11 de Outubro de 2015
19h00
Ultimamente não tenho escrito muito, ou talvez dizer que não tenho escrito nada seja o mais correto. Estou a fazê-lo agora porque espero que, de alguma maneira, isto me ajude a sentir mais próxima de ti. Até agora nunca escrevi nada diretamente para ti, mas faço-o agora, um pouco com a esperança que um dia o possas ler. Já que não posso falar contigo, ao menos falo para ti. Tenho sentido tanto a tua falta, não imaginas. Talvez seja porque a última vez que te vi tenha sido já à algum tempo. Pensava que te tinha ultrapassado, mas creio que foi só um atenuar de saudades. Não posso falar sobre ti com ninguém. E também acredito que ninguém realmente queira ouvir. Preciso de ti aqui, sabes? Preciso do teu abraço, preciso do teu sorriso, preciso de ti. Tenho tantas coisas para te dizer, não fazes ideia. Acreditas que ainda tenho o texto que te mandei nos anos guardado nas notas do telemóvel? Lembras-te que o escrevi numa aula de filosofia? Posso dizer que foi a mais produtiva de todo o ano. Li-o no outro dia. Ainda hoje me amaldiçoo-o por ele ter ficado mal quando o copiei para o chat para te mandar. A Bella começou a chamar-me um nome qualquer que ela achava adorável e, para me vingar, comecei a chamar-lhe isso também. Sabia que o nome me era familiar, mas o meu subconsciente recusava-se a dizer-me de onde o conhecia. Fui pesquisar. Li as nossas conversas. Tu chamavas-me assim, eu não gostava nada. Hoje dava tudo para te ter aqui a chamar-me isso, irónico. Tive de parar. E ela também. Agora chama-me outro nome que é irritante, mas, mais uma vez, para ela é adorável.
Veio-me à cabeça esta ideia. Esta estúpida ideia de escrever uma história inspirada em nós. Mas não quero escrever o final, não quero escrever este final. Também não o posso mudar, porque deixaríamos de ser nós. Se o fizer eu digo-te. Mando-te partes. E espero que o leias.
Por falar nisso, já fizeste o que te pedi? Já leste as nossas mensagens? Quero acreditar que sim, mas no meu íntimo sei que não. Fá-lo, por favor, fá-lo.
Havia este trabalho de filosofia, dizer o que nos marcou este verão. Não era obrigatório, graças a Deus. Não conseguiria. Não conseguiria fazê-lo realmente, não conseguiria fazê-lo sobre qualquer outra coisa. Foram aqueles três dias. Foste tu. Tenho de te dizer isto, acreditas que lá na escola anda um rapaz que é tão parecido contigo? Mas ele usa óculos. Não o posso ver. Dói quando o vejo. Preferia ver-te a ti. Ia doer muito mais, mas preferia ver-te a ti, preferia ter-te por perto.
Tens de me dizer como estão as coisas por aí.
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Vida Passada (Harry Styles fanfic)
Romance"Não acreditas em mim quando digo que tenho saudades tuas? Não acreditas em mim quando te digo que sinto a tua falta? Não acreditas em mim quando digo que és tudo o que preciso?" "Não acreditas em mim quando digo que estou arrependido?" E eu acredi...