solar que invadia pela pequena janela alta no canto direito da parede.


Era de manhã. Minha cabeça latejava e todo meu corpo doída. O pânico era a única coisa que se apoderava de mim.
Onde eu estava?

Quem me trouxe aqui?

Porque eu estava aqui?

Quando vão me soltar?

Eu vou morrer?

As perguntas sem resposta rodavam na minha mente e a confusão era extrema. A última coisa que eu me lembro de ter visto foram olhos azuis intensos antes de apagar. Antes disso, apenas eu e minha família indo para o evento de um pintor famoso que não me recordo o nome.

O que estava acontecendo!?

Não percebi quando meu rosto começou a molhar em lágrimas apavoradas e meus gritos saiam no fundo da minha garganta, roucos e quase sem força, carregados de medo.


-Socorro! Socorro! Alguém!!? Por favor, socorro!

- Pode gritar, ninguém vai te ouvir.

Uma voz soou calmamente vindo de fora do quarto e a porta escura de madeira se abriu lentamente, revelando um homem de uns vinte poucos anos, cabelo escuro e pele morena, traços diferentes, uma barba mal feita e um cigarro na boca. Ele vestia uma calça jeans surrada e uma camiseta preta no mesmo estado enquanto andava em minha direção, fazendo meu corpo se encolher o máximo possível.

-Quem é você? Por que me trouxe aqui? Onde eu estou?!

As palavras saiam em disparada e trêmulas em uma voz embargada pelo meu choro como o de uma criança.

-Nossa, calma aí coisinha. Quanta pergunta...

Ele se aproximava mais e se abaixou a minha frente levando um mão até meu rosto e segurando meu queixo com um sorriso cretino nos lábios. Tentava cessar as lágrimas mas era inútil, virei meu rosto de abrupto fazendo-o tirar os dedos imundos da minha pele.

Ele riu e voltou a se aproximar agora passando aquela lingua nojenta na minha bochecha molhada pelas lágrimas, o que fez meu estomago revirar e minha feição de nojo ser mais que clara.

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⏰ Última atualização: Dec 28, 2015 ⏰

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