4 - The first time I fell for her... Literally

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Nossa história poderia estar em um filme. Um garoto que se apaixona por uma garota que não conhece e a perde pelo resto do ano. A garota precisa de grana, então acaba trabalhando como babá do irmão mais novo do garoto apaixonado. É o destino juntando os dois! Seria uma história extremamente romântica e realista, não é verdade? Até seria se eu não estragasse tudo todas as vezes que tomava coragem para ficar perto dela. Eu gaguejei, disse frases idiotas, fiquei calado, fiquei apenas encarando-a e a chave de ouro é o que está por vir.

Poucos dias depois eu já estava me acostumando com a presença de Becca. Todos a chamam de Becky, mas em minha cabeça ela é a Becca. Pode parecer besteira, só que eu decidi dar-lhe um apelido diferente. Um apelido especial. Como aqueles casais de filme. Eles às vezes usam apelidos maldosos para diferenciar dos outros apelidos que a pessoa amada já tem, mas quando eles ficam juntos o apelido se torna a coisa mais especial do mundo. Não que eu ache que vou namorar Becca... Eu só sonho com isso.

Certo.

Vamos direto ao ponto.

Eu tinha acabado de criar um refrão de uma música para Becca. Sim, só o refrão. Não me julgue! Quando você não conhece muito bem a musa da música você precisa inventar, só que eu não quero inventar. Enfim... Depois de criar o refrão eu tive uma ótima ideia. Poderia começar a conversar com Becca depois de mostrar minhas habilidades musicais. O único problema era que meu violão estava na garagem. Por quê? Para que Scott não pudesse pegá-lo. E antes que diga qualquer coisa, ele nem sabe que está lá. Certo. Vamos continuar. Estava na hora de Becca ir embora e eu pude ouvir quando se despediu de Scott. Fiquei desesperado e sai do quarto correndo.

— Espere, Becca! — Gritei. Ela estava com a mão na maçaneta, mas virou-se a tempo de me ver tropeçar e descer o resto das escadas rolando. Santo azar! Em instantes eu estava estatelado no chão como o pateta que sou.

— Você está bem? — Becca ajoelhou-se ao meu lado e colocou a mão em meu rosto. Meu coração traidor deu sinal de vida. — Se machucou?

— Não. — Sussurrei e ela me ajudou a levantar. Só acabara de matar meu orgulho.

— Não quer que eu pegue a caixa de primeiros socorros? Você está com um galo e tanto! — Ela tocou o galo e eu dei um passo para trás.

— Estou bem! — Estava me exaltando! Que droga! — Boa noite.

Virei-me e subi as escadas correndo. Idiota!


Love At First Sight (Conto de Sonhos Canadenses)Onde histórias criam vida. Descubra agora