Capítulo 10

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- Então, o que você quer fazer agora? - perguntei à Tris. A sereia revirou os olhos, cansada.
- Eu tenho que encontrar meu pai. - respondeu ela, pela terceira vez. Eu não encontrava motivos em sua insistência. Mesmo depois de evidentemente ter sofrido em algum momento da busca. Ergui uma sobrancelha. - Você não vai desistir, vai? - neguei com a cabeça e ela suspirou. - Eu havia desistido de descobrir quem ele era, até um dia em que cheguei da escola e encontrei um pedaço de papel em minha cama. Imaginei que fosse algum recado da mamãe ou um convite para visitar um amigo. - ela suspirou, seu olhar de repente ficou longe. Pensei que fosse Penfield, e isso me deu uma pontada de ciúmes, não sei porquê. Ela continuou . - Abri o envelope pouco empolgada. Mas meu nome estava em uma caligrafia estranha. Li a carta toda e no fim, bem, havia a assinatura de um homem que dizia ser meu pai. Ele disse que eu precisava encontrá-lo e que era importante, que me diria o porquê. - ela tomou fôlego. - Saber que meu pai está vivo e quer me encontrar me deu uma nova motivação. Ele me disse para começar pela biblioteca, e assim eu fiz. Mas quando cheguei lá... - sua voz falhou e ela franziu a sobrancelha. - as coisas não foram como o planejado. Enfim, eu tive de fugir, te encontrei e agora estou aqui, com isto - ela ergueu dois papéis da bolsa - e uma necessidade de tentar entender a próxima pista dele. - ela me olhou intensamente e senti uma pitada de culpa por pressioná-la tanto. Engoli em seco. - podemos ir, agora?
- Ah, ca... claro. Me desculpe. Então, posso vê-las? - apontei com o queixo para as cartas. Ela hesitou um pouco.
- Sim, pode. Claro que pode. - as cartas eram interessantes, no mínimo. O pai se desculpava por ser ausente e só procurá-la agora, ainda mais para pedir um favor. Mas era porque nunca pôde fazê-lo antes, por algum motivo. - E você quer seguir tudo direitinho? Do que sei pai te falou, digo.
- Bem, sim, né?! Isso é muito importante para mim. E... - ela fez uma pausa. - Eu realmente gostaria que você fosse comigo. - disse, vacilante. Tenho de admitir que fui pego de surpresa. E depois de alguns segundos, senti ainda mais felicidade que a sensação anterior. Mesmo que não saiba o porquê. Quero dizer, eu estava feliz por ajudar uma sereia a encontrar o pai dela. E eu ainda corria risco de vida! Não é o mais racional ficar feliz por isso, não é?! Mas por que eu estava, então? Tris limpou a garganta, afastando meus devaneios. - Então? - agora ela parecia ainda mais constrangida, como se o que ela disse tivesse sido um erro. Senti raiva de mim mesmo quando percebi que a culpa era minha, por ter demorado à responder. Acho que fiquei vermelho, não de raiva, necessariamente, talvez tenha sido por outro motivo. De qualquer forma, eu aceitei.
- Claro. - sorri. - Eu amaria. - Tris soltou um ar que acho que nenhum de nós havia percebido que estava segurando.
- Ótimo. - ela sorriu. - Acho que devemos falar com Field, ele nos ajudará bastante.
- Certamente. - devolvi o sorriso. - O que seu pai quer que façamos...

Vou mandar a real pra vcs. Eu na praia, molhada, passando mal e com fome kkk é a vida. Por isso, não vou falar mt coisa, não pensando direitinho. Mas assim, o amor por todos vocês leitores magyas continua ♡
Bj bj, até o próximo capítulo.
Sophia Ladir

Diário de BordoOnde histórias criam vida. Descubra agora