- E mais uma vez, bem-vindos. - desejou o professor Jorge.
Mal começou a aula e esse professor já estava passando matéria, mas fazer o que, não é?
Comecei a fazer minha costumeiras anotações, as quais me ajudavam a estudar, quando um bilhetinho caiu em minha carteira.Mensagem do bilhete
"Não acredito! Física e matemática com o Jorge?! Tá de brincadeira?! Dessa vez eu fico pra janeiro...
Mayah"
Reposta
" Também não tô acreditando... Ele não vai estragar minha matéria favorita!
KKKKK claro que não, vamos mostrar pra ele que seremos suas melhores alunasTaTa"
Reposta da resposta
" Diga só por você que é nerd :'(
Mayah"
Ri me lembrando do jeito que o pessoal me chama. "Nerd"... Não me considero nerd, sou muito preguiçosa pra isso, mas esse ano será diferente!
Depois do término das duas aulas com Jorge, Mônica, professora de gramática entra e explica que esse ano nos dará aula de literatura.
Fiquei mega empolgada.Após algumas aulas, enfim o intervalo. Obrigada Deus.
Estava morrendo de fome e de curiosidade pra ver as novas caras daquele colégio. E aproveitar para ver como o Rafael estava. Sim, eu me interessei nele, fazer o que? Ele era gato.Como era o primeiro dia, minha mãe disse para que eu comprasse minha comida na lanchonete mesmo, o que eu gostava em partes, porque muitas pessoas furavam a fila e isso eu odiava, principalmente quando eram o Henrique, Samuel e Beto.
- Hey Talitinha, tudo bem? - disse Beto. Falando nos diabos.
Mas é muita cara de pau, mesmo.
Henrique me irrita de um jeito inexplicável, sempre sarcástico, tirador de sarro, adora falar mal de mim pelas costas, e ainda vem com falsidade, juro que não entendo.
Beto era literalmente 'O Palhaço', em todos os sentidos, a própria cara dele era engraçada, não tinha uma única vez que ele falasse alguma besteira na aula, e o pessoal não ria, até alguns professores entravam na onda dele, exceto, claro Jorge. Oh professor chato.
Já Samuel é um pouco diferente, ele é mais sério, mesmo zoando sempre com Henrique e Beto, ele é mais fechado comigo, às vezes me dá medo, mas quando se trata de pedir alguma coisa, qualquer um se abre, principalmente se for a famosa "cola".- Tudo ótimo, agora se me dão licença, já tá quase chegando a minha vez. - tentando ser a mais falsa possível.
- Ah mas que coincidência, a gente ia entrar agora com você. - Henrique com seu melhor sorriso cínico.
- Nossa, como você adivinhou? Mas infelizmente, como você mesmo disse, com seu verbo conjugado no pretérito mais que perfeito, não vão mais. - dando-lhe um empurrão e já fazendo meu pedido.
Eu hein! Não sou suas negas, não, meu querido. Quem ele pensa que é pra me tratar assim?
Simplesmente ridículo.
Fui até a mesa das meninas, que agora já havia mais gente: Júlia, Karina e Luiza.
- Finalmente hein meninas, mudaram de sala e esqueceram as amigas. - reclamei brincando.
- Nem deu tempo de nós subirmos na sala de vocês, acho que dessa vez os professores quiseram mesmo separar a gente. - disse Luiza.
- O Roberto disse pra mim, na reunião que iam separar as panelinhas. - lembrou Mayara.
- Nossa, eu queria ter vindo na reunião, mas minha mãe estava trabalhando. - comento triste.
- Não tinha nada se especial, só uma nova professora de redação. - afirmou Karina.
- Nem o seu novo amiguinhos estava lá. - Rafaela tinha que comentar...
Depois disso foi só uma chuva de perguntas em cima de mim, estava me sentindo num interrogatório. Além dos comentários de Mayara e Rafaela sobre o jeito que eu olhei pra ele.
Eu apenas ria, disse se sim ou não é comia. Me divertia muito com essas meninas.Houve uma pausa, nisso eu já havia terminado meu hambúrguer, aproveitei e disse que eu ia na secretaria, dando a desculpa de que iria entrar um documento que minha mãe havia esquecido, mas na verdade eu iria apenas dar um 'oi' para Tia Rosa.
No caminho, alguns amigos me paravam pra cumprimentar e saber se estava tudo bem.
Caminhei mais um pouco e avistei Henrique com um menina que eu nunca havia visto, certamente era nova. Ambos estavam tendo uma conversa bem engraçada, pelo modo com que riam.
Como ele consegue ser tão galinha? Meu Deus.
Desviei o olhar e ia continuar o meu trajeto, até que esbarrei em alguém,que acabou pisando no meu pé.
- Ah! - aquilo doeu.
- Desculpa... - disse Rafael com uma tímida preocupação.
- Tudo bem... Rafael, não é? - me recompondo.
- Sim. Você está bem, Talita? - com uma expressão assustada.
- Estou bem sim. Segunda vez que nos esbarramos, não é? - dou um sorriso de canto. - Lembra do meu nome? - pergunto surpresa.
- Claro que lembro. Como poderia esquecer? - deu um sorriso adorável.
- Normalmente os caras não lembram do meu nome, pelo menos os que eu conheci. - sendo sincera.
- Mas, nem se quer perguntam de novo? - assustado.
- Não. Ficam me chamando por apelidos clichês. - digo fazendo careta.
- Isso é um pouco falta de educação. - pensativo.
- Concordo totalmente, mas fazer o que não é. Gostou da sua classe? - pergunto curiosa.
- Sim. Eles são bem receptivos e amigáveis. É estranho mudar de colégio bem no último ano.
- Um diferencial. - digo dando uma risada.
- Totalmente. - me acompanhou.
Mas depois somos interrompidos bruscamente por uma voz que eu reconheceria em qualquer lugar do mundo.
- Talita!
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Meus maravilhosos leitores, peço mil desculpas por não ter postado nessas últimas duas semanas, as aulas começaram e como não está nada definido ainda fica complicado ter um rotina, então perdão meus caros.
Aqui estão mais um capítulo e mais uma carta para recompensar
Beijos e boa leitura
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Cartas de T
Teen FictionTodos temos algo a esconder, todos tempos sentimentos oprimidos dentro de nós, coisas ou emoções que nos correm por dentro querendo ser libertadas, expostas ao mundo, mas que também são nossa maior fraqueza. Talita é uma dessas pessoas, cheia de ene...