DESAPARECIDOS

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Momentos antes...

-Marie, quero que você prepare o almoço para a paciente número 21, após terminar entregue no quarto 27.- Mandou, com uma voz rouca, a patroa.

-É para já!- Obedeci.

A minha patroa é alta e magra, tem cabelos compridos, lisos e vermelhos. Tem cerca de 40 anos mas se não a conhece se daria-lhe uns 30 devido aos cremes que usa para a sua pele ficar jovem.
Já eu também sou magra, cabelos presos encaracolados e olhos verdes que desvia o olhar de toda a gente.
No prato eu coloquei uma porção de arroz bem pequena, juntei um pouco de salada e tomate e já estava pronto para ser ingerido.
Coloquei o prato sobre um tabuleiro de madeira castanha escura, na diagonal do prato pousei um copo de água juntamente com os talheres envolvidos num guardanapo.
Segurei o tabuleiro pelas pegas em plástico branco e dirigi me rapidamente até ao quarto.

-Posso entrar?- Perguntei batendo, exatamente, três vezes.

Do outro lado ninguém respondeu. Não fiquei preocupada pois pensei que estivesse a descansar. Entrei e quando me deparei com a cama vazia fiquei sem forças no corpo deixando o tabuleiro cair partido o prato e o copo. Era a primeira vez que acontecia isto comigo e não sabia como agir. Com o estrondoso barulho que fiz a patroa veio até a mim e colocou a mão sobre o meu ombro fazendo me dar um pulo de susto.

-O que aconteceu?- Questiona a patroa.

Sem reação aponto para a cama e digo em voz rouca "Desapareceu!". Começamos a procurar a paciente número 21 sem sucesso. Revistamos todos os quartos e aí percebemos que o paciente número 33 ,do quarto 39, também fugiu.
Ligamos para a polícia, e uma mulher de voz doce e calma nos atendeu.

-Ligou para 911, qual é a sua emergência?- Perguntou calmamente uma mulher que não devia ter mais de 30 anos.

-Alô? Queria participar dois desaparecimentos.- Disse apressadamente Mariane, a minha patroa.

-Se acalme, onde a senhora se encontra?- Perguntou com uma voz alta.

-No Hospital de Washington, venham depressa.

-Se acalme, já foi enviado para aí um automóvel, chega aí daqui a alguns minutos.- Afirmou a senhora.

-Obrigado...

Disse Mariane em vão pois a chamada já tinha sido terminada...

Após 20 minutos.

Ouviu se ao longe as sirenes do carro de patrulha. Quando chegaram pediram a caracterização dos dois fugitivos.

-Marie, explique como são os miúdos.- Mandou Mariane.

Nesse momento o meu coração começou a bater apressadamente, fechei os olhos deixando escapar uma lágrima que foi escorrendo por minha cara que agora era totalmente pálida. Dei um passo em frente, abri os olhos e comecei a falar.

-A paciente número 21...- Fiquei nervosa e comecei a chorar e a soluçar.

-Acalme se, não lhe vamos fazer mal.- Interceptou um dos guardas.

Pelo que pude observar o guarda que falou para mim chama se Ryan. Ele era musculado e alto, o seu cabelo era loiro e esvoaçava ao vento, perdi me nos seus olhos cor de mel, ele era lindo.

-Senhora?- Chamou me abanando a mão em frente à minha cara.

-Me desculpe... Pode tratar me por Marie, então, a paciente número 21 chama se Katherine e o nome do número 33 é Victor...

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Aqui têm mais um capítulo, espero que tenham gostado. Deixem o vosso voto, comentário é não se esqueçam de compartilhar...
Adeus até à próxima...
Diogo

O Desconhecido.Onde histórias criam vida. Descubra agora