"Desculpa a demora pessoal, espero que gostem desse capitulo, e por favor, não deixe de comentar"
MARCAS QUE O TEMPO NÃO PODE APAGAR
- Maria, não vai dar para aceitar essa situação, o que esta menina aprontou passou do limites, não posso mais deixar que ela continue nessa casa, pois com certeza ela trará má influencia para as outras. Ela tem de ir embora hoje mesmo!
- Mãe, a senhora vai deixar o papai que meu pai me expulse de casa? Eu não tenho para onde ir, por favor, eu sei que eu errei mas, me perdoe, me dê uma chance, prometo que não darei nenhum trabalho, não me mandem embora de casa eu imploro.
- Cleonice, é melhor pegar suas coisas e ir embora agora mesmo. - disse o seu pai.
Cleonice chorava muito, estava mesmo arrependida por não ter obedecido a seus pais, sua voz tremula denunciava seu sofrimento. Mas seu pai estava irredutível em sua decisão.
- Cleonice, é melhor que ajunte tudo o que é seu e vá embora agora mesmo. Quando seu filho nascer não nos considere como sendo seus avós, pois você agiu de maneiro muito mau, por isso não merece nosso perdão.
As palavras que o pai de Cleonice lhe dizia lhe cortava o coração eram duras e sem piedade, pois ele as proferia com muito ódio e frieza no coração.
-Pai, o senhor não pode fazer isso comigo, eu não posso ficar sem a Cleonice, ela não pode ir embora. - Disse Joana;a irmã casula que assim como as demais chorava muito por ver o sofrimento da irmã que estava sendo expulsa de casa, sem ter no minimo uma nova chance.
- É isso mesmo pai, apenas dê uma chance para Cleonice, eu acho que ela merece. - Dissi Marli, com lagrimas descendo de seus lindos olhos, ela já estava ficando muito zangada com seu pai pela dureza que estava tendo com Cleonice.
- Hei, vocês, tratem logo de calarem suas bocas, antes que eu as encho de tapas. - Disse o senhor Silvano.
- Cleonice, eu quero ir embora com você. - Disse Joana.
Joana era muito apegada á sua irmã Cleonice, porque se tratava de ser Cleonice a irmã mais velha, e quem lhe dava muito carinho.
-Jujo, não, você não poderá ir comigo, pois nem eu mesmo sei para onde ir, não sei o que será de minha vida de agora em diante. E agora que estou indo embora seram vocês duas que vão cuidar do papai e da mamãe. - Respondeu Cleonice, que em seguida abraçou suas irmãs com muita ternura.
Cleonice não tinha em mente o tempo que levaria até chegar aproxima oportunidade de novamente poder abraçar suas irmãs, mas esse acontecimento levaria alguns longos anos para se repetir.
-Mas, quem vai cuidar de você? - Quis saber Joana com sua doce e inocente voz. Ela estava apenas com seus sete anos de idade, as lagrimas corriam de seus olhos como fonte inesgotável. -Maninha, não se preocupe, Deus cuidará de mim eu sei. Há, por favor, não fique com raiva do papai e da mamãe, eles apenas estão um pouco nervosos comigo mais isso logo vai passar. _
- Mas se quando isso passar e nós não mais te encontrar.- Insistia Joana.
- Deus dará um jeito.
-Cleo - disse Joana - eu não estou com raiva deles apenas estou muito triste com o que estão fazendo com você.
- Maninha fique tranquila vai dar tudo certo.
-Será que nunca mais vou te ver? - A pequena Joana não parava de falar, seu inocente coração estava muito ferido, e ela não conseguia se controlar.
- Vai sim minha doçura, não sei quando, mas nus veremos outra vez. Vou tentar mandar noticias. Minhas irmãs, agora eu tenho de ir, pois se nossos pais virem que eu ainda estou aqui vão continuar a brigar comigo e com vocês. Marli cuide bem da juju para mim, eu as amo muito.
Cleonice novamente abraçou suas irmãs, em despedida, não havia mais palavras, só lagrimas e a dor nos seus corações que falava mais alto. Então Cleonice, partiu, mesmo sem ter para onde ir. Marli estava com seus quinze anos de idades sua mente já estava desenvolvida para entender a realidade dessa vida, a dor da saudade calara a sua voz.
Cleonice pegou sua sacola passou pelo portão sendo acompanhada pelos olhares de suas irmãs.Seus pais não a viram partir estavam muitos transtornados.
Seu coração sangrava, por dentro sua alma chorava, nunca tinha imaginado que tudo ia acabar assim, desta maneira. Juana e Marli seguiram-na com os olhos até que sumisse na escuridão da noite.
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De repente Cleonice perguntou -se alta voz, sem que percebesse.
- Joana como você estar agora minha irmãzinha? Marli que saudade, eu sinto. Há, se eu pudesse estar ai com vocês, junto ao meu filho, se ele ainda estivesse comigo! Ó meu Deus porque tudo isso veio acontecer comigo? Por favor, meu Senhor queira me perdoar.
Entre todas essas lembranças o coração de Cleonice não parava de doer, nesse momento ela chorava ainda mais. Nas suas lembranças ela podia contemplar o lindo rostinho de seu filho Filipe, podia até ouvir o seu choro.
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- Filho, não chore, pois vai dar tudo certo, apesar de não poder ter você comigo. Mas eu ti amo muito, vou por você aqui, mas não sairei para longe até que alguém apareça para te socorrer. Só assim eu irei. Deus vai mandar alguém bondoso para cuidar bem de você eu sei que vai.
Cleonice após ter colocado o lindo bebe aos pés daquela grande arvore procurou esconder-se atrás de um arbusto, e aguardava em profundo silêncio, para ver o que aconteceria com o pequeno Filipe.
Então minutos que pareciam ser eterno passaram até que um homem e uma mulher saíram de uma grande mansão assim que a forte chuva diminuiu, aquele casal encontrou o bebê, e o levou para dentro de casa. Cleonice ainda esperou mais um pouco de tempo para sair do local onde estava escondida, ela passou bem devagar enfrente a luxuosa mansão, observando bem para não esquecer o lugar. Enquanto passava tentou ouvir algum barulho ou o coro de Filipe, mas a mansão era grande de mais para que ela pudesse ouvir algum som vindo lá de dentro. Deus vai cuidar de você para mim meu filho. Lagrimas caiam impetuosamente dos olhos de Cleonice.
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Cleonice estava completamente perdida em suas lembranças, quando foi despertada com uma rajada de vento, que começou a soprar forte de uma hora para a outra. Foi então que observou que suas roupas já estavam secas. Ela concluiu que estava naquele local a mais de duas horas, então imediatamente ajuntou suas roupas cuidadosamente para que não amarrotassem muito, olhou em seu relógio para ver quantas horas seria aquela, estava marcando onze horas e trinta minutos. Sem saber que direção havia de seguir, estava preocupada, pois tinha de conseguir um emprego, para se sustentar, e um lugar para ficar.
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Rompendo as Barreiras do Desprezo e da Dor
De TodoPor favor, não me leve a mau, não me jugue, porém eu sei que é exatamente isso que deve estar passando pela mente de quem quer que esteja lendo esta carta no momento. Olha, não fique nervoso (a) comigo, não pare de ler o que escrevi, por favor não m...