Perdição Iminente

CAPÍTULO 14

***********John***********

  Tudo oque eu falei hoje era mentira, a única verdade que falei foi sobre a dor de cabeça que agora estava mais forte. Eu não teria paciência pra aturar aula de filosofia agora. Me levantei do chão e me olhei no espelho. Meus olhos estavam vermelhos, e meu cabelo estava desgrenhado. Sequei minhas lagrimas, penteei o cabelo com os dedos colocando pra trás e fui em direção a secretaria. Nesse exato momento o intervalo tocou.

   "Charlote,por favor, me libere. Estou com muita dor de cabeça... ela vai explodir de tanto latejar."
  Ela me olhou de cima a baixo. Que porra essa velha quer ? Me libera logo e pronto.
   " Você andou chorando ?" Não... isso é urina nos meus olhos.
" A dor está insurportável." Eu digo. Por fim,ela me libera. Eu pedi a ela que pegasse meu material e deixasse em sua sala.
   

   Entrei no carro,liguei o motor e fui embora. Minha cabeça tava doendo muito,certo. Mas quando eu disse que a dor estava insurportavel, eu falava do meu coração, falava da minha alma que estava ferida. Agora que não tinha ninguém perto de mim, eu não precisava me conter. Eu gritei o mais alto que pude enquanto dirigia. Bati diversas no volante do carro. Chorei. Gritei. Quando eu me lembro do olhar dela em minha direção, daquele olhar de raiva e de tristeza, minha dor se intensifica. Eu amo , amo, amo ela. Se ela soubesse o porque disso tudo, ela me entenderia.

    Cheguei em casa esgotado de tristeza. Andando igual a um zumbi. Olhando diretamente pro chão. Abri a porta de vidro e entrei. Que merda é isso? Os líderes da organização estavam todos sentados no sofá L da sala e olhando pra mim. Meu pai desceu as escadas, seus passos eram audíveis.
  "Olha... o garotinho chegou!" Ele falou em tom animado,mas sarcástico. Eu sabia oque aquilo significava: eu teria que fazer alguma trabalho sujo, falsificar assinaturas ou roubar."Sente-se." Ele pediu. Mas quem o conhecesse saberia que aquilo era uma ordem. Me sentei na cadeira reclinável que ficava ao lado do sofá. Os cinco pares de olhos estavam em mim.
  "Agente tem um serviço pra você." Disse Grabriel,que era de meia idade e seus cabelos eram grisalhos. Eu sabia. " Só que dessa vez é algo grande."
   " Tipo oque ?"perguntei.
  " Tipo... Matar." Ele responfru casualmente. Como se aquilo fosse ter que ir no mercado comprar refrigerante para o almoço.
"Matar? Eu nunca matei ninguém!"
  " Filho... O cara é bilionario. Agente roubou todo o dinheiro dele que estava em uma conta na Argentina. Ele soube e conseguiu documentos com o nome de todos da organização, inclusive o seu. Nós queremos que você entre na casa dele, mate-o, e recupere os documentos." Meu pai falou.
  " Mas..."
  " Você quanto você vai ganhar com isso ? Exatamente 3 milhões e meio." Aquilo não era nada em comparação ao que eles ganhariam, mas não era uma oferta de se jogar fora.
  "Pai. Um cara como esses deve ter dezenas de seguranças. Como vou fazer isso?"
  " Ele está falido. Pegamos todo o dinheiro dele. Os seguranças estão sem salario. Não existe mais nenhum trabalhando pra ele. Ele mora sozinho."
   " Okay. Eu aceito." Respondi rapidamente. Meu pai não conseguiu esconder a surpresa dele.
   Antes, ele passava séculos me pedindo pra roubar bancos ou algo do tipo. Ele tem toda a razão de se espantar com minha atitude. A única coisa que eu quero é descontar minha tristeza em algo,ou alguém.
   " Tome" ele estendeu a mão. Ele segurava uma arma, não qual calibre, e estava com ocultor de estampido" Você vai precisar disso. Você quer alguma cobertura ?"
  " Quero duas pessoas me esperando em um carro. Ligado. Pra fugir mais rápido. Quero entorpecente, e cordas. Cordas grossa e resistentes."
  " Cordas? Pra que ?"
   "Você saberá..." por mais que eu quizesse espancar alguém, eu tinha que ser discreto, se eu fizesse algum barulho, iria chamar atençao de vizinhos, oque não seria bom pra mim.

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  Mais tarde tem cap novo pra vocês.
Beijos para os melhores leitores do mundo...❤