Your Eyes Only (Larry Stylinson)

XIV. Exatamente como é

Olá! :) Era para eu ter publicado um capítulo ontem, mas infelizmente não conseguir mandar para minha beta ler. Espero que gostem, boa leitura!!

-x-

[Harry's POV]

No momento em que Marianne terminou de dizer, não pensei duas vezes antes de correr para fora da sala, sem deixar de perceber o olhar confuso de meu irmão em mim. George não deveria entender minha atitude naquele momento, ele não sabia como meu corpo reagia ao ouvir a menção do nome de Louis.

Assim que saí pela porta de meu escritório, notei alguns olhares curiosos enquanto eu passava em disparada por mesas e mais mesas. Provavelmente não faziam ideia do que poderia estar acontecendo, porém mesmo assim isso seria motivo de fofocas e falatórios sobre as escondidas o assunto.

Mas eu pouco me importava.

Meu único foco naquele momento era Tomlinson.

Por isso, nem pensei na possibilidade de esperar o elevador chegar ao andar em que eu me encontrava e logo me encaminhei até as escadas, descendo-as rapidamente, agradecendo pelo fato de que elas raramente serem usadas, assim ninguém entraria em meu caminho.

Passei pelo porteiro ignorando completamente o seu chamado desesperado. Caía uma chuva forte do lado de fora e um vento batia contra as árvores fazendo folhas e mais folhas cobrirem o chão, porém nada disso também me importava.

Assim que as primeiras gotas alcançaram meu rosto, procurei por Louis, tentando encontrá-lo naquela confusão de guarda-chuvas, poças d'água e veículos escuros que circulavam de um lado para o outro na rua em minha frente. Tentei avistar o guarda-chuva com listras brancas tão conhecido por mim, mas em vão. Ele não se encontrava em lugar algum.

No entanto, observei os cabelos castanhos agora já molhados correndo para longe, não se importando com quem entrava em seu caminho. Parecia ir em direção à estação de metrô mais próxima e era necessário que eu o persuadisse antes que chegasse lá. Antes que pegasse o primeiro metrô que parasse na estação e se afastasse ainda mais.

Sem pensar duas vezes, corri de encontro à tempestade e de encontro a Louis. Notei ele atravessar a pequena ponte da praça e segui seus passos. Eu me condenava pelo que fizera. Tomlinson já não tinha a melhor das impressões sobre a minha personalidade e depois de tentar colocar George a pensar sobre o seu casamento com Félicité eu poderia ter estragado qualquer chance que havia conquistado.

Eu precisava explicar a ele qual era a minha intenção em alertar meu irmão. Necessitava dizer a Louis o porquê de minha atitude para que talvez assim ele a compreendesse. Se não o fizesse, Tomlinson poderia interpretar de modo errôneo outra vez.

─ Louis! ─ Nada. Absolutamente nada. Nenhuma resposta ou movimento que me informasse que Tomlinson escutara meu chamado. ─ LOUIS!

Gritei outra vez e o vi diminuir os passos, virar o corpo em minha direção e procurar pelo dono da voz com a expressão confusa. Aproximei-me mais para que Tomlinson pudesse reconhecer quem era e quando fiquei a apenas poucos passos dele sua expressão de confusão fora substituída por uma irreconhecível.

─ Não tenho tempo para isso, Harry. Ok?!

Observei o fundo de seus olhos de cor azulada. Eu não saberia dizer se eram as gotas de chuva ou lágrimas que escorriam por suas bochechas extremamente molhadas. Gotas caíam de seus cabelos e suas roupas estavam tão encharcadas quanto as minhas. Era difícil me imaginar voltando ao escritório naquele estado.

─ Eu peço apenas que me escute.

Louis bufou.

─ O que quer?