"Porque não existe amizade sem amor, e nem amor sem amizade"

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MIA'S POV ON.

Finalmente, a campa tocou.
Peguei meus livros e sai da sala, Pedro veio me seguindo. Ele era bem legal, engraçado e simpático. Já que era o meu primeiro dia, não conhecia ninguém e ele logo se apresentou, acho q era do tipo palhaço da turma, no lanche me apresentou à Renata e à Natália. Elas eram super engraçadas e aparentavam ser melhores amigas, me contaram o que eu precisava saber do que acontecia no colégio, quem namorava, a famosa vadia, o galinha...
— Você já tem carona para casa?— ele perguntou.
— Ta aí essa pergunta, não sei responder— falei rindo.
— Quer que eu te leve?— levantou uma das sobrancelhas.
— Como assim? A gente se conheceu hoje, já ta me oferecendo carona. Como sei que você não é um psicopata?
— Ah qual é Mia, é só uma carona— sorriu.
— E como é que você tem carro?
— Quem falou em carro? Tenho somente meu amor— falou apontando para a moto.—  E se quer saber meus pais assinaram um terno de responsabilidade.
— Queria ter um carro— lamentei— bateu recalque forte agora.
— Percebi.
— Talvez amanhã Pedro.
— okay então— levantou os braços derrotado.
Peguei o celular liguei para a Lis.

— Oi, mia.
— Oi, tem como você vir me pegar?
— Ih, tenho aula daqui a 5 minutos, to no intervalo. Mas liga pro Ed!
— okay então— falei, dando um sorriso, gostei dessa ideia...

(...)

— Oi Ed— falei, abrindo a porta— Obrigada mesmo por vir me buscar.
— De nada— abriu um sorriso de lado— E aí? Como foi o primeiro dia?
— Ah, foi super tranquilo— disse, retribuindo o sorriso, já falei que era impossível não retribuir?— O pessoal daqui é muito gente boa.
— Verdade...
Nessa hora, peguei meu cabelo e prendi em um coque frouxo. Percebi que Ed desviou sua atenção para o meu pescoço, e depois lentamente para o meu rosto. Meu rosto ficou meio corado com aquela repentina atenção (afinal o garoto me conhecia há o que? Dois dias?), mas resolvi fingir que não percebi.
— Então— disse e interrompi o clima de silêncio— Seu nome é mesmo Ed?
— Na verdade, é Eduardo—continuou— mas, me chamam assim desde que nasci.
— Ah sim.
— Você já tem ideia do que vai fazer?
— Na verdade não— falei sorrindo—mas sempre me sei bem com números, e considerando que toda a minha família segue essa linha de engenharia, então provavelmente... É serei engenheira.
— Mas é isso que você quer?
— Pois é — falei— não sei. Só não quero ter que criar estresse com a minha família por isso...
— Nossa, acho que todos tem esse problema de pressão familiar.
— É, faz parte.
O resto do caminho falamos sobre coisas aleatórias e fomos nos conhecendo um pouco mais.

(...)

Quando chegamos em casa, encontramos Leo e Rach comendo um bolo de chocolate que parecia estar realmente delicioso. Mas havia algo errado, tinha uma tensão estranha no ar.
— Oi, pessoal— falei.
Leo se levantou e foi até a pia. Ed passou o dedo na calda que estava escorrendo do bolo de chocolate e lambeu.
— Ed!— Rach exasperou— Não faz isso!
— Calma, só peguei um pouquinho.— Ed falou meio surpreso com a reação de Rach.
—Eita, relaxa amiga— disse.
— Ai gente, desculpa. Estou um pouco estressada só isso.— continuou— acho que vou dormir um pouco.
— É acho que vou indo também então— Leo disse.
E antes que qualquer um pudesse falar alguma coisa, os dois saíram da sala. Sem aquele ar risonho que só os dois têm, sem aquele sorriso que garante que se verão mais tarde. Sem nem um "até mais". Simplesmente foram embora.

(...)

Ed ficou no apartamento, mesmo quando Léo voltou para o deles. Passamos a tarde toda vendo meus filmes favoritos e o "aculturando", ainda não acredito que ele nunca viu Velozes e Furiosos. Toda vez que o Paul Walker aparecia ele me perguntava: "Não foi ele que morreu num acidente de carro há um tempo atrás?", me dando vontade de estapeá-lo.
Depois de um tempo, Léo voltou ao nosso apartamento, segundo ele, "para pegar mais bolo"; mas quando fez isso, olhou para o corredor... Para mim... Para o Ed... E depois voltou para o seu apartamento. Depois disso tive a completa certeza que tem alguma coisa errada e a sensação que ele queria falar com a Rachel.
Já não aguentava mais esse clima no apartamento, então fui tirar satisfações com a Rach. Afinal não podia chegar na porta do Léo e dizer "Ei, eu notei que tem alguma coisa errada entre você e a Rach, quer me falar?" Sendo que eu tenho plena certeza que eu seria a ultima pessoa do mundo que ele iria procurar de abrir.
—Ed, continua vendo o filme, que eu vou lá no quarto da Rach. Okay?
—Aham...—Ele me responde, sem tirar os olhos do filme. Aposto que ele nem sabe o que eu disse.
Vou até o quarto da Rach, e ponho a orelha na porta para tentar ouvir algo, o quarto, porém, estava muito silencioso. Pelo menos não estava chorando, já era um bom sinal, já a encontrei várias vezes chorando no quarto quando morávamos no Rio.
Bati na porta e ouvi um grito abafado pela porta:
—LEO, SE FOR VOCÊ, PODE IR EMBORA.
Abri a porta e disse:
—Não é o Léo. Mas vim conversar sobre ele...

MIA'S POV OFF.

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⏰ Última atualização: Jan 19, 2016 ⏰

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