Capitulo 08

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     - Você reconhece essa mulher?

- AH MEU DEUS! AH MEU DEUS!! Bruno.... é ela!! Você me trousse ela!. ANA! não posso acreditar é a Ana.


Só podia ser mentira!! não me segurei e chorei como uma criança... Ana minha grande amiga estava parada a minha frente, éramos separadas apenas por uma janela de vidro... Como poderia ser real... mais de um ano havia se passado e pensei tê-la perdido para sempre. 

 Tentei entrar rapidamente para abraça-la mas fui interrompida. 


- Fernanda espere! você não pode entrar ali.

- Me deixa entrar Bruno! é ela, é a Ana... preciso abraçá-la.

- Se acalma, me espera na sala ao lado irei leva-la ate você... Ana é uma prisioneira não pode ter prioridades.

- Prisioneira? Bruno preciso falar com ela. 

- Me espere e levarei sua amiga ate você.. eu prometo. 



 Fiz o que Bruno pediu, e esperei na sala ao lado, não estava acreditando que era real... Ana depois de tanto tempo tentando ignorar que o pior poderia ter acontecido... minha única amiga estava a uma parede de distancia.. precisava abraçá-la o mais rápido possível... 

    Após alguns minutos esperando... Bruno trouxe Ana ate mim... quando nossos olhares se encontraram, nos abraçamos imediatamente com um grande abraço apertado.


- MEU DEUS! OH MEU DEUS!....É você.... É VOCE Ana... sim é você mesma... é real. 

- Sim!! sou eu Fernanda... sou eu!!


 Não conseguíamos parar de nos abraçarmos e chorávamos de muita felicidade. 


- Não quero te soltar nunca mais. 

- Não vou te soltar... você está perfeita!... uma mulher! uma grande mulher... está viva, Pedi tanto para que estivesse viva. não parei de pensar em você e na bebê um segundo se quer. 

- Eu te procurei,  procurei tanto... ate o meu ultimo suspiro, quando já não aguentava mais e então não consegui... me desculpa não consegui te encontrar...

- Não chore! não diga isso, sei que fez o possível... mas fui eu quem prometeu cuidar de vocês... não consegui cumprir a minha promessa... então peço desculpa por te deixando vocês duas sozinhas. 

- Você sempre deu o melhor de si pra gente, e prometo que nunca mais vou perder você de vista... minha irmã. 

- Prometo não sair mais de perto assim que cumprir os meus dias aqui. 

- Mas o que aconteceu? por que está nessa prisão? por que te prenderam Ana?

- Eu fiz uma coisa errada... me desesperei quando percebi que estávamos na rua... eu já estava acostumada a viver assim... e você estava se acostumando também... mas uma criança? como poderia pedir a uma criança pra entender que um dia ela terá restos de restaurantes para se alimentar e no outro nem isso... não dava, tinha que fazer alguma coisa... por não ter identidade eu não conseguia nenhum emprego, os únicos que me arrumavam algo sempre queriam alguma coisa em troca... então me vi entre duas escolhas... roubar para sobreviver... ou vender o meu corpo para ter o que comer... bom não sei bem se foi a escolha certa. 

A Garota Solitaria  ( EM REFORMA)Onde histórias criam vida. Descubra agora