Meu Melhor Amigo

Parte 6

Obs: Jheni na foto.

[...] E tenho medo que ela volte a fazer isso.

Jheni Narrando:

Não sei o que fazer.. e estou com medo de sair daqui, e Matt me machucar .
Vou ficar aqui.

[ Algumas horas depois.. ]

Sai do banheiro devagar, sem fazer barulho, para não acordar ele. Peguei meu celular, minha carteira, meus documentos, algumas roupas, e sai de casa. Não sabia pra onde eu iria. E não sabia o motivo de Matt ter ficado daquele jeito. Mas tive que fugir. Andei bastante, desesperada. Com medo. Confusa. Chateada. Olhei as horas no celular, eram 5:17 da manhã. Passei por uma rua deserta. Não passava nenhum carro. Até que vi uma pessoa vindo de longe. Enfrentei meu medo e continuei á andar. Era um jovem. Parecia inteligente, bom rapaz, tinha olhos claros, cabelos loiros.
Me encarou. E passou por mim.
Havia ficado mais aliviada, depois que passou por mim. Até que ouvi uma voz por trás de mim, que se aproximava cada vez mais.

- Posso te ajudar? Pra onde vai?

Eu não conseguia me mover, e permaneci calada.

Até que ele disse:
- Sou Richard Nonato. Tenho 21 anos, estou me formando em direito. E moro aqui no bairro. E quero dizer que não precisa ter medo de mim. Juro, que apenas quero te ajudar.

Olhei nos olhos dele. Aqueles olhos me levavam á loucura. Mas deixei meus pensamentos. E respondi:

- Sou Jhenifer. Tenho 16 anos. E no momento estou tentando pensar pra onde vou.

Ele logo disse:

- Fugiu de casa? Não acha que seus pais estão preocupados com você? Ou ainda nem sabem, mas ficarão? Sabe o perigo que você pode encontrar á essa hora? Ainda mais uma jovem linda como você? Não acha que foi falta de maturidade?

- Bom, primeiro, não moro com meus pais, me mudei pra cá com melhor amigo, Matt, para meus estudos. E moramos juntos em uma casa. E há pouco tempo atrás, tudo mudou entre agente, acho que estragamos nossa amizade, por sentimentos bobos.

- E por que fugiu?

- Estava com Matt, quando ele atendeu o celular, não sei o que houve, mas ela gritava, parecia estar preocupado, com raiva, desesperado ao mesmo tempo. Fui acalmá- lo e perguntar o que houve, e ele me jogou no chão. E então me tranquei no banheiro, e ele gritava para que eu abrisse, ele chorava ali do outro lado da porta pedindo desculpas. Até que vi que estava tudo em silêncio, depois de horas, e sem fazer barulho, peguei minhas coisas, e agora estou aqui conversando com você.

- Calma. Não vou te deixar continuar. Confiaria se eu te levasse pra casa dos meu pais, onde moro ?

- Não sei.

Ele se aproximou. E dei um passo pra trás, me distanciando, e olhei para baixo.

E ele disse:
- Vamos. Confie em mim. Não quero, e não vou te fazer mal nenhum.

E concordei. Ele pegou minha mochila que estava minhas coisas, e disse:
- Venha.

E o segui, até que ele parou em frente um carro, que meus olhos brilhavam, só de ver. Ele abriu a porta do carro e disse:

- Entre.

Entrei. Logo em seguinte ele entra, e permanecemos em silêncio. Minutos depois, ele quebra o silêncio, dizendo:
- O que você gosta de comer?

Respondi:
- Sei lá. Não tenho frescura.

- Se importa se eu mudar de idéia, e te levar pra outro lugar ?

- Que lugar?

- Confia em mim?

Pensei por segundos, antes de responder. Não sei por que mas confiava nele.
E respondi:

- Confio.

E ele deu um sorriso.

[...] Minutos depois. Chegamos numa lanchonete.

Ele abriu a porta do carro, pegou em minha mão e disse:
- Vem.

[...] CONTINUA.