"Nossas vidas são definidas por momentos. Principalmente aqueles que nos pegam de surpresa."
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Eu flutuava em meio as nuvens. Olhei de um lado para o outro e me vi sozinha, apenas me perguntando como fui parar aqui outra vez, como se fosse a continuação do outro sonho. Senti uma presença atrás de mim e quis me virar, mas não consegui me mexer.- Não tente. - Alguém falou. Essa voz, eu conheço de algum lugar.
- O que está acontecendo? Isso é um sonho não é?
- Sim, é um sonho.
- E porque não me deixa te ver? -Perguntei em outra tentativa falha de me virar.
- Porque não posso deixar. - Ele falou e senti sua respiração em minha nuca - É perigoso.
- É você que me salva todas as vezes?
- Sim, sou eu.
- Então você me persegue?
- Mais ou menos... - Falou e o sonho foi mudando. A paisagem em minha frente desaparecia e voltava, como se eu tivesse acordando, mas eu não quero acordar.
- Por favor, me diga quem é você!
- Eu só posso dizer que sou alguém que te proteje de todo mal.
- Eu quero te ver... - Falei e abaixei o olhar. Não estava mais flutuando, e tudo ao meu redor tinha a cor branca.
Olhei para trás quando percebi que conseguia me mexer, mas ele não estava aqui. Tinha ido embora, mais uma vez.♤
Abri os meus olhos e me levantei de vez da cama. Esses sonhos estranhos acabam comigo. É como se vivesse a realidade, e foi praticamente a continuação do sonho que tive ontem a noite, só que dessa vez, eu falei com o homem desconhecido. Ou não. Não sei. Quem sabe?
Me sentei em frente ao espelho procurando algum hematoma no meu pescoço. Acho que foi apenas uma irritação contra alguma coisa. Deve ser alegria a roupa que usava.
Me assustei ao ver, pelo espelho, um vulto passando por mim. Me virei na mesma hora e um homem estava parado ao lado de minha porta. É o homem que eu esbarrei na minha caminhada ontem pela manhã. Mas o que ele está fazendo aqui? Como sabe onde moro?
- Olá - Ele falou com um sorriso de canto e colocou as mãos dentro do bolso da calça - Sou amigo de Olivia. Ela me chamou para sair e quis conhecer a casa. - Andou pelo quarto olhando os objetos ao redor. Nao é tão normal um estranho ficar mexendo em minhas coisas. - Foi uma grande coincidência nos encontrarmos outra vez.
- Sim, uma grande coincidência. Vocês não iam sair? - Tentei corta-lo para sair de meu quarto.
- Olivia me pediu pra te chamar. Nós vamos ao cinema e ela não quer te deixar aqui sozinha.
- Podem ir. Eu não vou, tenho muita coisa pra fazer - Menti. Não tenho nada pra fazer em dia de domingo.
- Que pena, sua companhia iria ser tão agradável... - Ele disse decepcionado.
Sorri sem graça esperando-o sair de meu quarto.
- Bom, até mais. - Ele chegou mais perto de mim com intenção de um abraço, mas me afastei. - Entendi. Invadi seu quarto e você me acha um pervertido não é?
- Não, eu...
- Vocês vem ou não? - Olivia entrou no quarto.
- Eu não vou, tenho muita coisa pra fazer Livi..
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Gabriel, A Rebelião Livro 01 - Concluído
FantasyO primeiro sorriso O primeiro beijo A primeira lágrima Entre essas três pequenas frases, se formam o começo, meio e fim de uma história de amor turbulenta que ultrapassa todos os limites. Mesmo sabendo os riscos a correr, um nunca desistiu do outro...