Sarah - Garota Cristã- Livro 1 [Em Reforma]

(Bônus Melanie)

"Quem inveja os outros está apenas provando para si mesma que é incapaz de fazer melhor."
(Autor desconhecido)

      Moro ao lado da igreja, então nem tive chance de me ensopar, entro na sala, jogo meu casaco em cima do sofá e me direciono ao quarto do meu pai.

— Como você está papai?

— Melhor querida, a febre passou, Só essa gripe que não me larga, mas provavelmente irei hoje á igreja. - Fungou.

— Deixe-me ir a farmácia papai. — Pedi sentando ao seu lado.

— Não Mel, você ainda não tem carteira. Não vou deixar você ficar passeando por aí de carro.

Meu pai sempre foi assim, já está ficando velho e cada vez mais teimoso.

— Por favor papai, você precisa de remédios.

— Melanie você ainda não tem carteira, não pode andar com uma caminhonete para cima e para baixo. —  Explicou me encarando com seus olhos azuis.

— Papai a farmácia fica logo na esquina, e tá chovendo, eu não vou andando nessa chuva, para de ser tão chato.

— Ah... — Respirou fundo e puxou seus cabelos loiros para trás. - Tudo bem, pegue a chave que está em cima da estante. 

—Assim é melhor. — Dei um beijo demorado em sua bochecha e sobressaltei da cama.

— Eu já volto. — Disse lhe dando um sorriso.

— Está bem, escuta filha e a Sarah?

— O que tem? — Franzi o cenho.

— Ela estava no ensaio? — Perguntou curioso.

— Sim, ela estava pai, por que? — Reviro os olhos.

— Com toda certeza a festividade vai ser uma benção, se ela vai estar na banda, será muito bom.

Saí do quarto furiosa, peguei a chave da estante e entrei na caminhonete.

A Sarah sempre foi a queridinha por todos nos ensaios, como se não fosse o bastante por toda a igreja, e até para meu pai, estou cansada de tanta melação e da Sarah se dar bem em tudo, eu sou bonita, tenho uma voz linda, apesar de desafinar um pouco as vezes. Mas eu sei que Deus se agrada de mim e muitos se agradam, mas as pessoas que eu mais quero atenção não me notam, eu a odeio, ela roubou minhas amigas, até meu namorado, mas tem uma coisa, se ela pensa que o Ian vai ficar com ela, se engana por que eu não vou permitir isso, ela me roubou ele, mas não vai ficar com ele, nem que eu tenha que dar meu sangue ao diabo mas ela não fica.

Acelerei a caminhonete e fui até a casa do meu namorado, não é bem meu namorado, a gente fica as vezes, tentei algo sério, mas ele diz que não quer e meu pai não o aceitaria pelo fato de não ser da igreja. Não vejo nada demais nisso, igrejas e suas regras o Jean é legal. Toco a campainha e ele abre.

— Melanie, entra ai. — Disse animado, estava com três amigos eles estavam bebendo.

— Achei que estava sozinho. — Disse sem graça. 

  —  Qual é gatinha, tem três garotas lá em cima, eu nunca estou sozinha não é rapaziada!?   —  Mordeu o lábio inferior e me deu um beijo no pescoço.

—  Garotas? —  Perguntei indignada.

—   Qual é? Achava que nosso lance era sério?

  —  Você me traiu? Seu cretino. — Tento lhe acertar um tapa, mas ele segura minha mão. 

  — Ficou maluca ou o que garota? Você não vai me bater não, o que tinha que rolar já rolou, se quiser ficar, bem, se não é só cair fora.

Olho em volta e só vejo imundícia, eu mereço coisa melhor que isso, saí pisando firme até a caminhonete e fui á farmácia comprar o remédio para o meu pai.