Capítulo 5

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No momento em que chegamos lá, tinha conseguido me controlar. Tive um

tempo para me recompor, e meu coração tinha se acalmado um pouquinho.

Pegamos o elevador até o apartamento do Noah, no trigésimo nono andar de

um edifício ultra exclusivo no centro da cidade.

— Eu não vou dormir com você de novo, — falei, enquanto o elevador

começava a subir. — Seria extremamente antiprofissional para mim.

— Charlotte, — disse o Noah novamente, suspirando. Ainda amava o jeito

com o qual ele dizia o meu nome. — Por que você continua fazendo alusão ao fato

de que nós vamos dormir juntos? Eu não disse tal coisa.

— Você disse que não conseguia parar de pensar sobre o que fizemos antes.

— Você quer dizer, quando levantei o seu vestido e fodi você em público?

— Sim. — Eu devia estar ofendida por ele dizer essas palavras em voz alta,

mas tudo o que elas fizeram foi me excitar.

Quando saí do elevador, no corredor, Noah ficou parado na porta do

apartamento. — Você tem certeza que quer fazer isso? — Perguntou.

— Fazer o quê?

— Entrar.

— Por que não?

— Porque estou a ponto de ser preso por assassinato.

— Você fez isso?

— Você não vai gostar de saber.

Revirei os olhos. — Se você está dizendo isso, significa que não fez.

Ele destrancou a porta e a abriu, e nós entramos no apartamento dele. — Lugar

agradável, — falei, tentando parecer indiferente. Tudo era lindo, em tons de marrom

escuro e azul claro, todo em couro macio e suave. Enormes janelas davam uma

ampla vista da cidade, e as luzes lá fora brilhavam na escuridão.

— Obrigado. Gostaria de uma bebida?

— Não, obrigada.

Foi até o sofá e se sentou, olhando para mim.

Me sentei na cadeira em frente a ele, e me perguntei, novamente, o que diabos

eu estava fazendo ali. Estava tentando justificar dizendo a mim mesma que era

porque queria causar uma boa impressão sobre o Noah para poder impressionar o

Worthington. Mas a verdade era que, agora, não dava a mínima para o Worthington,

ou para a faculdade de Direito, ou qualquer outra coisa. Tudo o que importava era o

Noah.

Queria beijá-lo novamente, sentir suas mãos no meu corpo. Parecia um pecado

que eu só o tive por pouco tempo.

— Eu realmente quero te beijar de novo, — disse ele com naturalidade.

— Nada de beijo, — falei.

— Por que não?

— Porque você pode ser um assassino.

What Me Wants Parte 1Where stories live. Discover now