Clara Capaldi
- Eu preciso da sua ajuda, Einstein. - disse quando desfizemos o abraço.
- Certo. Eu te devo isso, também, né?
- Pois é. Que fofinho, você sabe que me deve.
Ele se gabou com uma expressão orgulhosa.
- Então. Eu preciso achar minhas amigas, mas a prioridade vai para uma delas. A Sophie tem coulrofobia, medo de palhaços. E eu sei que o que mais têm aqui são palhaços; não quero que ela esteja dentre essas pessoas passando mal.
- Que fofinha, você se importa com suas amigas.
Imitei sua expressão anterior e continuei:
- Essa é a Soph. - mostrei uma foto de uns 20 minutos antes, quando chegamos ao parque.
- Certo.
- Mas se acharmos qualquer uma das meninas tá ótimo.
- Você tem sorte, Beyoncé. Tanta gente pra jogar cerveja em você, e logo eu, que trabalho aqui.
- Então quer dizer que você jogou a cerveja, Einstein? - o encarei debochada.
- Quem sabe... - sorriu com malícia - Não, foi sem querer mesmo. - riu.
- Vamos logo. - ri enquanto saia do banheiro, acompanhada por ele.
Estava um caos. Um completo caos. E eu adorava aquilo. Sorri vendo tudo aquilo e ele me encarou rindo:
- Você é dessas, não é? Dessas que quer sentir a adrenalina. - apenas sorri para ele - Vamos, a gente tem que sair daqui primeiro e procurá-la na ala literária. Ela provavelmente se perdeu por lá.
- Por que acha isso?
- Porque eu sabia onde vocês estavam. Então, pois é, a ala literária é a mais próxima.
- Então por que eu vim parar aqui?
- Porque você... - ele ficou pensando em uma resposta plausível e eu já estava preparando minha frase vitoriosa - porque você é especial.
O encarei com o sorriso mais debochado possível e as sobrancelhas arqueadas.
- Cala a boca! - ele ficou sem graça quando percebeu o que disse. - Vamos logo. - pegou a minha mão e foi me arrastando para o meio da mata que havia no parque. Acho que ele iria pegar um atalho entre as alas.
- Se queria pegar minha mão, era só pedir, Einstein. Não precisava dizer que eu sou especial. Prefiro pular essa parte.
- Por que você não pode ser igual às garotas normais que se derretem quando um cara diz que elas são especiais? Mas nããããããão, tem mais é que fazer piadinha mesmo. Parece até que eu sou a mulher da relação. - eu queria muito rir dele.
- Então quer dizer que nós temos uma relação e eu nem sabia? - provoquei.
- Viu só!? Seja normal, Beyoncé. A propósito, qual é o seu nome?
- Prefiro manter em segredo. Vai que você é um daqueles psicopatas que matam as garotas e tatuam os nomes delas. - parei um momento para refletir o que havia acabado de dizer - Ah não, esse é aquele criminoso dos quadrinhos.
- E ele não tatua o nome de garotas. Ele tatua o nome de suas vítimas em geral. E o nome dele é Pistoleiro.
Rolei os olhos.
- Você sempre foi assim? Nerd? Desses que sabe tudo sobre tudo?
Parou de andar para me encarar e dizer:
- Eu achei que você fosse a Beyoncé.
Eu ri de sua expressão e esperei que ele continuasse.
- E, não, eu nem sempre fui assim. Quer dizer, eu sei um pouco de tudo. Não tudo sobre tudo. Mas eu definitivamente - enfatizou - não sei nada sobre celebridades.
Eu iria fazer alguma piada idiota, mas ele tapou minha boca e apontou para frente da árvore onde estávamos agora escondidos.
Havia um monstro ali. Um específico monstro. Era o Drácula! Olhando ao redor, além das pessoas correndo, pude ver vários outros monstros. Medusa, A Coisa, Shoggoth, Kraken. E via também o monstro que mais me arrepiava na infância. O Jaguadarte.
É, aquela deveria ser a ala literária.
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Love Me For Tonight
RomancePLÁGIO É CRIME. Violar direito autoral dá pena de detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa. art. 3º da Lei nº. 9.610/98 Autora: Gabrielly Barros Beta: Isabella Rangel Data de Estréia: 15 de Novembro Conto 3 do Projeto San Diego Six Flags. Para...