— Noen, está pálido... Algo errado? – Katherine, a secretária, indagou.
— Não, não. Estou muito bem. – Sorri, ajeitando a pasta que carregava.
A reunião seguiu costumeira, com uma intriga ou outra, algumas perguntas e mais elogios — ou bajulações? — sobre meu "futuro promissor". Nunca me julguei inteligente, somente sortudo. Muitos poderiam estar no meu lugar por serem melhores, mas as oportunidades vieram a mim e eu as agarrei por egoísmo.
— Alô? Ah, Merle... – Tenho quase certeza de que meu tom de voz mudou ao saber que era ele, saindo da autoridade que se era necessária em meio ao trabalho. — Macarrão de novo? – Suspirei, enquanto dava sinal ao táxi.
. . .
Durante o caminho pensei bastante, pois já faziam tempos que não parava para analisar o seguimento que meus dias tomavam. Mal reparei quando táxi parou, enquanto o motorista — um homem na faixa dos cinquenta e já grisalho — me observava de modo quase assustador.
— Aqui que pediu para ficar, não é? Então já pode descer. – Parecia conter a raiva com batidas rápidas utilizando os pés.
— Sim, foi. Muito obrigado e desculpe os transtornos. — Fui gentil, afinal, nem mesmo tinha ideia de quanto tempo ele me esperou.
O cansaço era tanto que quis chegar e me jogar na cama mais próxima, ignorar o mundo e acordar dois dias depois; sabia bem que não era uma realidade para mim. Entretanto fui recebido com o mais gentil dos sorrisos, banhado à gentileza que somente ele tinha ao me tratar. Como não se apaixonar pelo olhar caído e incrivelmente azul, carregando oceanos inexplicáveis? Os lábios que, às vezes, se alegravam com as coisas mais simples e não notórias.
— Te amo e você sabe, não é? – Beijei-o e seguimos à cozinha.
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Oi, oi, pessoas! :3
Acho que o capítulo ficou curto, mas é possível que eu o edite e aumente.
Deem opiniões e críticas, estou aberta a tudo, amores! Comentem o que acharam e possíveis dúvidas, juro que responderei tudo!
Não sei a periodicidade que postarei capítulos, por enquanto não está decidido.
Beijinhos! ^~^
