A noite estava fria e chuvosa nesta segunda feira. Marlene já havia posto as crianças para dormir, e o relógio marcando vinte duas horas e trinta minutos. Marlene e Rogério estavam assentados em um confortável sofá em sua sala, assistiam um programa de televisão tranquilos pois tudo estava sobre controle.
- Amor, que tal um café com leite bem quentinho, o tempo está muito frio, o que você acha?-Perguntou Marlene.
-Hum, nada mal - respondeu Rogério.
- Então vou incluir no cardápio alguns pães de queijos também quentinhos. - Disse Marlene enquanto levantava-se do sofá indo em direção a cozinha.
Marlene abril o freezer e tirou um pacote de pães de queijos congelados. Após colocá-los em uma forma ela os levou até ao micro-ondas para assá-los, depois foi ao armário pegou uma garrafa térmica contendo café, tirou da geladeira uma vasilha com leite, e o colocou para esquentar.
A chuva nesse momento estava mais fraca, ela pode então ouvir que uma criança chorava, não deu muito a atenção pois imaginava que alguém poderia estar passando na rua nesse momento com uma criança de colo.
Após Marlene ter desligado o micro-ondas e apagar o fogo onde o leite estava esquentando, ainda podia se ouvir o choro de uma criança. So então começou a se preocupar, em seguida pegou todas as coisas e levou para a sala onda estava o seu esposo deixando para trás somente a garrafa de café, ao retornar a cozinha para buscar o café, a chuva havia parado por completo Podendo assim ouvir o choro da criança com mais pureza. Ao abrir a janela ela pode então certificar-se de que realmente se trava de uma criança, o choro estava vindo da direção da garagem de sua casa, porem não via nenhum movimento de pessoas andando pela rua neste exato momento.
- Rogério, por for favor venha aqui. - Pelo tom da voz de Marlene, Rogério sentiu que algo estava errado, então imediatamente se levantou do sofá e se apressou indo atender sua esposa.
- O que estar acontecendo querida? - Perguntou.
- Faz um bom tempo que estou ouvindo uma criança chorando, pensei que alguém estivesse passando pela rua levando uma criança, porem não vi movimento algum na rua, e o choro está vindo da nossa garagem.
Rogério parou de falar por um estante afim de poder ouvir melhor, Marlene também ficou em profundo silêncio, Porem nem era preciso pois o choro era bem audível .
- Amor não podemos ficar aqui parados sem fazer nada vamos ver o quem estar acontecendo agora mesmo, pois esta criança pode estar em perigo. - Falou Rogério.
- Há Senhor tenha misericórdia - exclamou Marlene colocando as mãos sobre o peito.
Ela e Rogério saíram correndo em direção a garagem. De acordo com que chegavam perto do local o choro ficava mais alto.
Rogério e Marlene passaram pelos carros na garagem chegaram juntos ao portão,e ao abri-lo Marlene adiantou-se na frente de seu esposo correndo em direção a uma grande árvore em frente sua casa, pois o choro vinha exatamente dessa direção, ao chegar naquela árvore eles tiveram um grande susto pois ali estava um bebê enrolado em um amontoado de cobertor protegido da chuva por um saco plástico tendo ao lado uma mamadeira com leite já azedo e cheia de formigas. A criança se debatia e chorava, pois algo a estava incomodando muito.- Mas quem teve a coragem de fazer uma coisa dessas? Mais que mundo cruel é esse. -Disse Marlene ao seu esposo.
A alguns metros dali na escuridão da noite escondida entre algumas plantas com o coração ferido e os olhos cheios de lagrimas alguém os vigiava.
- Vamos levá-lo para dentro de casa, esse bebê não pode ficar aqui. lá cuidaremos dele. - Disse Rogério.
Eles levaram o pequenino para dentro de casa junto com o amontoado de cobertores e a mamadeira.
Ao entrarem em casa começaram desfazer de todos os apetrecho que estava enrolado sobre a criança. O saco plástico todo molhado pela chuva, um pequeno cobertor que estava servindo como manta, uma pequena toalha de rosto molhada de urina e um pedaço de pano que servia como frauda toda suja de cocô.
Marlene com os olhos cheios de lagrimas pacientemente limpava a pequenina criança.
Na verdade era um lindo garoto de olhos castanhos e cabelos loiros, o pequenino já se sentia aliviado depois que Marlene tirou todos os pedaços de panos sujos e molhados.
- Olha Rogério, que menino mais lindo, eu o amei.
Rogério então respondeu com decisão, tomada.
- Amor, nós vamos procurar por pessoas que possa servir como nossas testemunhas e informa-las todo o que nos estar acontecendo nesta noite, e então iremos até ao conselho tutelar e pedir a guarda desse menino para nós. E vou acostumá-lo a me chamar de pai e você de mãe.- Pois bem, o que o nosso filhinho mais quer agora é tomar um bom banho para espantar o frio e encher a barriguinha para depois ir dormir. Amanha será um novo dia e longo dia.- disse Marlene, enquanto caminhava em direção ao banheiro para dar banho no bebe. - Qual será o nome dele em?Rogério por sua vez dobrava todos os pedaços de panos e os colocava dentro do saco de lixo para jogar fora, pois no dia seguinte ele e sua esposa teria muitas coisas para fazer junto com seu dois filhos.
Rogério e Marlene ainda não sabiam que suas vidas e a rotina inteira da família já estava mudada dessa hora adiante , na verdade eles não sabiam o que mais poderia ainda acontece. Em sua cabeça Rogério estava programando tudo para a sua família no dia seguinte, e a primeira coisa após o café da manha, seria ir fazer compras para o pequenino que seria o novo membro da família.
Enquanto Rogério manuseava aqueles trapos de pano, algumas folha de papeis caíram no chão. Rogério as pegou e nesse momento Marlene acabava de sair do banheiro com o bebê no colo.
- Rogério, por favor, prepare para mim um pouco de leite quente, lave bem esta mamadeira com água quente e a encha de leite para o nosso filhinho, eu vou prepara um agasalho para que ele passe a noite, e amanha daremos a ele roupa nova.
- Certo Marlene, mas quando eu voltar da cozinha iremos ler estas folhas de caderno, parece que alguém nos deixou um recado, e vamos descobrir o que estão dizendo.
Marlene foi até ai quarto de Fabrícia, e no guarda roupa procurava algumas pesças que servisse ao bebê, procurou também no quarto de André, pois sabia que tinha guardado umas roupinhas de quando ele ainda era recém nascido. Após ter posto uma roupinha nova naquela criança e ter lhe dado uma deliciosa mamadeira, eles voltaram a sala para conversar, e ler o que estava escrito nas folhas de caderno.
Então Rogério começou a ler em um tom bem audível para que Marlene também pudesse ouvir e entender.
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Rompendo as Barreiras do Desprezo e da Dor
RandomPor favor, não me leve a mau, não me jugue, porém eu sei que é exatamente isso que deve estar passando pela mente de quem quer que esteja lendo esta carta no momento. Olha, não fique nervoso (a) comigo, não pare de ler o que escrevi, por favor não m...