Capítulo 2 - Cansaço

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Os dias têm se tornado estranhos, meu amor alternava quente e frio, estapafúrdio. Junto a ele, os sentidos entorpeciam e eu não sabia o que fazer, era substituído pelo colegial bobo que já fui.
- Amor, o que foi? Não tem conversado muito. - Sua mão calorosa tocou minha bochecha, acariciando-a.
- Perdão, Merle, não quis te preocupar... Aliás, o que fazíamos? - Voltei minhas orbes a ele.
O sorriso compreensivo e, mesmo que eu não quisesse acreditar, uma falha nele. O cansei àquele ponto? Tinha alguém perfeito ao meu lado, por que não parecia o suficiente? Não como relacionamento, mas como vida, rotina. Deixei um suspiro entristecido escapar, mordendo o lábio inferior.
- Se não estiver bem, podemos desistir de ver o filme e deitarmos. - A sugestão pareceu boa, mas somente para mim.
Aceitei a proposta com relutância e prepararei-me. Distantes, por mais que frente a frente, não nos tocávamos, em uma rápida observação percebi que ele tentava se aproximar, só não concluía os atos.
Acordei em meio à madrugada. A escuridão dominava a grande suíte e a enorme cama em que dormíamos - tudo moderno e muito bem arquitetado. Estiquei minha mão; pude tatear o peito nu de meu parceiro, marquei sua posição e, ao entendê-la completamente, adentrei-a. Respirei fundo, um perfume maravilhoso invadiu minhas narinas. Voltei a sonhar, agora embalado em carícias sonâmbulas. Em momentos como aquele compreendia um pouco de mim e da minha necessidade para com ele, o quanto era-me necessário aquele conforto.
- Dormiu bem? - Como primeira frase do dia, a voz serena e delicada, mesmo que masculina. - Espero que tenha dormido... Senti-o tremer em meus braços durante a noite. Não está bem, está?
Como eu responderia a pergunta?
Desviei os olhos e, arregalando os olhos, lembrei-me. No mesmo instante a campanhia tocou, corri para me trocar e atender a porta, deixando-o deitado com o olhar levemente melancólico. Talvez pensasse em como terminar tudo, temi.
- Eu te amo... Bom dia - Mesmo não dando a resposta, tentei tranquilizá-lo, sabia que ele se importava, até demais. - Volto à tarde, levarei telefone.

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