Passou a noite com Cesar que é carinhoso e atencioso com ela, sente-se encantado, pois ele nunca imaginaria que Beatriz fosse virgem e que se guardara até a idade dela e que o escolhera para ser seu primeiro homem. Ela realmente era uma mulher para casar. Dormiram abraçados. Beatriz relaxou pela primeira vez em muito tempo e sentiu-se segura nos braços dele.
Na manhã seguinte bem cedo eles se levantam e tomam seu café. Beatriz está acanhada e Cesar tenta animá-la comentando que ela está com uma cara melhor pois dormiu profundamente a noite toda. Ela sorri e o beija agradecendo sua paciência. Toma banho e ele a acompanha brincando e descontraindo-a. Ele se oferece para levá-la em casa.
Tomam um táxi e conversam amenidades. O dia está nublado e no carro uma cantora histriônica insistentemente canta ... " E agora choooraaa!". Eles riem da letra piegas da música enquanto chegam ao edifício onde ela mora.
Beatriz o convida para subir.
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Assim que abre a porta de seu apartamento ela estranha pois ele esta frio como se tivesse deixado ligado o ar-condicionado a noite toda. Olhou sua mobília e constatou que tudo estava no lugar. Cesar olhava desconfiado para ela sem entender nada. Entrou e sentiu o frio, um arrepio percorreu sua espinha e olhando-a de costas e admirando sua bunda grande sente novamente o desejo entrar em seu corpo. Uma ereção avoluma-se em sua calça jeans apertada.
Observa-a percorrendo o apartamento como se estivesse verificando se alguém tinha-o invadido. Caminha devagar atrás dela. Ao chegar em frente a uma porta que ele deduz ser o seu quarto observa Beatriz hesitar e a abre devagar. Ela range, suas dobradiças precisando de óleo. O frio no quarto era mais forte ainda que o do resto do apartamento, acha estranho, mas pensa que talvez ela tinha esquecido o ar-condicionado ligado no máximo.
Ele tocou gentilmente seu ombro e pergunta suave:
- Tudo bem Beatriz? Nossa aqui tá frio hein?
Beatriz esfregando os braços vai até a janela de esquadrias de alumínio e abre as cortinas escuras e pesadas deixando o sol que voltava a aparecer tímido entre as nuvens cor de chumbo entrar no ambiente para o esquentar. Cesar olhou ao redor e viu a cama desarrumada, os lençóis de cetim laranja caídos no chão, como se alguém tivesse dormido ali durante a noite, uma penteadeira com seus objetos de toalete e perfumes diversos, o guarda-roupa preto de seis portas no lado direito do quarto, dois quadros de paisagens e atrás da cama pendurado numa posição que permitia a visão de todo o quarto e especialmente de toda extensão da cama um espelho com cara de ser antigo, cheio de desenhos e com uma moldura dourada belíssima e novamente sentiu o desejo sendo inflado dentro de suas calças jeans.
Beatriz era uma pessoa metódica: organização e limpeza eram sua máxima, por isso não entendia como seu quarto estava naquele estado.
Se voltou e o olhou surpresa. A visão de um homem em seu quarto e excitado era algo que a um tempo atrás nunca teria passado pela sua mente e gostou do que viu. Sorriu para Cesar.
Ele aproximou-se e a beijou com desejo se esfregando em seu corpo, enlaçando-a em um abraço apertado. Beatriz correspondeu de forma inesperada e sensual. Seus olhos nublaram momentaneamente e ele se deitou na cama puxando-a para si. As roupas voaram rápido para o chão e ela o cavalgou com fome. Fechou os olhos e sentiu mãos fortes segurar-lhes o cabelo, ao mesmo tempo que sentia as mãos de Cesar em suas nádegas ditando o ritmo, ela suspirou e aceitou a "não-boca" do Homem Sem Rosto lhe sugando os lábios e a pele como um redemoinho. Espirais espocavam em seus olhos.
Beatriz sentiu o pênis grosso e grande Dele penetrar-lhe por trás grosseiramente e ela arquejou com a dor súbita, Cesar arremetia contra ela mais intensamente, Beatriz estava cega de desejo sendo dominada pelos dois homens, suas costas foram mordidas e sentiu quando ele tirou seu membro e a penetrou junto com Cesar. Seu orgasmo veio violento tanto quanto o de Cesar e Beatriz olhou nesse momento para o espelho e viu o Homem Sem Rosto em suas costas e gritou horrorizada.
Cesar estava de olhos fechados saboreando-a e tentou acalmá-la mas ela ficou histérica, esvaziou-se como um balão, seu tesão esvaindo-se como gás. Ele a sacudiu forte e deu-lhe dois tapas em seu rosto, Beatriz recuperou os sentidos aos poucos, ele a amparou e a levou ao banheiro, ao ligar a água quente se assustou com as marcas de arranhões e de mordidas nas costas de sua namorada e tentou entender o que tinha acontecido, pois não a machucara. Mudou a temperatura e a água fria caiu sobre a pele de Beatriz, que arrepiou-se de frio, vapor saia de seu corpo.
Depois de calma, Beatriz pediu desculpas e ele então lhe pergunta sobre os ferimentos nas suas costas, ela diz que não sabe, Cesar preocupado diz que não foi ele e que ela não tinha nenhuma marca na noite de ontem.
Eles voltam ao quarto e tomam um susto ao ver que o quarto esta na penumbra de novo, o frio é congelante, parece que entraram em um freezer, as cortinas pesadas cerradas e no centro dele um homem loiro, alto e corpulento, completamente nu com um pau grande e duro apontando para eles. Cesar solta uma exclamação de susto e empurra Beatriz para trás protegendo-a.
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Cesar aturdido com a presença daquele estranho ali, fecha seus punhos e põe-se em posição de defesa, se aproxima devagar falando:
_ Hei! Hei! amigo o que você está fazendo aqui? Como entrou na casa da Beatriz? Se não sair irei chamar a polícia, vista-se e vá embora!
Beatriz encolhida está em choque com a aparição que a seduz em seus sonhos ali em seu quarto.
- Cuidado Cesar, por favor!
O homem não reagia, só ficava parado inexpressivo com aquele pau enorme apontando para frente como uma arma branca. As sombras não davam para enxergar seu rosto. Cesar tateia e acende a luz de repente e o que viu foi demais para ele, desmaiou: O homem não tinha rosto!
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O espelho tem duas faces.
Historia CortaConto participante do #ConcursoWattpadTerrorBR Ao adquirir um espelho em um antiquário desconhecido, uma solteirona começa a se olhar nele de uma forma que não estava acostumada. Aos poucos ela troca de personalidade com seu reflexo, aprisionando n...