Terminei de comer meu hambúrguer e fiquei bebendo meu café enquanto olhava a garota do caixa cheia de gracinha com o Tyler e ele apenas sorrindo.
- Sam levanta, preciso resolver uma coisa! - falei fazendo-o me olhar.
- Você não vai sair daqui. - falou e deu uma golada em seu café.
- Sam, por favor! - falei e ele se levantou.
Fui em direção ao Tyler e dei um tapa em seu braço indo em direção ao banheiro e logo ele veio atrás, o empurrei pro banheiro feminino e dei alguns socos em seu peito.
- Acha que eu sou babaca Tyler? - perguntei quase gritando.
- Eu só estava conversando com ela. - falou sonso - Você não pode reclamar, olha os caras que estão com você!
- São amigos do Bobby! - falei - Eles estão cuidando para que nada aconteça comigo!
- Você já está íntima do grandão! - falou me olhando.
- Não vou discutir com você. - falei controlando minha raiva - Eu prometo voltar pra casa e ficar com você Tyler.
- Não é o suficiente. - falou.
- Não prometo, mas juro tentar sair dessa vida. - falei.
- Eu só quero o seu bem. - falou me abraçando.
- Eu também Tyler, então agora, por favor, vai embora. - pedi - Eu pago a sua conta.
- Tudo bem. - falou e me deu um beijo.
- Agora vai Tyler. - pedi - Te ligo quando der.
Ele saiu do banheiro e eu esperei um pouco e quando sai vi pela janela o carro dele em movimento, fui pro caixa e coloquei o dinheiro no balcão.
- Isso paga o que ele consumiu! - falei sorrindo para a caixa - Um aviso, se mete com homem comprometido não, um dia você vai se arrepender!
Voltei para a mesa e me sentei ao lado de Dean, ele e Sam falavam sobre um assunto desconhecido por mim e sorri.
- Como foi reencontrar a Lisa? - Sam perguntou.
- Eles não lembram de mim. - Dean o olhou - Mas foi bom rever eles.
- Como o Ben está? - Sam o olhou.
- Bem, vamos trocar de assunto. - falou me olhado - O que foi fazer?
- Nada demais. - falei - Quem são Lisa e Ben?
- A família do Dean! - Sam falou e eu olhei para Dean.
- A minha família é você e o Bobby! - Dean falou.
- Você tem um filho? - perguntei surpresa.
- Ele não é meu. - falou - Mas passei um tempo com a mãe dele.
- Um ano. - Sam falou e eu ri.
- Impressão minha ou vocês estão se alfinetando? - perguntei.
- Impressão sua! - falaram.
Apenas acenei com a cabeça e logo Dean colocou o dinheiro na mesa, me levantei dando passagem para ele e Sam veio logo atrás, no carro eu joguei minha mochila pro lado e sentei apoiando minha cabeça no banco.
- Você está bem? - Sam perguntou.
- Por que não estaria? - retruquei.
- A viagem vai ser longa. - Dean falou ligando o som e aumentando o volume.
Eu fechei meus olhos e as lembranças que sempre tento esquecer voltaram, o sorriso da minha mãe, as brigas dela com o meu pai, meu primeiro baile na escola, tudo voltou.
Abri os olhos olhando para fora e tentei esquecer tudo isso, me concentrei na música e cantei baixo, Dean estava concentrado na estrada e também estava cantando a música e Sam mexia em seu computador.
- Dean, para o carro. - pedi.
- O que houve? - perguntou.
- Para o carro! - falei fazendo-o parar.
Sai do carro e corri me afastando dele e coloquei para fora tudo o que comi no café, me joguei no chão sentada e passei a mão na boca limpando, logo vi Sam vindo em minha direção.
- Você está bem? - perguntou.
- Eu não posso comer antes de pegar a estrada. - falei rindo - Pode me chamar de patricinha mimada.
- Vou ver se temos remédio pra enjôos. - falou me ajudando a levantar - Tem certeza que está bem?
- Estou Sam, vamos voltar. - falei sorrindo.
No carro Dean me encarava estranho e logo Sam me deu um comprimido que engoli à seco, voltamos pra estrada e Dean aumentou mais o volume.
- Diminui isso Dean. - pediu.
- É o meu bebê! - falou.
- Mas o ouvido é meu! - falou.
- A música é ótima, vai ficar! - eu e Dean falamos juntos me fazendo rir.
- Precisa parar com isso. - falei.
- Ou você deveria parar com isso. - ele sorriu.
Rimos e começamos um a alfinetar o outro, até que voltamos ao assunto "medo de palhaços", me uni ao Dean e começamos a zoar Sam que apenas olhou para fora se segurando para não bater na gente.
- Estamos chegando? - perguntei.
- Falta cinco horas. - eles falaram.
Olhei para o céu e ele já estava escuro, passar horas dentro de um carro pra mim sempre foi bom, mais só quando o carro era meu, aos poucos fechei meus olhos e dormi.
Acordei com o Dean me chamando, vi que estávamos em frente a um hotel, peguei minha mochila saindo do carro e o encarei, ele ria e foi me empurrando para um quarto.
- Tem três cama pelo menos? - perguntei.
- Duas, uma de casal e uma de solteiro. - ouvi a voz de Sam.
- Ótimo, podem dividir a de casal. - falei e quando olhei para a cama de solteiro vi Dean deitado na mesma - Dean, deixa eu dormi nessa, por favor.
- Ele já dormiu. - Sam apontou para Dean que já dormia - Eu posso dormir no chão.
- Só não toque em mim! - falei.
Peguei minha arma na mochila e coloquei debaixo do travesseiro, ouvi a risada de Sam e peguei meu celular me deitando.
- Você já se encontrou com o seu pai de verdade? - ele perguntou.
- Já, mas ele não sabe de mim. - falei me virando pra ele.
- Sabe o motivo de estarem atrás dele? - perguntou se virando pra mim.
- Não faço a mínima ideia. - falei - É verdade que eles, os demônios mataram a sua mãe?
- Podemos mudar de assunto? - perguntou.
- Desculpa se isso te magoa. - falei.
- Não magoa, só não gosto de lembrar. - falou - É a sua mãe, sabe quem a matou?
- Não, mas eu vou descobrir. - falei.
- Aquele menino, o da lanchonete. - falou e eu o olhei assustada - Ele é o seu namorado não é?
- Não sei se ainda seremos namorados. - falei.
- Por que não? - perguntou.
- Nada, boa noite Sam. - falei ficando de costas pra ele.
"Mesmo você fazendo o possível e o impossível, certas lembranças não se apagam."
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Hunt Among Family • Spn
Fanfic"O destino não pode ser mudado. Existem vários caminhos, mas todos eles levam ao mesmo lugar. E doi né? Quando você sente algo te matar por dentro, mas você tem que agir como se isso nem afetasse você, então respeite a minha solidão, ela também teve...