Capítulo 1

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Pessoas da minha idade  geralmente estão na faculdade, estudando o que quer, para ser alguém na vida

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Pessoas da minha idade  geralmente estão na faculdade, estudando o que quer, para ser alguém na vida. Isso é o correto.

Para mim, isso é perder a graça de viver. Se aventurar, descobrir novas coisas... Ou sentir um certo perigo. Coisas comuns fazem com que as pessoas sejam monótonas.

Como essas pessoas que estão andando na calçada. Homens com casacos de couro, andando apressadamente para ir ao trabalho, estudantes que caminham segurando um livro nas mãos para não perder o tempo e estudar o máximo possível e até mesmo idosos que, ao invés de aproveitar mais a vida, fica andando de um lado para o outro porque não tem nada para fazer ou apenas sentado no banco de madeira da praça.

A única coisa boa é que, quanto mais a pessoa se distrai, mais fácil vai ser para roubá-la.

Coloco o capuz do moletom para esconder o rosto máximo possível, colocando a franja na frente. Verifico direito a minha presa. Uma senhora já de idade, que está com a carteira amostra no bolso de sua saia. Mas penso: Será que ela tem dinheiro?  Não quero arriscar só para pegar mixaria.

Quando estou prestes a dar o primeiro passo, vejo um rapaz que me chama a atenção. Na verdade, chama a atenção de várias pessoas, principalmente das garotas.

Ele é alto, talvez, um pouco mais de 1,80 metros. Usa um casaco comprido, que realça a sua perna longa. Tem cabelo castanho escuro, com a franja de lado. O que eu acho estranho, é o fato de ele estar usando óculos de sol e uma máscara preta na boca. Sei que pessoas daqui da Coréia do Sul usam quando estão gripados, mas não penso que o cara esteja resfriado.

Paro de analisá-lo quando vejo o mesmo mexendo no bolso do casaco bege. Gostaria muito de saber o que tem dentro. Carteira? Celular? Coisas preciosas?

Ele tem um ar de ser rico. Não importa se for celular ou carteira. Com certeza, é uma coisa que deve valer muito se vender.

Respiro fundo. Já deveria estar acostumada a furtar, porém, nunca roubei de uma pessoa que parecesse rico. Começo a dar os primeiros passos, com o coração acelerado. Calma, Yuna. Você consegue. Aos poucos, apesar de tombar em várias pessoas, chego perto do rapaz, que parece estar distraído.

Cada vez que me aproximo, vejo o quão essa pessoa tem um traço bonito no rosto. A hipótese dele ser um modelo vem à minha cabeça. Ando um pouco mais, ficando a mais ou menos três metros de frente à ele, para que eu possa passar ao lado e roubá-lo.

O homem pega uma coisa do bolso. É um celular de última geração. Ótimo. Dou alguns passos em direção ao mesmo. Quando estou quase ao lado dele, o rapaz termina a ligação e, antes que pudesse guardá-lo novamente no bolso, num impulso, agarro o celular com força, fazendo com que ele solte. Rapidamente, seguro o celular com mais força e guardo no bolso da minha calça.

THE HOUSE I TRIED TO STEAL ➶ EXOOnde histórias criam vida. Descubra agora