"Não quero que o acaso venha nos proteger mas que o destino cumpra o seu dever"
(...)
A lua cheia refletida no mar, junto com as estrelas, deixaram o momento mais especial. Algumas pessoas que não consegui identificar devido a escuridão estavam me cercando em um circulo. Elas se aproximavam de mim, me deixando sem ar e apavorada por não conseguir ver seus rostos. O desespero tomou conta de mim, mas uma voz tomou todo o meu corpo. Uma vibração maravilhosa e gostosa. Fechei meus olhos para senti-la, e ao abri-los outra vez, eu estava flutuando em meio ao céu. Em cima das nuvens...
Acordei com meu coração acelerado, não sei pelo quê. Me sentei na cama procurando água para beber, mas a garrafa não estava na cômoda ao lado. Flashes do acontecido ontem a noite me assombraram, e a dúvida percorreu minha espinha.
Como eu cheguei em casa?
Lembro de um par de olhos azuis se aproximando de mim, e logo desmaiei sentindo braços fortes me segurarem em um encaixe certo. O que mais me intriga, é não saber quem é, mas são os mesmos olhos azuis que vi das ultimas vezes.
Porque esse homem se esconde de mim assim? Todas as vezes ele me salva de alguma coisa. Quer dizer que ando seguida para todos os lados? Um pouco de medo e angústia subiu dos pés a cabeça. Como pode um cara ficar me seguindo, me salvando e eu nunca consegui ve-lo?
Peguei minha bolsa e verifiquei se meu dinheiro estava todo lá.
Estava, o que deixa bem claro que não fui assaltada e que alguém definitivamente me salvou e me trouxe para casa.Isso está ficando muito estranho.
Olhei no relógio sem me preocupar com a hora. Hoje é sábado e não trabalho, posso ficar o dia inteiro descansando. Fiquei tensa por um segundo ao pensar sobre o que teria acontecido se ele não tivesse chegado lá... Homem mistérioso. Vou chamar ele ou o que quer que for desse nome.
Desci procurando minha prima, mas ela não estava em casa. Só depois que fui reparar nas minhas roupas. Eu estou de pijama! Mas o que foi aconteceu ontem? E porque eu só me lembro daqueles olhos marcantes?
Olha, é muito chato e agoniante ficar falando sozinha e não ter nenhuma resposta. Se eu ficar mais um minuto sem falar com ninguém, vou acabar pirando de vez.
Coloquei um tênis para caminhada e um short de malha. Dei uma geral em meu rosto e saí de casa para espairecer, colocar as ideias em dia e fazer atividade física que eu preciso muito disso.
Andei pela calçada por algum tempo sentindo o sol da manhã invadir meu corpo em uma sensação gostosa. Sempre me faz bem dar uma saidinha pela manhã. Depois de uma pequena caminhada, o dia fica mais empolgante e não me sinto cansada para aproveitar o dia.
Sem prestar atenção, esbarrei em um homem que caminhava na direção oposta que a minha.
- Me desculpe! - Falei pegando alguns papeis que cairam de sua mão. Ele abaixou ao mesmo tempo que eu, e nossas mãos se tocaram por um instante. Senti uma sensação gélida partir de minha mão para todo o meu corpo, trazendo uma espécie de insegurança.
- Desculpe a mim. Não vi você. - Tinha a voz rouca e grave, bem sedutora. Olhei em seus olhos negros e me afundei neles. Seu rosto é marcante, daqueles que você lembraria em qualquer outro lugar.
- Sem problema! - Falei tentando desviar o olhar. Juntei alguns papéis e ele outros, o enteguei.
- Sou Bruno - Falou e sorriu. Me perdi em seu sorriso cativante.
- Mariana, prazer. - O cumprimentei e meio sem jeito, continuei minha caminhada pela calçada da rua. Sem conseguir me segurar, olhei para trás e me surpreendi ao ve-lo parado olhando para mim como se só eu existisse andando pela rua.
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Gabriel, A Rebelião Livro 01 - Concluído
FantasíaO primeiro sorriso O primeiro beijo A primeira lágrima Entre essas três pequenas frases, se formam o começo, meio e fim de uma história de amor turbulenta que ultrapassa todos os limites. Mesmo sabendo os riscos a correr, um nunca desistiu do outro...