À noite, quando chegava do trabalho numa sexta, o encontrei chorando. Meu coração apertou instantaneamente, senti medo de ser o culpado por sua dor... e era.
— Merle? – Quase inaudível, sussurrei, encostando em seu ombro.
Os braços sobre a mesa forma tirados, ele pareceu assustar-se com a minha presença e, por um momento, o vi empurrar-me para longe. A ação, porém, foi diferente. O abraço a seguir era forte, o deixei em meu peito até que sentisse alívio, o que demorou um pouco.
— Noen... desculpe ser um atraso para você... Ainda estudo e sou totalmente dependente... Trabalharia menos se não fosse por minha causa.
Aquele era o problema? Quase não pude acreditar, jamais o tratei como empecilho, da onde surgira a ideia...? Em pensamentos mais profundos percebi o verdadeiro culpado: eu.. . .
No finalzinho do dia, mesmo com extremo cansaço, nos amávamos no quarto compartilhado. Juras, como antes, sendo levadas aos céus pelo vento. Os lábios macios sem limites em seus toques, meu corpo era totalmente seu e, o dele, meu.
O suor que desceu durante, até que fôssemos um só ao limite. O abracei forte e chamei por seu nome, mostrando-lhe meu amor ainda vívido, o qual ele passara a duvidar.
No outro dia, quando acordei, sua expressão era outra. O "eu te amo" dito teve significados que somente nós podíamos entender... O sol adentrava a janela; hora de sair do sonho.
— Bom trabalho! Espero que faça a parceria tão importante. – Sorri um pouco torto, o assunto era antigo.
— Pode deixar! Estude bastante, as provas estão aí. – Pela expressão que recebi de volta, pensei que também havia tocado em um assunto disperso. Então ri, deixando-o em casa sem que entendesse nada, ou quase nada.~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Oi, gente!
Eu fiquei um tempo fora, mas decidi voltar. Os capítulos serão sempre curtinhos, com uma visão geral. Mais fácil e gostosinho de ler, eu acho.
Estão gostando?