CAPÍTULO I
Em todas as histórias clichê que ouvimos por aí, não passavam de uma imaginação ou um desejo infantil de todo o jovem-adolescente ou até adultos que amavam histórias de amor, porém, nunca foi algo visto na sociedade angolana, não até conhecermos o momento mais clichê na história de amor entre Aline e António. Deveria começar a contar como era uma vez, mas ninguém se lembra quando foi e pulamos esse detalhe, mas começamos de outro jeito.
Haviam dois mundos que nunca poderiam se ajuntar para manter o equilíbrio na sociedade, entre os ricos e os pobres, porém, em todas as histórias de amor, o rico sempre foi um homem que buscava pela cinderela, porém, não havia uma cinderela que precisava ser salva pelo príncipe encantando, haviam uma garota rica e mimada, que por ser a filha de um soberano, achava-se a mais important e linda, e o seu nome era Aline das Neves, insesível e fria como uma tempestade nublosa..
Aline era magra de estatura média cabelos crespos e negra de pele clara pela descendência do colono, morava só com o seu pai, o juíz presidente do tribunal supremo que se chamava Pedro das Neves, considerado o juiz mais renomado de Angola. Aline por não crescer com sua mãe e deixada nos cuidados de várias cuidadoras, se tornou em uma pessoa arrogante, incompreensiva, desonesta e mal educada apesar de receber os melhores tutores e estudar nas melhores escolas da capital.
Tratava as pessoas como se não tivessem importância na sociedade e muitos não gostavam de ficar perto dela por escolha própria e por ser arrogante em grande parte do seu dia, a princesa encantada passava o maior tempo com as empregadas que viviam fazendo suas vontades porque eram pagas, mas murmuravam nos cantos de casa sobre como a detestavam. O seu pai nunca teve tempo para prestar a atenção a filha e em seus aniverários, ele ficava ausente e as vezes se esquecia.
Aline se tornou em uma rapariga rebelde e não obedecia às ordens de ninguém. Nem mesmo deixava que seus guarda Costas a seguissem, porque se sentia controlada ou era apenas birras para chamar a atenção do seu pai que era bastante ocupado. Aline não podia andar sozinha na rua sem seus guarda-costas por causa de seu pai que sempre era perseguido, que foi também a causa da morte da sua mãe quando era apenas uma criança. Desde a morte da mãe de Aline, Pedro não permite que Aline anda sozinha na rua sem os seguranças senão hão de matá-la como fizeram com a mãe.
Havia também a cinderela dessa história, porém era um homem com uma realidade diferente da princesa encantada, o seu nome é António Trovão, um jovem bonito de 22 anos e inteligente, cursava Direito e queria se tornar em um juiz, porém, teve que largar os estudos porque era difícil pagar as mensalidades e decidiu procurar por rum emprego e abandonar os estudos, mas também era apaixonado por artes marciais e tornou-se um bom lutador. António pertencia a uma família de classe baixa na sociedade, o tipo que a princesa encantada detestava. Seus pais eram pobres e trabalhavam no duro para formar seus filhos, Como quaisquer pais que não queriam que seus filhos passassem por onde eles passaram e se esforçavam no máximo em dar uma educação digna e alimentação para eles.
O gato borralheiro era o mais velho de duas irmãs gêmeas que se chamavam Anabela e Anadeth de 17 anos, que apesar de possuir um porte físico másculo por causa dos esportes marciais, ele era gentil, educado e sempre cuidava das irmãs e quando conseguiu terminar os estudos, decidiu procurar por emprego e por seis meses, o gato não encontrava e mesmo assim, não desistiu e continuou procurando porque queria que seus pais que estavam envelhecendo, descansassem.
Certo dia, em um dia em que o destino decidiu finalmente trabalhar, António saiu de casa para mais uma jornada de procura de emprego e usava sempre suas melhores roupas em caso de ser entrevistado e para ele, não importasse qual seria o trabalho, desde que fosse digno, aceitaria humildemente e pôs-se as ruas procurando e distribuindo seu currículo nas empresas na cidade capital.
