Capítulo 1

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-Bom dia, Seu João! Bom dia, Seu Gilson - disse entusiasmada.

Quem olha já pensa. 'Cala boca, garota! São 6h da manhã.', mas ninguém diria isso, não naquele ônibus.

Era um costume diário que se transformou em um ponto de encontro, encontro de amigas.

Seu João, motorista, e Seu Gilson, cobrador, já sabiam que nesse mesmo horário eles não iriam ter mais tranquilidade até às 7:15h da manhã.

-Menina Talita, como foram as férias ?- perguntou Seu Gilson, enquanto colocava o cartão de passe no reconhecimento.

-Foram tranquilas. - calma por fora, e com euforia no volume máximo por dentro.

Ao chegar próxima de um banco de dois assentos, reparei na garota de cabelos castanhos e longos que me esperava, ela estava distraída, com seus fones de ouvido 'Deve tá ouvindo algum sertanejo' e parece que iria demorar de sair daquele seu mundinho, até que eu a chamasse.

-Fê? Fê?! Fernanda! Hey Srta. Gomes vai ficar ai boiando, ou vai me dar um abraço? - disse com as mãos na cintura, com uma postura rígida fingida.

A mesma deu um pulo, e veio em minha direção para me dar um abraço.
'Ah como eu estava com saudade daquela anã' .

Fernanda Gomes, minha irmã de consideração.

Sim, vocês podem pensar 'Mas Talita vocês só se conhecem há 2 anos e 2 meses.' Tá, mas e daí? Temos eu relacionamento de irmãs ( mesmo ela tendo uma amiga bem mais amiga do que eu), porém ela sabe que é importante pra mim e eu imagino que sou importante pra ela também nessa nossa amizade.

Se eu tivesse preste a casar e tivesse 60 filhos, faria com que ela fosse madrinha do meu casamento e madrinha de 48 filhos meus, pois os demais iriam ser apadrinhados por outras melhores amigas minhas.

-Ah que saudade que eu tava de você, Tata.- afrouxando um pouco o abraço para me olhar melhor.

-Eu que tava enlouquecendo de saudades de você, Fê. Mas então me contaa tudooo. Como foi la em Sorocaba? -disse, toda animada. Amo nossos momentos de fofocas.

- Ai Tata, nem sei se o Edu gosta mesmo de mim, ai to com tanta raiva dele, sinceramente... se eu pudesse eu enchia aquele garoto de... - nem deixei ela completar a frase.

-De beijos! -dando risada.

Eu não entendi esses dois eram tão apaixonados e achavam que não poderiam ter um relacionamento por causa da distância, mas eles, praticamente, já tinham um relacionamento, não era oficial, porém todos sabiam que eles se amavam.

Sempre fui de acordo com seu namoro, mesmo achando que minha amiga poderia arrumar alguém mais a altura dela, pois ela é linda, e o Eduardo é um pouco desleixado, mas não deixa de ser meu cunhado ciumento.

Quando começou a tocar Só Rezo do NX Zero, já estávamos perto do colégio, e alguns colegas nossos, mais novos, já estavam no transporte junto conosco.

"Eu só rezo pra ficar bem, eu sei que vai...! Só quero ser o que eu sou, só quero não ter que mentir..." cantava e Fernanda me acompanhava, só no refrão.

Depois disso chegamos no ponto que era próximo ao colégio, nos despedimos do Seu João e Seu Gilson, e fomos à batalha, enquanto continuava cantando.

- Chega Talita, meu Deus.- disse uma garota que eu acho insuportável, Priscila.

-Ta gostando não? Coloca o fone de ouvido que resolve.- disse esnobando-a.

-Minha filha, ninguém aqui é obrigado a te ouvir cacarejar de manhã, não, ta? - respondendo.

-Desculpa se eu não sei mugir igual você. - dando risada.

-Ta me chamando de vaca, garota?- acho que essa garota é surda.

-Se a carapuça serviu, não posso fazer nada. - disse enfrentando.

-Oh vocês duas, nem sairam das férias e já tão assim, caralho. - disse Fernanda, para acalmar os ânimos. Por mim aquela garota nunca mais existia.

