Between the walls of feelings

Capítulo 9

         Eu não estou acreditando que esse garoto é filho da Inveja, agora está explicado muita coisa.
- Ele é seu filho? - Perguntei com total surpresa.
- Sim! Eu não quis apresentar ele antes , porque ele estava um tempo com o pai dele.
- É um prazer te conhecer novamente - Disse ele dando um beijo em minha mão.
          O Felicidade me persegue até na minha casa, é inaceitável meu pai namorar com essa mulher é esse filho dela.
- Bom eu tô com muito sono então, eu vou dormir - Disse eu ainda assustado com o Felicidade na minha casa.
- Sonha comigo - Disse ele fazendo um pequeno sorriso.
          Eu fui dormir com total desgosto daquele menino, o chato era que ele estava me ajudando com a pintura, então eu meio que tinha que aturar ele. O dia amanheceu e eu levantei com um ótimo humor. Eu desci as escadas e um mulher desconhecida estava varrendo o chão da cozinha.
- Olá? Quem é você?
- Eu sou a nova empregada, seu pai me contratou. Muito prazer meu nome é Desespero - Disse muito simpática.
- Saudade - Disse eu me sentando na mesa - Então quer dizer que meu pai te contratou. Ele deve estar bem ocupado.
- Bom eu não sei, mais enfim, você tem alguma preferência de lugar pra eu limpar senhora.
- Não precisa me chamar de senhora e outra, pode fazer o seu serviço do jeito que você quiser. Bom eu já vou indo eu tenho faculdade agora.
- Ok senho... Saudade.
          Fico feliz que meu pai contratou um nova empregada, afinal as coisas estavam ficando bagunçadas, com meu pai trabalhando e eu na faculdade acabamos ficando sem tempo pra essas coisas de limpeza.
- Então seu pai contratou um nova empregada? Disse Culpa.
- Sim. Achei ela bem jovem pra essa profissão. Mais enfim. Estou estranhando o Esperança não me ligou até agora, ele sempre me da bom dia.
- Vai ver ele tá ocupado com alguma coisa. Bom amiga eu tenho aula agora, te vejo no almoço.
          Eu estava preocupada, por mais que o Esperança estivesse ocupado ele  sempre dá um jeito de falar comigo. Eu fui pra minha aula sem tentar me preocupar, estranho mais ainda por que o Felicidade não estava na aula, onde será que ela estava? Espera! Não me interessa nada que esse menino faz.
           Estava cada dia mais difícil conseguir fazer um prova de artes cênicas, eu realmente estava começando a ter dificuldades, então eu tinha que dar o meu melhor. Eu fui para a biblioteca e quando eu vejo o Felicidade estava lá, eu tentei passar reto pra não ter que falar com ele, mais é claro que ele não deixou.
- Eai meia irmã!
- Não me chama de irmã, nós não somos irmãos, nós não somos nada.
- Ei calma aí, só estava tentando brincar um pouco. O que faz aqui na biblioteca?
- O que VOCÊ faz aqui? Por que não foi pra aula?
- Aquela aula chata, ninguém merece, eu não preciso daquela aula.
- Então tá, tanto faz - Disse andando.
- Espera, por que você está na biblioteca na hora do seu intervalo?
- Eu preciso estudar, não estou entendendo nada da matéria.
- Bom se você quiser...
- Não! Não! Você só me ajuda na pintura e nada mais.
- Tem certeza?
          Não eu não tinha certeza. Mais eu não queria que de alguma forma ele virasse o meu amigo então eu tinha que dá o meu jeito, afinal eu sempre dou um jeito em tudo.
          Durante um bom tempo eu fiquei na biblioteca estudando. Tentando colocar na minha cabeça a matéria. Depois eu fui almoçar com a Culpa, e dei graças a Deus que as minha aulas do dia tinha acabado.
          Chegando em casa a Desespero estava lá, ainda limpando a casa o que me fez pensar que a casa realmente estava bagunçada.
- Oi Desespero, ainda está aí? Você quer uma ajuda?
- Não querida não precisa, eu já estou terminando.
- Não eu insisto em te ajudar.
          Ajudar a Desespero foi muito legal, eu fiquei passando pano no chão e acabei caindo e ela deu uma gargalhada que me encantou. Acabou que a limpeza foi muito divertida, ficamos conversando sobre viárias coisas, e eu jamais pensei que ela fosse tão legal.
- Desespero acho que eu preciso tomar um banho e você também, você já pode ir pra casa.
- Foi muito divertido senhorita Saudade, muito obrigado pelo dia. Até amanhã.
           Eu pude perceber que ela era um boa pessoa. Bom, o dia tinha acabado de ficar bem Alegre, eu não sabia onde estava o Esperança, e eu achei bom até pra darmos um tempo de nois dois. Eu estava no meu quarto lendo meu livro quando escuto o barulho da porta batendo.
          Quando eu vou abrir era a melhor surpresa do mundo.
- Vergonha? Você?
          Eu fiquei muito feliz de ver o Vergonha lá na minha frente. Ligamos para a Culpa e fomos dar um passeio os três juntos como os velhos tempos.
- Então você está fazendo pintura? - Disse Vergonha super surpreso.
- Sim é inacreditável! Eu sei mais eu tô fazendo isso por ela, Vergonha você tinha ver todos os quadros que minha mãe pintava, eu nunca soube disso.
- Eu pensava que sua vó tinha te contado - Disse Culpa.
- Bom minha vó morreu me deixando muitas dúvidas, mais enfim não vamos falar sobre isso. Eu tô tão feliz que você está aqui - Disse eu abraçando o Vergonha.
- Não precisa me esmagar Saudade. Pra falar verdade eu também estava morrendo de saudades de você, morrendo de saudades de vocês pra falar verdade, que falta que eu tinha quando éramos só nós três contra o mundo.
- Eu lembro nós éramos bem unidos - Disse Culpa dando um grande sorriso.
- E nós ainda somos, só que a vida está fazendo a gente esquecer disso é só não deixar que isso aconteça não é mesmo?
          Eu lembro até hoje como eu era excluída do mundo, pra mim a vida era somente nós três, e eu fico feliz de ter essa sensação novamente, eles são uma das pessoas mais importantes pra mim, são um das poucas pessoas que complementa o meu passado que que em boas partes foram boas.