NASCIDOS PARA SOFRER (2016)

O MEDO

MÚSICA: - ED SHEERAN
Photograph.

" Mais uma vez, me tranquei em meu quarto e chorei. A saudade que ele me fazia, me consumia, fazendo com que eu me afundasse, fazendo com que, esquecesse completamente, da vida, do meu filho, do mundo que não parava, só por eu me sentir sozinha!

Tudo dele me fazia falta. Seus beijos, seus abraços, os sonhos, os planos que juntos fizemos. E aquele doce sorriso? Nem me fale.

Mais eu tinha que acorda daquela solidão, daquele poço onde eu me encontrava, estava decidida a sair, custe o que custar. Não por mim, mais por aquela vida, que me chama de mamãe à todo o tempo. Por ele, sou capaz de tudo, morrer e matar! "

Deixei nosso retrato no mesmo lugar de sempre. Levantei de minha cama, me arrumei, arrumei o Ulisses, dei - lhe seu café e o deixei - o na escolinha.
Corri direto para o trabalho, pois estava atrasadissima. Passei em uma padaria qualquer no caminho, e comprei um café.

Ando tão distraida, pensando nas contas, nos problemas, que precisavam de solução, rapidamente.
Quando dei de cara com um idiota qualquer. Me fazendo sair do serio, xinguei ele tudo, até mostrei o dedo. E aquele ogro, me agarrou..

- Preste atenção aqui garota, você não me conhece, não sabe nada sobre mim. Então guarde seu palpito e seu mau humor para você. E se não percebeu ainda, a única imbecil aqui é você, sua Barraqueira. mau humorada! Falou ele, me deixando assustada e sem reação alguma.

- Mais quem é esse filho de papai, para achar o que penso ou deixo de pensar. Eu, mau educada? Coitado, sabe de nada. Se soubesse o que passo. Sentiria pena e não ódio. Imbecil é ele, que acha que o mundo gira em sua volta. Trouxa mesmo. - Pensei.

Sai dali batendo o pé no chão, de tão brava que eu estava.
Cheguei na casa do senhor Gonçalves, e fui fazer meu serviço.
Já se passavam, mais das quatro horas. Eu ainda , tinha que pegar Ulisses, na escolinha.

Fui passeando pelos bosques de NY, e a cada vista linda, ele vinha em meus pensamentos. Não pude conter minhas lágrimas, a lembrança de nosso casamento veio e apesar de anos, ainda doía, ter perdido ele. Até hoje, não sei dizer o que eu fiz.

Em um belo dia, ele chegou me pedindo um tempo. Cheguei a pensar que havia outra, mais ele garantiu que não. Tentei saber, lutei com todas as minhas forças, para te - lo de volta, para ter comigo aquele sotaque de novo, alegrando minhas manhãs ao acordar e ao dormir. Murilo, sempre será de mim, a minha melhor parte, ( A Felicidade).

Mas assim, como os livros que ele escreve, tudo tem um fim e o meu e o dele chegou!
Fiz tudo que estava ao meu alcance, poderia ter feito muito mais. Mas, ele não quis, e eu não irei me humilhar. Só o fato de ter uma parte dele comigo, já fico feliz e amada! Ulisses é como o pai, sem tirar e sem por, exatamente iguais. Só espero que nunca, o meu pequeno homem me abandone!

Me levantei, daquele banco e fui buscar o amor de minha vida!

- Olá, meu garotão! Como foi seu dia? - Perguntei a Ulisses.

- Foi bom mamãe. Só um pouco, de saudades do papai. - Aquelas palavras destruíram meu coração. Dei - lhe , um abraço, forte!

- Eu te amo meu amor. E tudo ficara bem, eu prometo! - Falei com os olhos cheio de água.

- Mamãe, eu te amo. Não chora! - E mais um vez, aquelas mãozinhas, enxugaram minhas lágrimas.
Ele é o único, motivo por eu ainda, seguir enfrente.

Peguei em suas mãos e fomos, para nossa casa!
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