Who said we have to match? ||| Stony ☆

Capítulo 5

Convenci Stark a ir cedo para a sede antes que Fury mandasse alguém vir nos buscar. Fomos num dos carros caríssimos dele até lá e Tony insistiu que ele dirigiria, o que me deixou um pouco incomodado pois ele ainda não tinha se recuperado da ressaca e sua cara não estava muito boa. Por um momento percebi que ele estava mais para triste do que para raivoso.

- Eu não tenho tempo para treinar. Eu até passo um pouco do meu tempo lutando boxe, mas eu simplesmente não quero treinar agora. - Tony falou.

-Devia ter pensado nisso antes de...

- Antes de sair e me divertir? - Tony me interrompeu -Eu não sou obrigado a ficar parado, pegando no pesado com aquela "equipe". - ele fez aspas com a mão, lancei para ele um nolhar de reprovação - Qual é! Eu só tomei uns drinks a mais e deu no que deu. E você também está nessa, amigo. Você estava lá e só eu que pago o pato?! Fury sabia que eu não sou desses caras que pega no batente...

Ri involuntariamente quando vi a indignação do Tony. Nesse aspecto, de que ele leva a culpa quando não está só, ele é bem infantil. Tony ligou a ignição do carro e disparou. Atravessamos o portão do estacionamento do prédio e, em segundos, estávamos na grande avenida movimentada de Manhattan, diante do edifício do Tony. Tony nem se quer notava quando ultrapassávamos um sinal vermelho aqui e acolá.

- Sabe o que é estranho? Ele querer mandar em mim. Ninguém manda e mim, ora! - Stark falou depois de um tempo enquanto um táxi parou bruscamente diante de nós.

- Você está parecendo uma criança, Stark. Você sabe que isso não é nada de mais... - falei, mas Tony não escutou, pois continuava resmungando.

- Nick está muito estranho... ele tem alguma coisa escondida... primeiro ele manda eu dar minhas explicações à impressa. Ótimo! - ele levantou as mãos no ar, lancei meu olhar novamente, e ele colocou novamente as mãos no volante. - Eu faço isso todos os dias. Mas mandar eu ter treinos com, sem ofensas, um velhote marombado, é babaquice!

Tony olhou para mim e acrescentou:

- Sem ofensas, é claro.

Revirei os olhos.

- Ele não está sendo misterioso. Você que está sendo um pouco irrelevante. - falei.

- Irrelevante? Vamos lá, Rogers, você sabe que tem alguma coisa errada aí.

Franzi o cenho, pensativo. Stark não estava totalmente errado. Depois do incidente em Sokovia Fury andava cada vez mais reservado e estranho.

Tony parou num sinal, finalmente, depois que eu lhe alertei. Ele olhava através da janela e fitava as pessoas que passavam na calçada, atento.Em minutos a paisagem dos enormes prédios de concreto da grande metrópole foi mudando, cada vez ficando mais leve. Já estávamos chegando. Observei Tony por um momento, que não havia falado mais nada. Imaginei-o pegando no pesado, treinando incansavelmente até Nick Fury ter dó dele e mandá-lo para casa, assim como uma criança mal criada. Isso poderia ser bem engraçado. O silêncio no veículo foi se tornando mais profundo. Por um momento, senti falta das piadas sem graça. O gênio que eu conheci não era daquele jeito. E então me lembrei que só havia uma razão para todo esse desânimo do Tony: Pepper. Ele mal olhava para mim. Seus olhos castanhos tremeluziam diante do para-brisa. Suas feições não eram muitos boas e carregava um peso no olhar. Não sei porque, mas eu odiava vê-lo assim. Eu não gostava de o ver triste.

- Tony... - falei depois de um tempo, não podendo mais me segurar. - eu... bem, você não quer conversar sobre...

- Não quero. - ele me interrompeu friamente, como se já soubesse o que eu diria. Seus olhos continuavam voltados para frente. - Não quero mesmo, Steve.