14 de Fevereiro de 2010

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De: Tristan Scott
Para: Amy Summers
Minha amada Amy, bom, acho que não posso mais chamá - la de minha, mas você sempre será minha amada.
Já disse que a lata velha ainda tem seu cheiro? Uma mistura de flores e morangos. Não, eu nunca vou esquecer.
Estou longe de Ellsworth, no meio do nada, apenas estrada e alguns postos de gasolina. Essa monotonia é estranhamente reconfortante, me faz pensar em você. Dos nossos momentos de paz e sossego.
As vezes consigo ver você aqui do meu lado. Sentada relaxada mente na poltrona, as pernas estendidas sobre o painel, a cabeça repousada em meu ombro, sua mão na minha única mão livre, os olhos fechados, enquanto ouvimos algo no rádio.
Lembro que você adorava isso, quando éramos apenas nós dois , aproveitando cada minuto, enquanto não éramos atingidos pela realidade.
Vou lhe contar segredo, sabe quando andávamos pelo corredor da escola, e de repente eu começava a falar coisas vergonhosas como: " E então minha linda Amy, sua mãe já comprou suas pomadas de micose?" . Eu sei, eu era um bastardo por fazer isso, mas meu vício por suas bochechas coradas era maior que minha sanidade. E no final, sempre gargalhavamos quando víamos um olhar em nossa direção.
Nosso amor era assim, fácil, viciante; uma bolha particular.
Não quero esquecer de nada, sabe? Talvez eu seja um sádico, mas gosto de me torturar com essas lembranças. Elas me aquecem, fazem - me pensar que já vivi antes.
Desculpe, tento não colocar
melancolia nisso, mas parece que me tornei um poço de dramas desde então. Espero que esteja bem. Feliz. É tudo o que mais desejo.
Irrevogavelmente seu,
Tristan

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