31 de janeiro de 2010

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De: Tristan Scott
Para: Amy Summers
Querida Amy, esse foi o único jeito que consegui para fazer eu me sentir perto de você.
Estou na lata velha preta, indo em direção à algum lugar, ainda não sei bem para onde - como pode notar - , procurando por algo que não vou encontrar, pois você não vai estar lá.
Estou tentando, juro que estou tentando, mas simplesmente tudo faz lembrar você. As loiras nos outdoors parecem ter duplicado desde a última vez que peguei estrada. As músicas me lembram você, a chuva, até mesmo a droga dos meus tênis. Há horas que não consigo com tudo isso, e tento, de todas as maneiras, tirá - la da minha cabeça. Desligo o rádio, tiro o tênis e jogo no banco traseiro, e penso que não há nada pior que a chuva.
Há horas que quero me entregar totalmente ao sofrimento de tê - la longe. Coloco o CD para tocar - ficou no porta-luvas desde a última vez - bem alto, para que eu possa ouvir do lado de fora, e deito em cima do carro, sentindo os pingos da chuva ensopar minha roupa, mas não ligo, apenas fecho os olhos e lembro de quando fazíamos isso.
Lembro de como eu me sentia vivo fazendo aquilo; completo. Mas hoje sei que não era o fato de deitar no carro e sentir a chuva que me fazia pensar estar vivo, e sim você deitada ao meu lado, segurando minha mão.
Irrevogavelmente seu,
Tristan Scott

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