TERRA

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Luba estava inquieto fisicamente, mas quieto demais verbalmente... Nossa! Olha o nível das palavras que estou usando, cara! Que maneiro! Não sabia que era capaz de descrever alguma situação dessa forma. Mas estou gostando e vou tentar continuar... Mas não garanto nada!

Bom, onde eu estava mesmo? Pera aí, deixa eu voltar no parágrafo anterior... Ah sim! Luba parecia quieto demais. Não disse muita coisa depois de explodir comigo no carro. Ficou rindo igual retardado, porque não conseguiu conter a alegria por estar me vendo naquele momento, mas assim que chegamos em casa, ele calou a boca. O mais estranho é que ele não parava no lugar, cês tão ligado? E quando parava, ficava tremendo as pernas ou roendo unha. Será que ele ainda estava tendo algum tipo de crise quanto ao beijo?

Decidido à acabar com o climão, fui até meu quarto, onde Luba estava. Ele parou de mexer em suas coisas - sabe lá o que era - e me encarou. Foi um pouco difícil de começar um diálogo, mas as coisas começaram a fluir naturalmente depois de algumas frases e logo estávamos bem novamente.

Ficamos tentando decidir que tipo de desafio faríamos nos nossos vídeos e, ao mesmo tempo, colocando o assunto em dia. Pelo menos Luba estava colocando-me a par das sua vida pessoal. Eu não falava muita coisa que não fosse para brincar com ele, fazer alguma piada. Eu estava mais focado no sorriso dele, que era único.

De alguma forma - provavelmente devido à alguma piada que eu fiz - Luba começou a me bater com o dildo que estava jogado sobre a minha cama. Eu peguei o que estava mais próximo de mim para me defender, ou seja, meus ursinhos estavam levando uma surra de pinto de plástico quando Alex apareceu nos zoando imitando aquele clássico mene do "gayyyyyy". Achei que ele já tinha ido embora, pois disse que ia viajar no fim de semana (daí a minha ideia de chamar o Luba).

Agora mais solto e sem climão, Luba e eu resolvemos sair. Fomos ao shopping como de costume. Até tentei ser discreto, mas não consegui e, mesmo tentando se segurar, Luba sorria com as minhas palhaçadas, então eram dois coelhos com um tiro só.

Encontramos alguns fãs que fizeram um círculo para tirar fotos e pedir autógrafos. Luba e eu tiramos fotos e rimos muito com os comentários sobre o nosso shipp, L3ddy. Tudo bem que o beijo que eu dei no Luba enquanto estávamos no aeroporto não fora o primeiro e já fizemos uma ou outra brincadeira um pouco mais íntima, mas éramos apenas amigos. Eu só pilhava mesmo porque era legal zoar com ele, já que o Luba é do tipo que sente vergonha com comentários e brincadeiras parecidas em público - e tem um canal com milhões de inscritos onde ele fala um monte de merda e paga muito mico (que nem eu). Pois é, jovens! Pensei a mesma coisa.

Uma menina que acabara de tirar foto comigo, foi tirar outra com o Luba e, ao terminar, empurrou o meu amigo para mim. Ele se segurou em meus braços para não cair, pois seria um baita de um mico.

Ele estava com o corpo rígido como a terra, me olhando enquanto corava rapidamente. Eu olhei para ele e sorri, tentando passar tranquilidade, mas a minha vontade era de cair na gargalhada com aquela cena. L3ddy shippers detectados.


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