Your Eyes Only (Larry Stylinson)

XII. Orgulho ferido

Hello, it's me...

Eu demorei, mas estou aqui!

Tentarei postar um capítulo até sexta, ok?! Espero que gostem desse. Beijos e boa noite, amores.

-x-

[Harry's POV]

─ Senhor, os documentos que me pediu. Estão separados de acordo com o mês e o ano. Tem certeza que não precisa de ajuda para procurar essa pasta específica? ─ Marianne estava com o olhar preso nas pastas e mais pastas em cima de minha mesa e ajeitou seus óculos que quase atingiam a ponta do nariz.

─ Eu encontrarei o que procuro. ─ Levantei para olhá-la e sorri um pouco. Sua expressão se tornou confusa e até de certo modo contente por ter feito algo que eu não fazia ideia do que poderia ser. ─ O que aconteceu?

─ Não é nada, é só que... O senhor está mais... Feliz?! Pelo menos nos últimos dias. ─ Coçou a cabeça sem jeito e sorriu também. ─ Você não sorria desse modo desde que, bem... O senhor sabe.

Retribui o sorriso e encarei o papel em minha frente, deixando mais uma de minhas rubricas.

─ Encontrei uma razão para isso. ─ Respondi tendo em mente o professor de jardim de infância que fazia meu coração disparar acelerado.

─ O casamento de seu irmão, o senhor diz? A alegria de George provavelmente deve estar influenciando todos ao redor.

─ Não é em razão disso, mas foi bom me lembrar dessa ocasião. ─ Larguei a caneta em cima da mesa e a encarei. Marianne devia estar beirando a faixa dos 50 anos, pois tinha marcas de rugas embaixo dos olhos e do queixo, além de ter um olhar cansado, porém ainda firme e decidido. ─ Provavelmente, daqui alguns dias, a senhora receberá um convite do casamento de meu irmão pelo que ele me informou. Espero que compareça.

Seu sorriso se alargou e pude notar que Marianne parecia decididamente feliz com aquela notícia.

─ Com certeza comparecerei. Sempre estimei muito George e o conheço desde pequeno quando andava pela empresa atrás do senhor Desmond. Será um imenso prazer ir ao seu casamento. ─ Sorri um pouco. Ela pareceu se lembrar de algo e suas bochechas coraram. ─ Senhor Styles, com licença, preciso organizar sua agenda para amanhã.

─ Sem problemas.

Marianne saiu da sala imediatamente e voltei para os meus assuntos. Na maior parte da tarde, procurei pelos documentos que registravam algumas transações antigas de alguns clientes importantes. Minha concentração estava totalmente voltada para aquilo até ouvir duas batidas seguidas na porta me fazendo reconhecer de imediato que seria.

─ Olá, Harry. ─ George saudou e, sem esperar qualquer resposta, sentou em frente a minha mesa. A secretária nem mais se dava ao trabalho de me avisar que meu irmão havia chegado, principalmente pelo fato de que sua presença estava sendo mais frequente nos últimos meses. Eu desconfiava que talvez fosse devido ao nervosismo com a aproximação do casamento. ─ O que está fazendo?

─ Procurando alguns documentos antigos de clientes. ─ Fiz uma pausa e o olhei rapidamente. ─ Aconteceu alguma coisa?

─ Não... Bem, na verdade tive que sair um pouco da minha programação para pensar.

─ Sobre o que exatamente?

─ Sobre o prédio que será interditado. ─ George abaixou a voz e deu um sorriso triste. ─ Não há outro jeito para as rachaduras a não ser esvaziar e interditá-lo por pelo menos seis, oito meses para que tudo seja posto em seu devido lugar. E sei que conversamos sobre a impossibilidade de transferir os empregados dali para outros hotéis. É só que... Eu não suporto ver a expressão de tristeza no olhar de cada um ali. Eles terão de encontrar outro lugar para trabalhar e, com sorte, acharão algo com um pagamento justo.