Capítulo 4

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Harry's POV
Minha Nossa Senhora, que dor de cabeça é essa, parece que minha cabeça vai explodir. Finalmente consegui me sentar na cama, olhei ao redor e percebi que estava no meu quarto, o que seria normal, se não fosse pelo fato de eu não lembrar de como eu vim parar aqui. A última coisa de que me lembro foi eu pegando entrando com meu carro em uma parede, o resto se resume a vultos. A festa na escola estava muito parada, por isso decidi ir a um bar perto de minha casa pegar algumas cervejas, mas lá acabei bebendo demais e nem me lembro do que fiz. Levantei da minha cama, vesti uma regata branca com uma bermuda e saí. Meu pai estava sentado com Saah na mesa tomando café da manhã enquanto conversavam animadamente, mas calaram assim que me viram.
– Finalmente a bela adormecida acordou. Dormiu bem madame? – debochou Saah.
– Não enche pirralha! – eu disse irritado, tomando uma xicara de café puro, pelo menos me ajudaria a curar a ressaca.
– Mas respeito com sua irmã, você não está na delegacia graças a ela. – disse meu pai bem sério.
– Delegacia?! – eu disse confuso, realmente não lembrava nada do que tinha acontecido. – Como assim?!
– Não lembra mesmo de nada do que aconteceu ontem? – perguntou Saah, eu neguei com a cabeça. – Simples, você invadiu a festa da escola com um carro que você estava dirigindo bêbado, e ainda quebrou uma parede e um palco, somente isso.
– O QUÊ!??! – COMO ASSIM!? EU INVADI A FESTA DA ESCOLA COM UM CARRO? Meu Deus, agora eu me ferrei bonito por no mínimo uns 100 anos, do jeito que eu conheço meu pai, ele vai me matar. Não Deus, por favor, eu ainda sou muito novo para morrer!
– Porque a surpresa maninho? Você conseguiu o que queria, causou na festa, meus parabéns – Saah riu mais uma vez, essa menina adorava me ver ferrado.
– E como assim graças a você eu não estou na delegacia? – essa parte eu realmente não tinha entendido, imaginar minha irmã me defendendo é meio difícil porque ela me odeia.
– No meio da confusão, o reitor Felipe, a chata da professora Elizabeth e o insuportável do Niall queriam chamar a policia porque o que você fez foi um delito, mas eu, o Liam e a Kaah te defendemos.
– Você, o nerd babaca e a riquinha fofoqueira me defendendo? Impossível, eles me odeiam.
– Pois é, acho que agora você tem uma divida comigo pro resto da vida. – ela disse vitoriosa, que garota chata.
– Falando em divida, nós precisamos conversar sobre isso Harold. – ih, fudeu, meu pai me chamando pelo meu nome verdadeiro significa o fim do mundo. Adeus mundo, adeus vida, olá Deus.
– Pode falar, qual minha sentença – Eu disse, já nem lembrava mais da dor de cabeça, ou te qualquer outra coisa que fosse.
– Eu já falei com o reitor Felipe hoje de manhã, e você não será expulso, suspenso, nem preso, decidimos de dar outro castigo. – Porque será que eu acho que era melhor eu estar preso?
– E o que vocês decidiram?
– O seu carro já foi rebocado e levado pra oficina, e quem vai pagar o concerto é você, ou seja, um ano sem mesada, e um mês sem computador, celular, ou qualquer aparelho eletrônico, e sem sair de casa.
– Só isso? Pensei que fosse mais difícil. – Eu disse rindo, realmente isso não era o fim do mundo. Pelo menos era o que eu pensava.
– Ainda temos a segunda parte. – Meu pai continuou a falar. – A parede e o palco do salão de festas estão destruídos e o prejuízo foi enorme, então, eu vendi seu violão pra pagar o material da reconstrução.
– O QUÊ? O senhor vendeu meu violão? O senhor não pode fazer isso.
– Eu posso, e ainda tem um último castigo. – Ainda tinha mais depois disso tudo, acho que era melhor ter ido preso mesmo. – Quem vai reconstruir a parede e o palco é você, e sozinho.
– Quer dizer que além de pagar isso tudo, eu ainda vou ter que trabalhar?
– Você decide, ou isso, ou a cadeia? – Tudo bem, retiro o que disse, a cadeia com certeza era bem pior que isso.
– Tá bem, eu faço tudo isso, mas eu estudo, ou o senhor vai querer que eu pare de estudar também.
– De maneira alguma, você vai fazer isso à tarde, todos os dias.
– Veja pelo lado bom maninho, agora além de festas você vai ter uma ocupação que preste. – Disse Saah debochando mais uma vez.
– Cala a boca projeto de mutante.
– Cala a boca você, meliante juvenil.
– Chega os dois. – Disse meu pai calmo, pela primeira vez. – Agora vamos, estamos atrasados para o colégio.
– Tudo bem, eu vou só me tomar um banho e nós vamos. – Eu disse me levantando.
– Acho que você não ouviu, nós estamos atrasados, e eu não quero que sua irmã perca o primeiro horário. E se você não quiser perder também, melhor se apressar. – Meu pegava as chaves enquanto Saah pegava sua mochila.
– Espera, está dizendo que eu vou a pé para a escola?
– Pode ir a pé, de ônibus, de táxi, voando, ou como você quiser, mas no meu carro, acho que não dá mais. – Meu pai.
– Perdeu playboy, quem mandou acordar tarde. – Minha irmã me jogou um beijinho no ar e depois saiu sorrindo. Eu só posso ter jogado cerveja na cruz, porque eu estou pagando todos os meus pecados com a Saah aqui em casa. Desde que ela chegou, tudo na minha vida começou a dar errado, até parece uma praga, e tenho certeza que foi jogada pela Vitoria, outra que me odeia. Mas espera, a Saah disse que o Liam e Caroline me defenderam, mas eles me odeiam, assim como a Vitoria, porque eles me defenderiam, isso só pode ser um sinal de que minha maré de sorte está mudando, quem sabe eu não consiga contornar essa situação. Enfim, agora eu tinha era que me apressar pra chegar cedo na escola, não que eu gostasse, mas se me atrasasse, minha situação podia ficar ainda pior.

Caps Lock - Repostado por CaahReisOnde histórias criam vida. Descubra agora