Capítulo 48- Já sei de Tudo.

159 9 0
                                    

A igreja estava cheia. Havia pessoas que eu nunca tinha visto antes. A família do Bruno era enorme.

Eu estava confusa, não sabia o que estava fazendo. Eu falava comigo mesma, pra voltar pra trás, mas minhas pernas não voltavam.

A cada passo que eu dava, uma lágrima caia.

Eu dizia baixo para o Carlos:

- Eu não posso, não posso me casar.
- Calma querida, vai ficar tudo bem, é normal ficar nervosa. Mas já vai passar. Se acalme.
- Não, eu... Não posso.

Eu olhava para os lados, via todos me olhando, felizes.

Até que avistei o Felipe. Ele estava na primeira fileira.

Eu olhei para ele, me olhou de volta. E sorriu para mim.

Até que ele percebeu que eu não estava bem, ele então fez uma cara preocupada.

Eu não sabia porque eu ainda estava andando em direção do altar.

Olhei para a frente, e lá estava ele. O Bruno, com um sorriso falso no rosto.

Ele realmente parecia está feliz.

Esse canalha, me enganou direitinho.

Ele fez eu acreditar que me amava. Quando na verdade, só estava me usando.

Tive vontade de matar ele.

Olhei para ao lado dele, e lá estava ela. A Ana.

Eu passei a odiar os dois, imediatamente. Eu tinha nojo da cara deles. Minha vontade de mata los era enorme.

Quando percebi eu já estava frente a frente com o Bruno.

O Carlos me entregou para ele.

Ele me olhou, e teve a coragem de dizer:

- Você está a noiva mais linda do mundo meu amor.

Eu não disse nada, apenas olhei para ele com uma cara de nojo.

Ele não percebeu. Não percebeu a raiva que estava dentro de mim.

O padre começou a falar, e eu ficava sem entender o porque eu estava ali, parada como se eu fosse me casar com ele.

Eu não podia me casar com o homem, que diz que ama, para duas mulheres.

O padre falava e falava, e eu só olhava para a Ana e o Bruno, e a cena me vinha á cabeça, e eu me lembrava deles se beijando.

O Bruno olhou para mim, e disse:
- Não precisa ficar nervosa. Vai dar tudo certo meu amor.

Novamente não respondi.

Chegou o momento.

O padre fez a pergunta. Ao Bruno.

- Bruno Ferreira de Alcântara, você aceita Fernanda Lima, como sua legítima esposa, para ama-lá e respeita-lá, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separe?.

Ele me olhou e disse:

- Sim eu aceito.

O padre perguntou novamente para mim:

- Fernanda Lima você aceita Bruno Ferreira de Alcântara como seu legítimo esposo, para ama lo e respeita lo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separe?.

Eu gelei totalmente. Meu coração acelerou.

Eu olhava para os lados, eu olhava para o Felipe, olhava para meu irmão, para a Ana e o Bruno e todas as pessoas que estavam ao nosso redor.

E novamente vinha a cena deles se beijando. Eles dizendo que se amam.

Eu estava parecendo uma pessoa perturbada.

O Bruno me olhou sem intender o porque eu demorava tanto pra responder.

O Felipe também me encarava, com cara de preocupação e confuso.

Bruno então disse:

- Vamos amor, responda, você aceita se casar comigo?

Olhei para ele. E disse:

- Não!. Eu não aceito me casar com você Bruno.

Nossa! Todos na igreja se espantaram.

Ninguém imaginava que essa seria a minha resposta.

Todos começaram a falar baixinho. E o Bruno me olhou com a cara de quem não estava entendendo nada.

O Felipe então? Mais confuso não poderia está.

Eu me virei pra sair, começei a andar, e parei em frente, ao João, que estava com a Maria. Eu disse:

- Cuida da minha filha por mim. Eu preciso sair daqui por favor.
- O que? Fernanda o que está acontecendo?
- Eu não posso falar agora, eu preciso sair daqui, eu não posso me casar com esse canalha.

Eu já ia saindo quando Bruno segurou meu braço na frente de todos e disse:

- Ei espera, onde você vai? Como assim não? Fernanda o que está acontecendo eu não entendo.
- ME SOLTA. EU ODEIO VOCÊ.-começei avançar para cima dele até ele cair. O João me segurou, e o Felipe apareceu ajudando o Bruno a se levantar do chão.
- Para Fernanda se acalma!.-disse o João.
- EU TE ODEIO,EU QUERO QUE VOCÊ MORRA.
- O que eu te fiz? Porque está falando assim amor?
- NUNCA MAIS ME CHAME DE AMOR, EU ODEIO VOCÊ.
- Fernanda o que é isso?-disse a Ana, aparecendo na frente. não pensei duas vezes dei lhe um tapa na cara dela.
- Você não vale nada. Eu odeio você Ana, você se fez de minha amiga, mas na primeira oportunidade me apunhalou pelas costas, Eu já sei de tudo .
- Eu não sei do que você está falando Fernanda.-falou com a mão no rosto.
- Ah não sabe? Tudo bem, eu refresco sua memória. Me solta João.-ele me soltou. Falei alto para todos escutarem. ESSES DOIS AQUI, MINHA MELHOR E ÚNICA AMIGA. E MEU EX NOIVO. SÃO AMANTES. ELES ME TRAIAM PELAS COSTAS. EU CONFIEI NELES, EU DEI O MEU AMOR PRA ELES, E O QUE EU RECEBO EM TROCA? ISSO MESMO UMA TRAIÇÃO. Eu não vou me casar com você Bruno. Nem hoje e nem nunca.

Todos ficaram espantandos. Não estavam acreditando no que haviam acabado de ouvir.

Ana ficou com a cara no chão.

- Fernanda eu posso explicar, não é nada disso que está pensando.
- O que? Não é o que eu estou pensando? Eu confiei em você Ana. Eu sempre tive você como uma irmã, e você estragou tudo. Engraçado né... Eu fiquei como errada quando desconfiei de vocês. Eu estava agindo como uma louca. Eu fui à errada... Mas agora... Agora vejo que eu tinha razão o tempo todo. Eu tinha razão. Como você pode Ana?.-já disse chorando. Como pode me trair assim? Você prometeu cuidar de mim, você me prometeu que seria minha irmã mais velha. Eu pensei que fossemos amigas.-ela me interrompeu.
- Mas nós somos, somos amigas Fernanda. Somos muito mais que isso. Por favor me deixa te explicar. É tudo um mal entendido. Me deixa te contar como tudo realmente aconteceu, e você verá que não é assim como está pensando. Me deixa explicar.
- Explicar o que? Eu vi tudo Ana, eu vi você e o Bruno se beijando, a poucos minutos antes do casamento. Eu vi Ana... Não tem explicação para isso.
- Fernanda nós escuta por favor, eu te amo.-disse o Bruno. Também não pensei duas vezes dei lhe um tapa na cara.
- Não repita nunca mais que me ama. Eu odeio vocês. Todos os dois. Vocês sê merecem. Não precisa ficar com a garota solitária Bruno, não precisa mais ter pena de mim. A Ana é toda sua, aproveita.

Eu me virei para sair, Mas Bruno segurou em meu braço novamente.

Felipe então o puxou e deu lhe um soco na cara, jogando o no chão e disse:

- Você é um completo idiota.

Eu sai correndo pela igreja, em direção a saída. Felipe veio atrás me gritando:

- Espera Fernanda, Espera você está muito nervosa.... Fernanda Cuidado com o carro..... FERNANDAAAAA!!!.

BUUUM!.

A Garota Solitaria  ( EM REFORMA)Onde histórias criam vida. Descubra agora