Dinheiro Rápido.

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Louis Tomlinson Pov's.

- Vá embora, seu erro fatal da humanidade! E não apareça mais senão eu chamo a polícia!

Dobrei a esquina e me encostei numa volumosa árvore, enchendo meus pulmões de ar e tentando dissipar as lágrimas. Eu não deveria me importa com a opinião dela, mas ela é minha mãe e eu apenas finjo não senti nada.

"Seu erro fatal da humanidade"

Já passei noites com insônia por causa dessa frase que ficava passeando pela minha mente. Tudo que eu menos queria era ouvi-lá novamente. Até que as coisas estavam indo razoavelmente bem. Certo, eu fui demitido justo quando fugi de casa e daqui algumas semanas tenho que pagar o hotel nada pomposo onde estou hospedado, além do fato de eu não ter muitas roupas por minha mãe ter vendido metade delas num brechó para compra bebidas. Conseguia economizar na comida usando a cópia da chave de casa para roubar alguns alimentos, mas ela também conseguiu tirar isso de mim há alguns segundos.

Para suprir a ineficiência do meu agasalho em me aquecer eu corri até a única parte de Londres que ficava movimentada às duas da manhã. Se eu andasse com pressa talvez tivesse mais chance de fugir de possíveis estupradores que podem aparecer do nada - porque ladrões não teriam o que roubar mesmo.

Em pouco tempo cheguei ao meu destino, sentido meu estômago implorar pelo término do meu jejum e minha garganta seca. Nunca, nunca mesmo, bajule um morador de rua.

Emma, uma amiga, trabalha numa boate Gay próxima. Talvez eu consiga algo comestível lá. Ela também fugiu de casa, a diferença é que ela já tinha um emprego e dorme num quartinho da boate. De dia, ao lado, é um bar comum e de noite uma boate de prostituição Gay.

Mais um tempinho e cheguei ao local. Não era tão difícil saber que tipo de serviço faziam ali, pois homem de corpos maravilhosos saíam acompanhados de clientes de corpos feios até carros luxuosos. Passei despercebido pela porta negra.

A boate não era nem tão grande e nem tão pequena e estava cheia. Haviam homens com corpo bem á mostra que dançavam em cima do palco e ao redor daqueles típicos tubos de metal, enquanto outros andavam pelo estabelecimento se exibindo para os clientes. A música fazia meus tímpanos vibrarem violentamente.

Vasculhei o salão, e ao fundo do lado esquecendo, avistei Emma atrás de um simples balcão, não foi difícil, até porque acho que ela é a única mulher que está ali em toda aquela boate.

Fui até ela e no caminho tive que desviar de dançarinos e clientes. Até que um deles me parou.

- Ei, está perdido?

- Não, só estou procurando uma pessoa, mas já achei.

- Hm. Bom, se não trabalha aqui não pode pegar clientes daqui não.....

- O que?? Não! Não é nada disso que está pensando, só vim procurar uma amiga aqui que é balconista para conversa. Não quero.... Bem, você já entendeu.

- Então tá. - respondeu e abriu espaço para que eu passasse.

Andei alguns passos, mas ele me chamou novamente.

- Está a procura de emprego? - me virei para ele, imaginando estar sendo chamado por um vampiro perdido Crepúsculo que lê mentes.

- Sim, estou. Porque?

- Sei lá. Acho que poderia trabalhar aqui. Não sei se percebeu, mas recebeu muitos olhares desde que colocou os pés aqui.

Olhei em volta. Dois homens me encaravam descaradamente. Pensei em acenar por educação, porém, me lembrei de que estou numa boate gay e se fizer isso isto vão achar que Quero clientes.

Abri a boca para responder, mas fui lerdo, pois ele já estava caminhando para o outro lado.

Olhei para a minha direita. A parede era repleta de espelhos, fiquei de frente a um deles, me encarei meu reflexo. Meu físico é bom, tenho coxas grossas, Cintura fina e uma bunda razoavelmente grande. Muitos aqui aparentam ter a mesma idade que eu, e parecidos Fisicamente também. Seria pontos positivos caso quisesse encontrar trabalho aqui, mas me tornaria igual uma pessoa que mais detesto: minha mãe, que quando seu pagamento não era suficiente fazia o mesmo que esses garotos. Eu sei que ela não tinha muita opção e por isso fazia alguns programas, mas.......

Então minha ficha caiu, assim, de repente, como se estivesse presa por alguma engrenagem e finalmente se libertou. a minha herança não era receber dinheiro e sim ficar na mesma situação que minha mãe.

- O que está fazendo aqui? - Emma apareceu do meu lado sorridente. Por um momento naquele singelo sorriso, pensei que as coisas podem melhorar. Contudo, lembrei que também tenho uma incrível capacidade de me iludir.

- Vim conversa com você, está muito ocupada?

- Para sua sorte tive que organizar algumas fichas hoje e só por isso estou aqui a essa hora. Mas estou quase finalizando, posso falar com você se não demorar muito. Vamos lá fora?

Assenti com a cabeça e fomos para fora. Achei melhor assim, pelo menos me sentia menos desconfortável.

- Eu preciso de um emprego urgente! - não via motivo pra ficar enrolando então fui direto ao ponto. Odeio aquela conversa: "Oi, tudo bem?" "Bem e você?" "Tudo ótimo!" blé, blé, blé, não está nada ótimo.

- An, não sei se posso ajudar. Não estamos precisando de balconista nem de dia no bar. Só se eu perguntasse para alguns amigos que trabalham por aqui.

- Hm...

Meu olhar parou numa placa na entrada da boate que não reparei quando cheguei. Anunciava um leilão de virgindade e quem quisesse participar era só falar com um atendente. Estão aceitando garotos que queiram vender, digamos, sua pureza.

- Quanto é possível ganhar num desses leilões? - a pergunta saiu da minha boca sem ao menos passar por uma análise na minha cabeça. Emma pareceu surpresa com a minha pergunta.

- O primeiro lance é vinte mil e 40% fica para a boate. o resto é do garoto. Está pensando em participar?

- Não sei. O que você acha?

- Acho que é uma maneira rápida de ganhar dinheiro, mas por outro lado, não acho que essas coisas devem ser feitas com qualquer um que dê dinheiro em troca. trabalho nesta boate, mas nunca serei nada além de balconista.

- Mas ganharia dinheiro rápido, não é?

- Com certeza. Está mesmo pensando nisso? posso não gosta muito da ideia, mas você é praticamente um mendigo e não conseguirá emprego tão rápido e se conseguir talvez não seja grande coisa! - ela pareceu constrangida pelo o que eu disse -Desculpe, acho que falei demais.

- Não, tudo bem. É preciso aceitar a verdade e ter astúcia para muda-la caso não esteja satisfeita com ela.

Eu queria que fosse mais simples seguir essas frases e não ter pensamentos tão confusos. Uma parte de minha cabeça dizia: "Não faça isso, Louis! isso não presta e você será um ser humano desprezível!" Porém, a outra dizia: "Ah qual é? É só uma noite e você terá dinheiro para ter onde morar".

Se fizesse isso seria mais parecido com minha mãe, mas seria só isto e não em outras coisas.

- Sim. Talvez eu me arrependa, mas a vontade de não ser morador de rua é maior.

- Okay. Vamos entra. Farei sua inscrição.

Last Hope ✨ l.sOù les histoires vivent. Découvrez maintenant