Mais uma vez brincando sozinha

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- Amiga você tem que dá um jeito nessa situação. Acorda Val! – A Karina me dizia pela milésima vez que tinha que ter uma conversa com o meu namorado Edgar.

- Eu. Eu não sei como fazer isso, Ká. Toda vez que tento falar sobre isso termina em briga e passamos dias sem nos falar e fico morrendo por dentro.

- Val na boa. Eu acho que esse cara tá só empatando sua vida. São sete anos de namoro e o cara não se decide em nada. Fica só de peladinha e barzinho com os amigos e agora nem transar ele quer com você. Isso tem cheiro de mulher vadia. Se liga!

- Será?! Acho que não amiga. Ele não faria isso. É apenas uma fase. Eu também não sou mais a mesma de que a sete anos atrás.

- Você é que sabe. Mas fica esperta e conversa com ele. Fará bem para o namoro de vocês. Não rola ficar sem sexo. Tendo um homem daquele e ficar só na vontade. Vamos voltar para o trabalho que nossa hora de almoço já acabou.

A ká se referia ao corpo atlético do Edgar. Ele é dono de uma academia, muito bem frequentada por sinal, e tem um corpo todo esculpido no tesão. Não tem como não se sentir molhada com aqueles músculos.

Nos duas nos conhecemos na faculdade e trabalhamos no mesmo consultório dentário. Ela sempre foi uma amigona, tipo irmã mesmo. E é claro que ela quer o meu bem, mas será que aquilo que ela falou é verdade ou ela está exagerando.

A tarde passou rápido e ainda era quarta-feira não via a hora de chegar em casa e descansar. Mando uma mensagem para Edgar assim que chego em casa perguntando se hoje ele passaria aqui. Demorou quase uma hora e ele me respondeu me dizendo que não sabia. Ah se ele soubesse que isso me dá nos nervos.

Entro no banheiro e resolvi relaxar na minha banheira. Sim isso mesmo, banheira. Eu não sou rica, mas vivo bem confortável graças a uma herança deixada pela minha vozinha. Há dois anos minha avó que Deus a tenha, minha pequenininha, era assim que a chamava, veio a falecer e como fui a sua neta e passava a maioria do meu tempo livre em sua companhia, cuidando, conversando, dando atenção, carinho. Ela resolveu deixar um testamento me deixando esse apartamento e uma boa (excelente) quantia em dinheiro dos investimentos que fez durante boa parte de sua vida. Nos dávamos super bem. Gostava de mimada por ela. E a gente sempre concordava em tudo ela era senhora bem para frente. Desenrolada. Na realidade ela só não era a favor do meu namoro com Edgar e dizia que essa herança era para ser usada como minha libertação, ou seja, viajar conhecer outros caras. Ela sempre disse que ele não era homem para mim. Então, quando enfim recebi esses presentes me mudei para cá. Só não conseguia atender seu pedido de me separar do Edgar. Aliás, acho que nunca vou me separar dele e se eu tiver que aplacar meu desejo com meus amiguinhos de borracha assim o farei.

Fui até a gaveta especial do meu closet e peguei o meu "garoto" preferido, gel e um plug de bolinhas lilás que adoro e voltei à banheira. Hoje a festa vai começar cedo.


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