Nightwing: O conflito decisivo ( Concluído)

Capítulo 25

Assim que o corpo da garota cai ao meu lado, vejo que o tiro foi na barriga e que está sangrando muito.
"Vai ficar tudo bem, ok? Vou chamar ajuda." Olho em volta e vejo que Arlequina está sozinha, passando de pessoa em pessoa e pegando os pertences. Agacho e puxo Giovanni pelo braço.
"Primo, escuta com atenção tá? Fica aqui e cuida desta moça, eu vou chamar ajuda. Se eles pegarem alguma coisa, deixe levarem! Não coloca sua vida em risco, certo?"
"Sim, bella... Ajudarei a moça."
Eu vou engatinhando até uma porta do banheiro e vejo um alarme de incêndio, quebro com o mini martelo que tem ao lado e aciono. O Aeroporto inteiro começa a apitar o que chama a atenção dos policiais e passageiros. Corro até o banheiro e ligo para a ambulância dizendo que há uma moça baleada, logo em seguida ligo para Dick que não me atende. Tento duas vezes e nada. A pior parte é agora, ter que voltar para aquela louca. Ouço barulhos de tiros e abro a porta do banheiro, há policiais por toda parte e reconheço um deles. O amigo do Batman me fugiu o nome agora. Ele me vê e me manda voltar para onde estava, mas meu coração sai do peito... Giovanni. Será que ele está bem? No meio do tiroteio? Ligo em seu celular e ele demora um pouco para atender.
"Alô? Cadê você, prima?"
"Corre pra cá, estou no banheiro feminino!"
"Eu... Não dá. Estou seguro, está tendo tiroteio, melhor ficar aqui."
"Tem certeza? Está mesmo seguro?"
"Sí, no se preocupe." Ele desliga e eu me sento no chão. As trocas de tiros são infinitas e fico com medo, não devia ter só a Arlequina, os capangas deviam estar juntos. O policial que me vira antes entra no banheiro, apesar de ser mais velho, tem uma aparência boa.
Ele agacha e vêm falar comigo.
"Está tudo bem com você, moça? Está ferida?"
"Não, eu estou ótima! Mas tem uma garota baleada lá na..."
"Sim, ela já está sendo levada. Arlequina finalmente foi presa e algumas unidades estão indo para shopping que o coringa está. Roubaram algo de você?"
"Acho que não, preciso ir atrás do meu primo!"
"Vamos, eu te acompanho."
Nós saímos do banheiro e ao longe vejo Giovanni com as malas no colo todo, espremido atrás de um balcão de lanches. Ele se levanta e me abraça dizendo que nada foi levado, estava tudo bem. O oficial me agradece e vejo seu nome na plaquinha, Gordon. Não me é estranho...
"Foi um prazer, obrigada, Gordon."
Giovanni vai dizendo que não quer passar por isso nunca mais e que não via a hora de chegar em casa, como uma cidade cheia de heróis era salva pela polícia e blá blá blá.
Fui o caminho inteiro só pensando em Dick e se ele estava bem, enquanto minhas mãos tremiam ao volante. Quando abro a porta do apartamento, Dick está andando de um lado para o outro mexendo em seus cabelos. Ele me olha e eu vou correndo lhe dar um abraço, seu coração pula sem parar.
"Meu Deus, Estela. Você me assustou. Soube do aeroporto e fui correndo até lá, mas você não estava. Quase me mata do coração!"
"Desculpa, eu... Nem sei. Fiquei nervosa na hora e..."
Ele me beija e perco o fôlego, me lembro de Giovanni e paro com delicadeza.
Ele está de boca aberta e olhando com atenção para Dick.
"Você o namora? Não acredito!"
"Sim... nós... hã, é."
"E onde ele estava na hora que você, ou melhor, nós mais precisamos?"
Dick faz uma expressão amedrontante e segura sua mão em punho.
"Eu procurei ela por toda parte e se tivesse te achado, não teria salvado!"
"Acho que você não deve ser tudo isso que falam..."
"Se controla Di... amor."
Ele cochicha no meu ouvido.
"Eu volto mais tarde, me espera e deixa a janela aberta." Ele me beija e pula a janela.
"Namorado esquisito, o seu né?".

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