Prólogo

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Constantino, imperador do Império Romano, proclamou em 313 o Édito de Milão, em que legalizava o cristianismo, que vinha ganhando força e inúmeros convertidos há um tempo, porque prometia uma recompensa na vida eterna e pregava que o valor das pessoas não dependia de seu nascimento, talento ou posição social.

Poucos anos depois Teodósio foi proclamado como novo imperador, e estipulou o cristianismo como religião oficial do império, com o intuito de conseguir aliados, banindo todas as outras e perseguindo as pessoas que se recusavam a se converter. Foi criada, portanto, a Igreja Católica.

Desde então, essa Igreja veio ganhando cada vez mais poder e seguidores. E foi na idade média que ela ganhou uma gigantesca influência. A Igreja Católica se tornou a instituição mais poderosa desse período, com uma quantidade absurda de terras. Todas as pessoas, praticamente, seguiam à suas pregações cegamente.

Era minúscula a porcentagem do povo que sabia ler, e, por isso, a Igreja manipulava-os sempre que podia. Qualquer coisa dita era seguida com o maior fervor, por mais absurda e sem fundamento que fosse. Esculturas e vitrais eram construídos nas igrejas para amedrontrar as pessoas, e causavam o efeito pretendido.

E, quando alguém se recusava a seguir seus preceitos, era perseguido. Por essa razão, no século XIII, foi fundava a Santa Inquisição, instituição controlada completamente pela igreja, com o intuito de reprimir e torturar os indivíduos que faziam algo considerado errado diante de seus olhos. Estas pessoas passaram a ser chamadas de hereges, e seus ''pecados'' eram chamados de heresias.

Estes seres eram torturados e mortos por bruxaria, sodomia, feitiçaria, judaísmo, entre outros. Havia uma quantidade enorme de diversificados tipos de tortura, para fazê-los confessar seus erros. As pessoas apoiavam e aplaudiam esses atos, porque quem os colocava em prática era a Igreja. Quase ninguém ousava desafiá-la, e quem o fazia acabava sendo morto ou muito machucado.

E foi nesse contexto que surgiu um amor que iria receber inúmeras críticas, reprovações e perseguições. O amor entre Harry, cavaleiro leal, mas que viu seus preceitos mudarem ao conhecer Louis, príncipe de Paris.

A relação podia ser considerada errada, suja, repugnante, mas eles não viam problemas em amar. O amor os movia em seus atos e pensamentos, e nenhuma instituição que pregava ideias contraditórias iria fazer com que ele acabasse. Na verdade, ninguém iria fazer isso, porque, no final, o amor sempre vence. 


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