1: Músicas

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Dulce estava no seu quarto, na casa de Dona Marichelo, mãe de sua melhor amiga, Anahi, a qual a ajudou muito quando precisava.

Ela havia sofrido um acidente na estrada da cidade do México junto com seu tio, Marty, que estava dirigindo muito rápido e tudo indicava um estado de embriaguez da parte dele, o que desgovernou o carro em uma curva, fazendo eles capotarem.
Ele morreu na hora, ela ficou dois dias inteiros desacordada, com algumas fraturas graves no cérebro, por sorte ela estava viva.

Anahi era enfermeira daquele hospital e guardou as coisas dela e do tio em um lugar de seu quarto.

O caso de Dulce era muito grave, vários médicos disseram que ela poderia não sobreviver as fraturas, mas ela passou por cima de tudo isso e uma das coisas que ela afirma ter ajudado foi Anahi, a amizade que as duas construirão no momento de recuperação da Dulce.

Dul não se lembrava como era sua vida antes do acidente, as fraturas no cérebro trouxe a ela um quadro de amnésia que, segundo o médico, poderia ser revertido se as pessoas com quem ela se relacionava antes do acidente ajudasse ela juntar o quebra cabeça que era sua sua vida antes.
Anahi, como ótima amiga que era descobriu que seu tio/tutor tinha uma filha: Lara.

As duas tentarão ligar para o número que descobriram, ser da tal Lara e ela não foi nem um pouco amigável:

-Alô?

-Por favor a Lara Saviñon? - disse Dulce olhando esperançosa para Anahi. O celular estava em alto-falante.

-É ela mesma.

-Ai que bom! Eu preciso da sua ajuda, aqui é a Dulce!

-Ajuda?! - ela parecia bem ofendida - Como assim ajuda?! Depois de tudo que você fez?! Meu pai morreu por sua culpa! - ela estava gritando e parecia que estava chorando também - o Christopher não quer olhar na minha cara pelo o que você fez! Eu te odeio, nunca que eu vou te ajudar! - ela desligou sem nem esperar a resposta.

Depois disso as duas acharam que não descobririam o passado da Dulce, até que a Anahi teve a ideia de irem para os antigos colégios da Dulce, mas ela não poderia sair do hospital sem ter um lugar pra ficar, porque se ela saísse não poderia voltar.

-Você pode ficar na minha casa, afinal, como você sabe, eu tô começando a abrir meu bar/restaurante e só questão de um mês pra mim pedir demissão desse hospital, você poderia me ajudar, eu estava precisando de alguém como entretenimento e pelo que eu percebi você canta muito bem e tem músicas próprias, como eu vi na sua pasta. Você vai ter salário, os seus direitos e ainda vai morar comigo, é o plano perfeito! - disse alegre.

-Tenho as músicas, sim - disse sorrindo - mas não lembro o que me inspirou, só sei que lembro da melodia e das letras e toda vez que canto uma delas sinto uma coisa especial - disse sorrindo, mas mudou de expressão ao ver que mudou de assunto - tem certeza que é uma boa ideia? O meu violão, quebrou todo no acidente.

-Te dou um de presente, vai ser um bom investimento para os negócios - disse sorrindo.

E assim foi, Dulce foi trabalhar com Anahi em seu bar/restaurante.

Depois de instalada na casa da Anahi tentarão reencontrar colegas de escola da Dulce, mas ninguém deixou elas entrarem pra conversar com o diretor, em nenhuma das duas escolas e aparentemente ninguém das duas turmas das que ela estudou tinha reprovado, todos tinham conseguido se formar.

Agora olhando suas músicas Dulce sorri curiosa querendo saber a história delas e o principal, o cara que fez brotar aqueles sentimentos nela.

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