Capítulo 5

38 4 2
                                    

           A  viagem já estava no fim, a vovó tinha recebido alta,  o papai e a gripe dele estavam melhorando, e eu claro! estava muito feliz com o Esperança. Já estavam todos prontos para ir ao aeroporto de volta pra casa, pegamos um táxi, e chegamos ao aeroporto, estávamos esperando por muito tempo, a fila estava muito grande, acabou que eu fiquei com sede e fui ao bebedor e olha só quem apareceu. 

- Saudade! nossa que bom te ver.

           Eu olhei pra trás e era uma cara bem familiar... VERGONHA!!!

- Vergonha! Ham? como assim? O que você ta fazendo aqui?

- Eu estou voltando pra casa. Nossa mas é muito bom te ver mesmo.

             Eu fiquei na Esperança de ver o Vergonha em São Paulo, e não quando eu estava voltando pra casa, mas mesmo assim eu abracei ele, e senti uma mudança no Vergonha de um jeito diferente, o que era? Parecia coisa boa!

              Quado eu voltei, falei pro Esperança que o eu encontrei com Vergonha, ele ficou surpreso ate porque ele não sabia que o Vergonha estava em São Paulo, mas ele como sempre deixou de lado não falou nada e só disse que bom pra mim. 

               Dentro do avião foi diferente, o clima estava tenso, quando a vovó percebeu o clima lá vem ela com as piadas dela. As piadas da vovó nunca me fizeram rir, mas o Esperança se rasgava de rir. Eu fiquei pensando no Vergonha, eu não fiquei alegre ao ver ele, mas senti uma coisa diferente nele, e também senti que o Esperança não ficou feliz de eu ter encontrado com ele. O Vergonha não estava no mesmo voo que eu, ainda bem porque se não o clima que já estava estranho ficaria pior.

 Na chegada da nossa cidade, o Esperança foi pra casa arrumar as malas e matar a saudade da mãe, e eu e a vovó deixamos essa coisa de desarrumar as malas de lado, e fomos no Café pra conversar, afinal, eu tinha muita coisa pra contar.     

                Quando chegamos no Café, sentamos em uma mesa e Medo veio atender a gente na maior gentileza como sempre. A vovó ainda estava se recuperando então não pediu nada para beber, mas eu pedi um suco de laranja como eu sempre peço.

- Então querida, como estão as coisas? - Disse vovó Fé.

- O que você acha vovó? Estão mais do que ótimas, quer dizer com alguns defeitos claro, mas está bom de mais, eu e Esperança estamos mais juntos do nunca.  

- É muito bom ver você dizer isso, eu vejo um brilho nos seus olhos que eu não via a muito tempo.

- É mas, esse brilho vai acabar logo logo, ele tá indo embora.

- Embora? Como assim tá indo embora?

- Ele vai fazer faculdade em outro lugar! Fora do Brasil. 

- OH! Meu bem, eu sinto muito, mas não quero que fique triste com isso, aproveita todo o tempo que tem com ele, esse menino é muito bom, ele vai voltar pra você num piscar de olhos você vai ver. Mas   temos uma coisa séria pra falar... O SEU ANIVERSÁRIO, o quer de presente?

- Mmm! vovó Fé, na verdade eu não quero nada,  não tem muito o que  comemorar no meu aniversário, o Esperança vai embora, eu e o Vergonha estamos estranhos, e a Culpa não vejo ela desde o verão.

- Olha a gente não comemorar aniversários pensando nas coisas que estão acontecendo e sim que você  faz  18 anos de vida.

- Ai! Eu não sei vovó...

- Nós vamos fazer uma coisa sim, simples mais vamos.

                 Meu aniversario? Sempre foi um data especial pra mim, mas agora não me sinto como antes, empolgada, alegre, eu não sei como eu pude falar que esta tudo mais do que ótimo, esta tudo quase péssimo.  Voltamos pra casa e o papai estava tomando remédios para dor de cabeça, ate que o telefone tocou e meu celular também, o papai atendeu o telefone e eu esperei pra ver o que era.

Between the walls of feelingsOnde histórias criam vida. Descubra agora