28 de Fevereiro de 2010

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De: Tristan Scott
Para: Amy Summers
Querida Am, acho que estou perdido. Sim, eu sei, sou a personificação da palavra desorganização. Se estivesse comigo, a primeira coisa que faria, antes mesmo de entrar no carro, seria me entregar seu velho - porém útil - mapa.
Bom, a Lata Velha não tem GPS, e nem mandei instalar antes da viagem - o que foi idiotice - e agora, aposto minha mão que está pensando em um jeito de enfiar o mapa no meu cérebro. Mas você está longe, e não há como. Eu até riria sarcasticamente de sua incapacidade, se isso não me matasse todos os dias.
É estranho dizer que não me desespero ou incomodo com esse fato? Não é o maior dos meus problemas.
Lembro das tantas vezes em que me perdi quando criança. Eu não tinha medo, eu explorava, não fugia, e com certeza não ficava esperando. Mas agora que não tenho mais você, tudo que mais desejo é o que me encontre.
Quero esperar ansiosamente pela sua chegada, com todo aquele nervosismo de sempre. Sentar e tentar conter a excitação de vê - la novamente.
Vou dormir por aqui, é seguro, eu acho. Alguém virá e me encontrará, e então poderei mandar a carta. Mas enquanto isso, vou me contentar em fechar os olhos e fantasiar que é você quem vai me salvar, como já fez um dia.
Incondicionalmente seu,
Tristan.

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