FOGO

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Enfim tinhamos terminado de gravar os vídeos. Resolvemos gravar um challenge para o LubaTV para terminarmos logo. Até porque sempre que gravamos algum vídeo a casa fica imunda e gastamos muito tempo arrumando tudo depois. Nós fazemos uma enorme bagunça. Felizmente, não foi o que aconteceu dessa vez. Com o tédio dominando meu corpo, fiz o que faço o dia todo quando Luba está perto: fui provocá-lo.

Fui até a cozinha, onde Luba estava agarrado a um dos meus ursinhos, presente de fã, com a cabeça baixa encarando a pequena tela do celular e com as pernas cruzadas.

- Que pose é essa, mozão?

- Sério mesmo, cara? - Ele disse erguendo a cabeça e fitando-me.

- Que foi? É assim que casal fala, ué. Vai dizer que não somos um casal agora?

- Claro que não, T3ddy. Você é meu amigo, cara!

- Ah! Vai dizer também que daquela vez que você veio aqui e nós fizemos aquilo, você não gostou?

- Claro que eu gostei. Eu sou humano, né - Luba desviou o olhar enquanto prosseguia - Mas você é meu amigo.

- Aha! - Gritei e minha voz saiu estranha - Sabia!! Pode admitir que você me ama - Luba deu de ombro e voltou a encarar o celular. Aquilo só me animou.

Sorrindo, me aproximei fazendo uma dança sexy - parecia sexy pra mim, eu juro - e cantando "I'm too sexy". Luba se assutou e levantou-se da cadeira de um salto, mas eu não parei. Estava engraçado.

Continuei dançando e indo na direção de Luba, que pedia para eu parar inutilmente. Mordi o lábio inferior e revirei os olhos, sabendo que não estava (tão) sexy quanto eu pensava. Luba me afastava com a mão enquanto ria, corava e me implorava pra parar.

- Quer leitinho, mor!?

Luba saiu correndo em direção ao quarto e eu, como sou um bom amigo, fui logo atrás - se é que vocês me entendem (tá, parei).

Luba pegou o travesseiro e usou como escudo, mas eu continuei avançando, porém revezando entre o riso e a brincadeira. Eu mesmo não estava aguentando.

Nossas roupas (ou corpos, se preferirem), tangiam onde o travesseiro não cobria - Aí. Voltei com as palavras difíceis - Luba fechou os olhos com força quando viu meu rosto próximo ao seu e a minha língua fazendo movimentos e barulhos estranhos.

- Para, cara... Pelo amor de Deus! - Ele dizia.

- Que foi, mozão? Dá aqui um beijo, dá!

Eu fiz um bico exagerado e Luba, para a nossa surpresa, parou de tentar resistir e cedeu à brincadeira. Tangiu meus lábios com os seus, mas foi coisa rápida, assim como no aeroporto.

- Satisfeito, cara?

- Quase - Respondi

E com uma agilidade que Luba só tinha visto uma vez, eu o desarmei jogando o travesseiro para trás e avancei contra a sua boca selando nossos lábios, interrompendo nossa respiração, acelerando nossos corações, tateando seu corpo enquanto o pressionava contra a parede do quarto e explorando sua boca com minha língua, que parecia não se dar muito bem com a língua de Luba (rebelde), visto que foi um beijo muito desajeitado.

A necessidade de ar me obrigou a separar nossas bocas, o que acabou sendo uma coisa boa, pois quando eu voltei a beijá-lo, foi de uma forma mais sutil e... como era a palavra? Preparado? Não... não era essa, mas ok, vamos voltar para o Oba Oba.

- T3ddy.... O que....

Luba estava começando a dizer coisas desconexas como se meus beijos em seu pescoço estivesse atordoando-o. Talvez estivesse.

Tirei minha camisa e em seguida tirei a de Luba que estava pasmo demais com os acontecimentos para fazer algo. Eu o deitei na cama e pus meu corpo sobre o seu, enchendo-o de beijo.

- Hei... Só para você saber: Eu também sou um L3ddy shipper

Revelei antes de descer com os beijos em direção à sua calça... ou melhor, o que tinha ali embaixo.



Strangeness And CharmOnde histórias criam vida. Descubra agora