Part 5

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Ainda estava em choque daquele beijo, quem não estaria!? Meu deus! Ela era uma deusa. O que fazer? Não, não podia admitir em voz alta. Não lhe vou dar razão, não agora. Ela (...) ela provocou-me. Ela beijou-me. Beijou e provocou-me! O que fazer? Ela disse ... disse que sentiu algo, mas e se estava a mentir? Não tardou a esse dia passar depressa, custou-me a adormecer, tinha sempre o pensamento naquela morena. Ela era tão, mas tão bonita e o beijo que ela me deu foi mais bonito ainda. Eu queria mais, mas ao mesmo tempo não queria problemas, não queria admitir tudo, não era fácil admitir tudo em voz alta. Porque depois de dizer a alguém isto torna-se demasiado real e não há volta a dar.

Acordei, ela estava sentada na minha cama, olhou-me como se nada se passasse. Como ela estava aqui? Seria um sonho?

-Que fazes aqui?

-Vim dormir na tua casa!

-Tu o que?

-Ouviste bem! Vou ficar aqui ... Aqui contigo. Mas isso não importa, certo!? Tu não sentes nada por mim, por isso é como se nem estivesse aqui. – Numa fracção de segundos ela tira a camisola e as calças. Ficando semi nua. Agora não conseguia mesmo parar de olhar para ela. Porque é que ela me estava a fazer isto!? – Que se passa bebe? Algum problema? Vou precisar de uma camisola para dormir, ou será que não é preciso?

Ela falava isto tudo com uma voz cínica, mas no entanto sedutora. Ela estava no meu quarto, semi nua. A provocar-me! Ia tendo um ataque cardíaco. Respirei fundo, ainda não conseguia falar. Sai da cama, fiquei frente a frente com ela.

-Vá lá Amy, faz o que te apetece! Quer dizer, não podes fazer nada, já que não sentes absolutamente nada. – Desviei-me e sai do quarto. Fui ter com a minha mãe á cozinha.

-Mãe!?

-Olá Amy, acordaste com a Karma?

-Ah sim ela (...)

-Entregou-te os cadernos de que precisavas?

-Ah. Cadernos?

-Sim, ela disse que te precisava de entregar um caderno urgentemente. É isso não é?

-Chau senhora, Raudenfeld. Obrigada mais uma vez, vou agora para casa. O que seria da Amy, sem mim. – Piscou-me o olho. Não acredito no que ela me fez! Enganou a minha mãe só para aparecer no meu quarto. De que é que ela é mesmo capaz? Só para estar comigo? Ela despiu-se, estava a testar-me e conseguiu, estou a perder a paciência. Eu quero-a!

No dia seguinte de manha fui falar com o Shane e expliquei tudo, tim tim por tim tim. Ele apoiou-me.

-Precisas de ter calma, talvez a Karma também sinta alguma coisa, apenas quer que tu arrisques. Só pode ser isso.

-Mas e se não for? E se ela estiver a apalpar terreno. E depois de eu confirmar tudo e disse como me sinto ela fugir. Fugir para os braços do Liam. – Enquanto eu prenunciava o seu nome, ele surgiu á nossa direita com a Karma, desta vez estavam agarrados um ao outro. Sim eles estava de volta! Que ódio dela!

-Olá Amy, estás tão gira. – Elogiou-me enquanto me acariciava o cabelo.

-Para Karma! – Olhei para ela enervada, tinha atingido o meu limite.

-Parar com o que? – Perguntou o Liam.

-Só estou a começar. – Corri para a casa de banho mais uma vez, desta vez ia mesmo chorar e ninguém me podia parar.

Que ódio! Se ela queria guerra, ela ia ter. Provar do seu próprio veneno. Não vou confirmar nada, apenas vou provoca-la como ela faz a mim, e logo veremos como corre.


More Than friends - Karmy, Karma e AmyWhere stories live. Discover now