Amor ou ódio no final?

Botando pressão!

–vejo que meu pai ainda continua preocupado, ele nem falou direito, tentou disfarçar, mas não teve êxito. Eu via em seus olhos que estava acontecendo alguma coisa que ele não queria me contar! Ele não está normal.

Na verdade eu acho que ele não vai me contar nem se eu pedir. Ah mais como eu odeio isso. Ele nunca me conta nada! Ele parece não confiar em mim que sou seu filho caramba. Ele nunca me contou nem quem é a minha mãe... Provavelmente ela é morena, já que eu sou moreno. Mas eu posso ter puxado os meus avós! Ou tios... Mas como saber se ele não me conta? Isso já está me irritando. Quem ele pensa que é pra decretar o que eu tenho ou não que saber? Eu tenho 15 anos! bom, pelo menos quase isso. Ah já chega. Eu vou acabar com essa palhaçada agora mesmo, eu tenho direito de saber sobre meus familiares e o porque que ele está desse jeito.

Eu paro de comer e olho pro meu pai que parece não ter comido nada, e esta de cabeça baixa. Então, preciso falar com ele, pra isso terei que chamar sua atenção.

–pai.. -chamo-o de forma temerosa -eu preciso falar com você.

– hum..!? O que é Aoi? Não me diga que você..

– não é sobre mim. Ė e não é na verdade. Mas é mais sobre você.

–como assim? -Naruto perguntou, porém sua mente já sabia. No fundo ele sabia do que se tratava -do que está falando?

–eu vou direto ao assunto. -olhei meu pai franzendo o cenho e vejo meu pai levando o copo do suco até a boca -quem meu outro papai? -vejo o meu pai cuspir de uma vez o suco e se engasgar.

–Aoi! Porquê isso agora?

–porque sim pai! Já chega de esperar pra "um dia Você contar" - dei ênfase pra que ele entendesse que já esperei demais.

–filho.. É complicado e..

–PAI EU NÃO SOU MAIS CRIANÇA!!! -gritei ele, não queria más foi inevitável. -você tem que me contar! -falei por fim mais calmo.

–ESCULTA AQUI SEU MOLEQUE, NESSA CASA QUEM GRITA SOU EU ESTÁ ME OUVINDO BEM? E EU SÓ VOU TE FALAR QUANDO EU QUISER. -meu pai respondeu muito brabo.

–se você não me disser quem é a pessoa que me fez, como você me colocou no mundo, quem são seus pais e o seu passado.. Eu juro que saio dessa casa agora, e nunca mais volto. -falei calmo, porém decidido.

–Pufh, você está cada dia mais parecido com ele..

–ele quem? -pergunto curioso e já me levantando da mesa pra sair, eu sei que ele não dirá -pai... Você não tem ninguém além de mim... Eu sou tudo o que te resta, você não confia em mim? -respiro fundo e logo continuo -sou a única pessoa que sempre esteve ao seu lado... É sério que você vai preferir que eu vá em bora, ao invés de confiar em mim? -viro de costas para começar a dar meu primeiro passo.

–Aoi! -meu pai falou sério porém sua voz parecia temerosa. Como se um asteróide gigante estivesse à caminho de eliminar o planeta. Ou pelo menos abrir um buraco capaz de tirar tudo o que estava nesse planeta. Até não restar nenhuma gota de sangue ou nesse caso, passado! -sente-se.

Sentei-me receoso se ele falaria ou não, ele sempre negara me contar, por que falaria agora? Enfim, eu fiz o que meu pai pediu, me virei e sentei na cadeira da cozinha.

–e então?

–Aoi... Eu te amo. Eu achei que não dizer te pouparia de sofrimento na infância... Mas você tem razão! Não é mais uma criança e já pode sentir o peso, e saber porquê nunca te falava quando era criança. Você está pronto?

–eu nasci pronto.

–pois bem então, quer resumido pra não ficar chato? Ora são 16 anos contados...