Afastamos e seguimos nosso rumo, um alívio saber que essa garota não frequentava o mesmo intervalo que nós. Falsa, dissimulada, ridícula... entre outros adjetivos que estou me controlando para não cita-los.

Mas ela não supera um outro ser que não deveria nem mesmo existir na terra, ou no sistema solar, ou no universo...

Falando no diabo.

Esta ali de perfil pra mim, um pouco mais de 5 metros de distância de mim. Aquela lambisgoia, sem moral ou dignidade! Falsa! Puta! Com ela eu não consigo segurar o palavreado, com ela e com nenhum outro amiguinho dela.

- Ai! - disse ao sentir um empurrão no meu corpo.

- Oh foi mal! - falou o indivíduo totalmente perdido.

Estava estampado no semblante daquele rapaz que ele estava perdidinho da silva.

- Novato?- perguntei só pra ter certeza.

- É.. sim, bem óbvio, né? - dando um leve sorriso.

- Uhum - uma risada abafada saiu de minha boca. - Quer ajuda?

- Acho que eu vou aceitar, esse colégio é pequeno, mas é confuso ! - disse engraçado.

- Você se acostuma.

Sugeri que fossemos conversar com a inspetora, para saber quais seriam as classes, acabei descobrindo que ele é do segundo ensino médio, e que nossas salas são distantes uma da outra. Não me importei muito, pois havia acabado de conhecer o rapaz, e até que ele pareceu ser alguém legal. Gostei dos olhos. Avelãs.

- Bom, então vamos lá! - animei.

- Vamos! - assentiu.

E o impressionante, é que, quando você pensa que seu dia ta indo bem, você percebe que ele não passava de uma ilusão, até o momento que ele te mostra como será verdadeiramente.

Eu não podia estar vendo aquilo, sinceramente, aquela era a cena mais odiosa por mim, não poderia simplesmente presenciar aquela cena.

A sociedade dos ridículos : A Vaca da Patrícia, o palhaço do Beto, o mercenário do Samuel, e o zonzo, ridículo, trouxa do Henrique, estavam ali na minha frente, como velhos amigos e confidentes, principalmente, o idiota do Henrique .

Como eu odeio aquele garoto, moleque sem eira nem beira, sem noção, covarde, um frango, que se acha o gostoso, delícia, pega geral, mas não pega nem resfriado, ficou com a Fê antes de nós duas sermos confidentes uma da outra, ele ficou com ela na minha frente. Sempre se aproveitou de mim, ridículo.

Ao chegar próximo ao grupinho, tive a singela honra de esbarrar- me, no troglodita master. O mesmo quase caiu e ainda reclamou ao se recompor.

- Caraí, Talita, olha por onde anda não? Quase cai aqui, mano.

Ouvi, me virei para encara-lo, e depois voltei meu olhar pra frente.

- Retardada.

Ele havia dito em um tom baixo, porém que eu consegui distinguir a palavra tão sussurradamente.

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Heeeyy meus amorees, esse é o primeiríssimo capítulo do meu novíssimo livro, desculpe a todos pela demora dos meu três livretos : Uma Noite Sem Fim, Cartas de T e Vidas em passo, porém Vidas em passo eu vou deixar um pouco no off , pois vou me concentrar mais no dois primeiros citados, sendo que UNSF, já está finalizado, só estou precisando de uma melhor rotina para administrar meus livros.
Ainda estou de férias, porém mesmo de férias eu não consigo usar muito na internet, e como falta mais ou menos 3 semanas para começar as aulas, a internet vai ficar mais difícil de se utilizada, pois também vou fazer ensino técnico, e o técnico é de informática, e como qualquer adolescente, eu não quero misturar uma coisa com a outra...
Gente esse recadinho virou um recadão, putz hahah

Bom amores, não se esqueçam das estrelinhas e comentem, façam a autora um pouquinho mais feliz ♡♥

Obs. : mídia do capítulo é nossa querida Talita

Cartas de TOnde histórias criam vida. Descubra agora